Um convite, uma canção

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Sparks Fly
My mind forgets to remind me
you're a bad idea
You find I'm even better than
you imagined I would be
I'm on my guard for the rest of the world,
but with you
I know it's no good
And I could wait patiently,
but I really wish you would
Drop everything now,
meet me in the pouring rain
Kiss me on the sidewalk, take away the pain
Get me with those green eyes, baby,
as the lights go down
Give me something that'll haunt me
when you're not around
'Cause I see sparks fly whenever you smile

~ Sparks Fly, Taylor Swift

* German POV *

1 mês havia se passado desde a trágica morte de Pierre. Na autópsia, foi constado que o corpo havia sido carbonizado. Pelo o que nos foi informado, Pierre e Priscila fugiam da polícia em um caminhão em alta velocidade. Após passar em uma curva acentuada, o caminhão capotou e, em seguida, explodiu. Priscila conseguiu sair a tempo e, sem ter por onde fugir, foi presa em flagrante. Passou alguns dias no hospital em decorrência das leves queimaduras mas, logo, foi transferida para a penitenciária feminina de Buenos Aires. Todo o caos que havia começado tão repentinamente, por fim também havia terminado como começou. Aos poucos, nossas vidas foram voltando para o que, pelo menos, se parecia próximo do normal. Sem Pierre e Priscila, já não havia mais necessidade de termos seguranças ao nosso redor. Em breve, Violetta e Ludmila passariam 1 mês fora de casa em razão da tour que fariam juntas. E, então, o fim do ano se aproximava com tantos acontecimentos ainda difíceis de serem processados. Especialmente, claro, para Angie. Se eu não a conhecesse bem, poderia pensar que ela já havia se esquecido de todo o pesadelo. Porém, eu enxergava, no fundo dos seus olhos, a confusão que ela ainda se encontrava. Por mais que ela escondesse seus medos de todos, uma pessoa jamais poderia superar uma traição tão profunda. Assim, mesmo que sua melhora física fosse visível a cada dia, seu emocional ainda estava quebrado. Quase como uma crise identitária, Angie permanecia angustiada e, ainda, sem conversar com Angélica. E, entre as questões que ainda perseguiam Angie, eu me encontrava sem conseguir encontrar as palavras certas. Desde o seu aniversário, ela nunca mais tocou no nome de Pierre e Priscilla. Além disso, todas as vezes que eu tentei compreender o que ela sentia em relação aos seus pais, ela se esquivava. Então, todos nós decidimos que agiríamos como ela e, assim, tentaríamos respeitar o seu espaço. Porém, eu ainda duvidava se este seria o melhor caminho, mas esperava que o tempo fosse necessário para fazê-la se sentir confortável em se abrir. E nesse apego de querer passar uma borracha nos últimos meses, movida pela expectativa de voltar a dar aulas no Studio, o sorriso de Angie passou a ser quase como antigamente. Entretanto, por mais que Angie tentasse camuflar seus problemas em mim, em Violetta, e até mesmo em Tiramisu, tanto nós quanto ela sabíamos que, cedo ou tarde, ela teria que enfrentar os seus fantasmas. No momento, estava no escritório revisando um contrato quando subitamente escutei uma melodia vindo da sala. Sorri, ao já saber quem estava dedilhando as teclas do piano. Silenciosamente, abri a porta do escritório e caminhei até Angie, sem com que ela percebesse a minha presença. Aquela cena se parecia muito com outra que já havíamos vivido antes, a diferença é que agora eu havia aprendido a tomar cuidado para não colocar os meus dedos sobre o piano. Assim, me aproximei cautelosamente, massageando os seus ombros. Angie, sorrindo, levou sua cabeça para trás, para que eu pudesse beija-la.

Angie: Então, o que você acha? - Angie perguntou, após o beijo.

German: Eu adorei. Há quanto tempo está compondo? - eu falei, sentando ao seu lado.

Angie: Na verdade, eu acordei com as notas na cabeça, eu só vim ver como elas ficavam no piano.

  German: E eu posso saber o motivo de toda essa inspiração? - eu provoquei, deixando escapar um sorriso vitorioso.

Germangie - Felizes para Sempre? Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu