Capítulo Oito - Ser Humano Infitetico

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A tiração com os lobos começa desde cedo porque a mãe aqui tá arisca. Leiam direitinho, não esqueçam de deixar a estrelinha e de comentar. 

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Não havia sons pelo castelo, o silêncio era ensurdecedor. Camila girava na cama, não conseguia pregar os olhos. Porém, mesmo que quisesse não poderia, brechas ali dentro levariam a morte. Seria a morte mais tola de um Belmont. Não dormiria na toca dos lobos.

Levantou da cama impaciente, andando pelo quarto. Sentou na poltrona, foi até a janela, olhou as gavetas que por ali tinham, nada... nada fora do comum.

Sentou na ponta da cama enquanto olhava o sol começar a colocar suas caras, por ironia ou sorte, vampiros atualmente podem andar e caminhar pelo dia, como humanos que eles não eram. A única coisa que mudava neles, eram seus poderes, não eram removidos, mas diminuíam consideravelmente. Todavia também era a única coisa.

Coçou os olhos com impaciência, precisava de um banho e sabia de um lago próximo ao castelo, não demoraria tanto ir até lá, sua consequência seria deixar Allyson sozinha. Pensando bem, a garota já estava sozinha há um tempo, estavam em quartos diferentes durante a noite.

Ela saberia se proteger dos perigos aqui dentro, pelo menos era o que Camila confiava. Após a tomada de decisão, se levantou para pegar uma nova muda de roupas e uma toalha para se enxugar, entendia agora o que Adrian falou sobre seu cheiro, sua roupa tinha resquícios de seu sangue e os sangues das criaturas que trombaram seu caminho, estava fedendo, havia alguns pequenos galhos e folhas presos em seu cabelo, sua calça estava manchada de terra e areia.

Lembrando-se agora do corte feito pela primeira besta, a Belmont remove o pano que tinha enrolado no braço apenas para vê que não tem nada ali, o corte desapareceu e o local parecia impecável, nem mesmo cicatriz deixaria. Camila pensou melhor, as dores que tinha pelo corpo, as dores de cabeça, machucados e arranhões, até mesmo seus seios doloridos da batida por causa a segunda besta, nada, nada doía. Era como se estivessem curando ela aqui dentro, deixando-a mais forte.

Um suspiro surpreso vazou seus lábios, era bizarro.

Deixaria as perguntas para depois, pegou o que precisava e saiu do quarto, abriu as grandes portas do castelo dando de cara com Fúria ainda dormindo, um tremendo preguiçoso. Seus olhos giraram com o pensamento. Fúria foi seu primeiro cavalo e ele estava com ela até hoje, mesmo vendo e convivendo com ela a muito tempo, ainda era um medroso de primeira, não julgava ele por isso, bestas noturnas eram inexplicáveis, horrendas e desgraçadas. Ninguém poderia julgá-lo por sentir medo.

Começou a andar para longe, esticando as pernas, caminhada da manhã até um lago para retirar todas as impurezas grudadas em seu corpo há dias. Não demorou a chegar, só o que não esperava era que o lago já tivesse alguém, a vampira que insultou estava ali, de olhos fechados e relaxando na água quente da manhã, como se estivesse dormindo.

Seria desagradável, mas não voltaria ao castelo sem seu banho, não importava que tivesse um monstro na água. Retirou a blusa branca de botões calmamente, abrindo de um por um, não tinha sutiã ou nada por baixo, sua falta de seios davam a ela esse tipo de liberdade que poucas conseguiam.

O vento frio soprou, seus pelos eriçaram. Respirou fundo e continuou a remover as roupas lentamente, dessa vez abrindo o cinto e tirando a bainha da adaga que ainda estava pendurada ali. O que não esperava quando erguesse os olhos foi o olhar carmesim grudado em si, de olho em seus movimentos.

- Nunca viu uma mulher nua? - Camila perguntou, era óbvio que provocaria a vampira com mais. Não teve resposta, suas pulsações alentaram-se. Os olhos ainda não desviaram. - Estou falando com você olhadora.

- E eu deveria responder de bom grado após aquele momento no almoço? Você é um ser humano infitetico Belmont. -  A vampira falou, porém seus olhos continuavam no corpo dela, grudados com atenção a cada mínimo movimento, não poderia negar que achava a caçadora um ser de beleza extraordinária. 

