Refúgio, a cidade perdida.

Capítulo 12 - Guerra e morte

Frank procurou um homem de sobrenome Hernandes, que tinha fama de ser mal e que era rival dos Messina, família responsável pela guarda da cidade. Hernandes não queria ouvir Frank, mas foi convencido pelos seus filhos a escutar o pastor.

Frank explicou que eles não deveriam viver sob o domínio de três famílias, que o povo daquela cidade deveria ter o direito de participar das decisões da cidade.

Hernandes e seus filhos gostaram de ouvir Frank e disseram que a partir daquele dia eles seriam membros da sua igreja.

A notícia correu por Quedhes e Daniel ficou preocupado.

— Hernandes e sua família são perigosos. Ele nunca foi fiel a igreja e a Deus, e agora passou a frequentar a igreja, tenho certeza de que isso é apenas para causar rebelião.

— Vamos acabar com isso pai, esse tal de Frank já foi longe demais! — gritou Arthur.

— Deus vai nos dar a direção correta filho, não se desespere, Deus é perfeito e o tempo dele é perfeito.

Arthur não gostou de ver o seu pai tão compassivo e procurou os Messina para armar um plano para expulsar Frank da cidade.

O clima começou a ficar tenso em Quedhes e Frank organizou uma festa da sua igreja na praça central da cidade. Centenas de pessoas vieram escutar o pastor que pregou sua falsa doutrina enganando a muitos.

Frank conclamou o povo a se revoltar contra as condições de vida de Quedhes e muitos pegaram em paus e pedras para brigar. O prédio principal foi atacado e a guarda da cidade reagiu matando a alguns revoltosos.

Começaram a ocorrer muitas brigas na cidade e Daniel ordenou toque de recolher. Ninguém poderia entrar ou sair da cidade.

Frank discursou dizendo que os habitantes eram reféns dos Lester, dos Messina e dos Lopez e que aquilo deveria mudar.

O velho pastor Lopez orava sozinho na igreja e clamava para Deus mudar aquela situação.

Arthur cansou de esperar e tomou uma atitude drástica. Ele mandou matar a esposa e os filhos de Frank. Ele ainda mandou tacar fogo na igreja de Frank e na sua casa com a sua família dentro. Ele também mandou queimar as casas dos Hernandes e uma guerra eclodiu na cidade.

Frank se desesperou a ver sua família morta e foi buscar abrigo nas partes desabitadas da cidade. Uma família muito respeitada na cidade o acusou de abusar de uma das suas filhas e o Frank passou a ser procurado para ser morto.

Os Hernandes foram expulsos da cidade e o patriarca da família foi morto ao confrontar Arthur. Muitos revoltosos se renderam e a cidade voltou a ter apenas uma igreja.

Frank chegou até a última parte da cidade e descobriu que havia uma saída pela cachoeira. Poucas pessoas sabiam daquela saída e ele escapou.

Arthur sabia que ele poderia escapar por aquela saída e o caçou. Frank não conseguiu ir muito longe e tentou se abrigar na caravana dos Hernandes, que iam embora de Quedhes.

A família o rejeitou por ele ter abusado de uma jovem. Frank disse que tudo era armação de Arthur, mas os Hernandes não acreditaram e o rejeitaram.

Sozinho, o falso pastor foi encontrado por Arthur e preso. Frank foi levado para Quedhes e Daniel mandou que ele fosse julgado, mas Arthur queria que ele fosse morto em praça pública.

Houve uma grande discussão entre os líderes da cidade e Frank foi a julgamento. Não havia provas de que ele havia abusado de uma menina, mas os líderes da cidade decidiram que ele deveria ser morto e queimado.

Lopez pediu para que ele se arrepende-se antes de morrer, mas Frank não atendeu ao apelo e disse que aquela cidade ainda pagaria pelos seus pecados e que a descendência dos Lester pagaria caro pela sua morte.

A cidade se acalmou e continuou a prosperar ainda mais sob o comando de Daniel que viveu mais dez anos e morreu. Ele foi enterrado ao lado do seu pai e pediu para que Arthur fosse um líder bom e caridoso, mas não foi isso o que aconteceu.

Na sua primeira semana como líder, Arthur fez coisas que abalaram a população de Quedhes.