Uma lembrança, uma canção (parte 1)

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I'll never love again
Wish I could
I could've said goodbye
I would've said what I wanted to
I would've broke my heart in two
Tryin' to save a part of you
And I want to pretend that it's not true
'Cause my world keeps turning, and turning
And I'm not moving on
I don't wanna know this feeling
unless it's you and me
And I don't wanna give somebody else
the better part of me
I would rather wait for you
Don't wanna feel another touch
Don't wanna start another fire
Don't wanna know another kiss
Don't wanna give my heart away
To another stranger
Or let another day begin
Won't even let the sunlight in
I'll never love again

~ I'll Never Love Again, Lady Gaga

* Violetta POV *

Fechei meu diário e olhei mais uma vez para o vidro que separava Angie de todos nós. A persiana continuava fechada, porque eles estavam demorando tanto lá dentro? Eu digo, era normal que os médicos passassem todos os dias para verem o estado de Angie, mas eles já estavam lá há pelo menos 2 horas. Talvez teríamos finalmente notícias boas, quem sabe Angie estaria acordando. Era o que eu mais queria ouvir e acreditar. Olhei para o lado e vi meu pai, que agora estava andando incansavelmente para lá e para cá enquanto passava a mão várias vezes pelo seu cabelo, o que me indicava seu nervosismo. Sem com que o meu pai percebesse, me aproximei para surpreendê-lo com um abraço apertado. Eu estava com tanto medo que sentia como se eu estivesse à beira de um colapso, mas ao mesmo tempo sentia que não havia mais uma única lágrima que pudesse escorrer pelo meu rosto. Papai estava tão abatido quanto eu ou para falar a verdade, ainda mais. Todas as vezes que eu o olhava, simplesmente via o mesmo vazio que havia tomado conta de Angie. Um único brilho, um único sinal de vida, nada. Ele estava tentando ser forte por todos nós, mas o conhecia bem demais para saber que por dentro ele estava desmoronando. Com cuidado, meu pai passava a mão pelo meu cabelo, fazendo com que toda aquela angústia se desfizesse aos poucos, mas infelizmente não por muito tempo. No mesmo instante que percebi meu coração voltar a bater normalmente, a equipe médica finalmente saiu às pressas do quarto de Angie.

      Angélica: E então doutores, como minha filha está? - minha avó perguntou, enquanto se levantava rapidamente.

      De certa forma, eu não conseguia decifrar os olhares dos médicos. Porém, por alguma razão, eu sentia que eles não me dariam boas notícias. Era como uma intuição, um sentimento inexplicável de que algo importante estava por vir. Eu continuava abraçada com o meu pai, enquanto Pablo continuava a olhar seriamente para o médicos e ainda segurava a minha avó, que estava se esforçando para permanecer em pé. Naquele momento, Leon, Ludmila, Francesca, Camila, Federico e todos os meus outros amigos e pessoas do Studio estavam do lado de fora do quarto nos esperando, aguardando por notícias da minha tia. Ainda não sabíamos porque, mas desde ontem os médicos haviam nos pedido para que permanecessem no quarto de espera somente as pessoas mais ligadas à Angie e por isso, tivemos que reduzir todas aquelas pessoas para somente nós 4.

        Dr. Alan: Eu sei que toda esta situação é difícil, mas preciso que vocês mantenham a calma. Vocês quatro poderiam me acompanhar por favor? - o doutor pediu, olhando para minha avó, papai, Pablo e eu.

       Todos nós concordamos e entre olhares de tensão, seguimos o Doutor Alan até uma sala que parecia ser o seu próprio consultório. Por sua vez, o doutor se sentou na sua cadeira enquanto nós nos acomodávamos em algum  lugar em torno da mesa.

Germangie - Felizes para Sempre? Where stories live. Discover now