Capítulo 24 - Revelação

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Nicolas estava completamente insano, mas era temido por todos, inclusive pelo seu filho mais velho, George, que fingia gostar do seu pai e concordava com tudo o que ele fazia. A esposa de Nicolas reclamou da sua vida devassa e ele ameaçou matá-la, o que aumentou o ódio de seu filho por ele.

Certo dia, Charles Berrios foi encomendar uma faca para um dos vários ferreiros que havia na cidade. Ao chegar à casa do ferreiro ele encontrou-se com o pastor Peniel. O bondoso pastor o saudou e perguntou se estava tudo bem.

 O bondoso pastor o saudou e perguntou se estava tudo bem

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Charles, que era muito bem-humorado estranhou.

— É a primeira vez que alguém daqui fala comigo amigavelmente, normalmente as pessoas evitam a mim e aos meus amigos.

— É que nunca tive a oportunidade de falar com vocês.

— As pessoas daqui nos odeiam e tem medo. E você, não tem medo?

— Eu sou um homem de Deus, temo apenas ao Senhor eterno.

O ferreiro contou que Peniel era o pastor da igreja até Nicolas o expulsar.

Charles ficou admirado e perguntou.

— O senhor não é um enganador como aquele Lúcius?

Peniel ia responder, mas o ferreiro o defendeu.

— Peniel é diferente de Lúcius, ele realmente é um homem usado por Deus.

Peniel aproveitou e falou de Deus para Charles, que lembrou que ele e seus amigos frequentavam a igreja quando crianças, mas que hoje não serviam mais a Deus.

O bondoso pastor deixou Charles assustado ao fazer-lhe uma revelação.

— Na noite passada você sonhou que se morresse ninguém se lembraria de você. Que sua vida foi em vão. Não é verdade?

Os olhos de Charles lagrimejaram.

— Mas como o senhor sabe?

— Deus é quem sabe tudo filho, e Ele ama a sua alma e a alma dos seus amigos. Traga seu sobrinho filho do seu irmão Carlos. Ele precisa de uma grande benção. Espero vocês na minha casa amanhã.

Peniel foi embora e Charles ficou comovido com a sua revelação.

Naquela noite, Rolf, que morava sozinho, fazia planos de ir embora de Quedhes e foi deitar-se. Ao encostar a cabeça no travesseiro ele ouviu uma criança rindo. Rolf sentou-se na cama e ouviu a risada de novo. Ele levantou-se e andou pela casa procurando de onde vinha aquela risada.

Alguns minutos se passaram e Rolf não ouviu mais nada. Ele sentou-se na cama novamente e ao virar-se para o lado viu a criança em que tinha atirado. Ela estava cheia de sangue e olhou bem sério para Rolf que pegou a sua arma e atirou na criança que sumiu.

 Ela estava cheia de sangue e olhou bem sério para Rolf que pegou a sua arma e atirou na criança que sumiu

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Joel era vizinho de Rolf e também morava sozinho na grande casa que havia construído. Ele correu para ver o que acontecia e seu primo estava muito assustado.

Rolf contou o acontecido e Joel pediu para que ele chamasse Lúcius para orar.

— Eu não acredito naquele vigarista Joel.

— Eu também não, mas não veja outra alternativa.

Rolf negou a ajuda e ainda muito assustado foi dormir.

Igor morava perto de Rolf e ouviu os tiros. Ele também foi verificar o que houve e Joel o informou do que ocorria. Ele voltou para sua casa e foi verificar se seus dois filhos estavam dormindo.

A esposa de Igor também acordou e ele a lembrou de que queria mudar dali e morar na beira da praia. Ele disse que todos o chamavam de sonhador, mas que ele já tinha realizado o sonho de casar e de ter uma família. Igor disse que em breve eles se mudariam dali e que viveria o resto da sua vida na praia.

Jonathan tinha se casado e já tinha um filho de nome Ageu, um menino muito esperto que Joel considerava como a um filho. Jonathan era o irmão mais apegado a Joel, a quem considerava um pai e falava sempre que seu irmão deveria se casar.

Jonathan tinha muitos planos para o futuro, mas quase todas as noites tinha um mesmo sonho que o deixava muito intrigado.

Refúgio, a cidade perdida.Onde histórias criam vida. Descubra agora