Capítulo 25 - Ter um propósito

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Logo pela manhã Jonathan procurou a Joel e contou o que vinha sonhando.

— Joel, eu tenho sonhado quase todas as noites com a época em que éramos crianças e íamos a igreja.

— E daí Jonathan? — perguntou Joel com seu jeito rude.

— É que eu me lembro claramente do pastor falando que nossa vida tem que ter um propósito.

— Na verdade eu não lembro, eu não prestava atenção no culto

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— Na verdade eu não lembro, eu não prestava atenção no culto. — Joel sorriu e lembrou-se.

— Você sempre queria ficar conversando com o pastor depois do culto enquanto eu e os outros não víamos a hora daquela chatice acabar.

— Eu era fascinado pelas histórias da bíblia, queria sempre aprender mais. Até hoje penso porque não continuei na igreja.

— Porque queria me imitar em tudo. O culpado fui eu de você ter seguido essa vida.

— É verdade, mas estou muito atribulado com esses sonhos. Acredito que devemos ter um propósito, mas qual?

— Você deve ficar com sua esposa e ter mais filhos Jonathan. Você é o mais inteligente e o melhor de nós quatro. Ensine seus filhos a fazer o que é correto e eles serão pessoas de bem.

— Eu fico muito incomodado das pessoas daqui não gostarem de nós. Eu queria ir embora.

— E por que não vai? Sua esposa com certeza o apoiaria.

— Eu não gostaria de deixá-lo sozinho aqui. No fundo você tem um coração enorme e não merece ficar sozinho.

— Eu? Um bom coração? Só você mesmo.

A parte da cidade onde os Hoff e seus amigos moravam não parava de crescer e Jonathan conquistou muitos amigos que não odiavam a ele e seus irmãos.

Jonathan era bondoso e ajudava a todos que precisavam de ajuda. Joel não era de falar, mas considerava Jonathan com um filho e o tratava como tal.

De tarde Charles levou seu irmão Carlos e o filho dele para visitarem o pastor Peniel.

Peniel recebeu com muito carinho a todos e perguntou para o menino o que ele sentia. O menino disse que estava bem, mas Peniel disse que ele estava doente e que em breve morreria.

Carlos a princípio ficou bravo achando que Peniel era um bruxo, mas o homem de Deus provou o que falou e fez o menino vomitar o mal que lhe afligia. Charles ficou comovido e Carlos revelou que ninguém sabia do problema do filho.

Peniel perguntou se eles queriam entregar suas vidas ao Senhor e eles responderam que sim causando muita alegria ao pastor, ao seu filho Lucas e a Bryan.

Perez vivia em sua confortável casa com sua esposa e seus cinco filhos que tinha adotado. As crianças, que tinham um trauma de verem seus parentes serem mortos acabaram esquecendo e começaram a tratar a Perez como pai.

O mais velho deles tinha dez anos e ao contrário dos outros não brincava, sempre ficando quieto e compenetrado. A esposa de Perez perguntou porque ele não brincava e ele respondeu.

— É difícil ser criado pelo homem que matou o seu pai, sua mãe e seu irmão.

A esposa de Perez ficou sem reação e o menino falou.

— Mas eu não o odeio, só tenho que agradecer por me ajudar, a mim aos meus primos.

— Que bom saber disso filho.

— O culpado disso tudo é Rolf, eu vou matá-lo assim que estiver maior e meus primos longe daqui. Eu o odeio mais do que tudo no mundo.

A esposa de Perez ficou muito preocupada e contou ao seu marido sobre o desejo de vingança do mais velho dos seus filhos.

Ainda naquela semana Rolf recebeu a visita de Lúcius que orou para que ele não visse mais aquela criança. Naquela noite Rolf foi dormir e ouviu a risada da criança novamente. Ele foi para a sala da casa e viu umas das mulheres que havia matado.

Ela gritou e Rolf caiu para trás assustado. A criança também apareceu e outras pessoas sujas de sangue surgiram acusando Rolf, que correu para a casa de Joel, que alheio ao que acontecia ao seu primo, sonhava com algo que faria parte da sua vida para sempre.

 A criança também apareceu e outras pessoas sujas de sangue surgiram acusando Rolf, que correu para a casa de Joel, que alheio ao que acontecia ao seu primo, sonhava com algo que faria parte da sua vida para sempre

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Refúgio, a cidade perdida.Where stories live. Discover now