- Infitetico? Se me acha desagradável odiaria ter que conversar com outros caçadores. - Ela abriu o botão da calça e desceu, a vampira mordeu o lábio. Eram provocações baratas, conversas fiadas trocadas para não perderem o raciocínio.

- Outros caçadores devem ser mais agradáveis e com menos ego, Belmont. - Falou o nome com descaramento, estavam jogando.

- Quem garante isso a você? - Sua peça íntima foi a próxima a descer, a vampira não manteve o olhar, abaixando-o para a água cristalina. Camila percebeu o ato.

- Garanto pois nem um teve audácia suficiente para chegar perto ou vir até o Castelo de Bran, que convenhamos, não é o principal castelo do Drácula, foi apenas onde ele desenvolveu família e nós crescemos... - Ela falou brincando com a água, os braços balançando sem preocupação.

- Seu pai sabe onde se esconder com maestria. - A Belmont entrou na água, atraindo novamente a atenção da vampira para si, ela focava seriamente no rosto, pescoço e um pouco mais abaixo, diretamente entre o vale dos seios.

- Se esconder? Sinto muito, mas não. Meu pai não se esconde, ele espera alguém de coragem para enfrentá-lo pois sabe que mesmo depois de morto voltará, como um bom demônio deve fazer. - Lauren fincou os pés no fundo do lago. Andou em passos lentos até parar atrás da Belmont, colocou as mãos com garras longas e afiadas sobre os ombros da mesma. - Não sinto o cheiro de seu medo e tão pouco se arrepia.

- Não tenho medo de vampiros, se tivesse eu não seria uma caçadora. E para você, não há bons motivos para um arrepio. - Lauren sorriu, as presas salientes, aparecendo e brilhando, contudo não era uma ameaça. Começou a apertar os ombros da Belmont.

- Está tensa... não tem medo que eu mate você? - Falava sensual, ao pé do ouvido. Camila começava a sentir seu peito criar borboletas. Eram borboletas ruins, como quando você tem algo a esconder.

- Se fosse me matar já o teria feito a muito tempo. Era para nos matarmos, sei disso, porém tem algo... uma profecia, sabe dela? - A Belmont girou, dessa vez ficando de frente a vampira que foi basicamente obrigada a soltar os ombros dela.

Os olhos carmesim encontraram os castanhos, mas não por muito tempo, uma avaliação começou. Os olhos percorreram a face inflexível da Belmont, os lábios carnudos e vermelhos, o brilho do sol nos fios do cabelo deixando-os mais claros. O pescoço fino e firme, chamativo para uma mordida de um vampiro sitibundo e sem controle, os olhos de águia de Lauren se focaram na veia saltada, pulsando, ela imaginava que tipo de gosto aquela mulher teria entre seus lábios.

Descendo mais, observou o trapézio, era um musculo saltado de alguém que praticava exercícios, mais abaixo o peitoral, seios firmes e pequenos, capazes de caber em um apertar de mãos sedentos, não conseguia descer mais do que aquilo. A água era transparente, mas estava turva, mas pelas formas do corpo ela sabia, era um corpo feminino perfeito.

- A sua avaliação acabou? - A Belmont tinha percebi o olhar vermelho em si, o rosto vampírico ficando mais rígido cada vez que descia, admirando, observando e analisando minuciosamente cada parte da pele desnuda. Implorava para que fosse interrompida, queria que ela notasse que estava admirando, o lábio se repuxou e um sorriso ladino apareceu.

- Não completamente, mas ainda foi de meu agrado. - Implacável. A voz da caçadora se perdeu, a garganta secou, não esperava aquilo. Se afastou, sem brechas. Sua mente estava traindo-a como ninguém.

E o banho terminou em silêncio e olhares desejosos. A saída de Camila do lago rendeu mais um pouco de deleite a vampira ao admirar suas costas impecáveis e sem sombra de dúvidas sua bunda. E como veio, a Belmont foi, enrolada na toalha, para um lugar distante onde pudesse se trocar sem ter os olhos da outra em si.

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Capítulo mais levinho, descontraído, porém daqui tiramos olhares e toques mais significativos, qualquer duvida estou aqui para responder. Me sigam no twitter e aqui no wattpad, sempre saí alguns avisos. 

Castlevania - Entre VampirosWhere stories live. Discover now