Capítulo 7 - Que a guerra comece

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Andava sem rumo na rua, pensando em qual pegadinha fazer com Alex. Olhava pros lados, procurando alguma inspiração. E não foi difícil encontra-la.

Parei em frente a um supermercado e fixei meu olhar em um casal que saia do estabelecimento. Eles pareciam comemorar alguma coisa, pois na mão do garoto havia garrafas de champagne e na da garota um buquê de rosas, que, provavelmente, ela ganhara de seu amado.

Foi ai que veio a ideia, então corri até o supermercado e depois voltei para casa.

Aproveitando que a fera não se encontrava em nenhum dos comodos, fui até a cozinha esvaziando a geladeira. Não retirei apenas os alimentos, mas também os suportes.

Fiz meu caminho até a sala; peguei um papel de carta e uma caneta, escrevendo o seguinte bilhete:

"Alex,

Gostaria de me desculpar com você. Fui uma criança egoísta, ontem a noite. Comprei isso para que temos uma noite maravilhosa. Pedi para Pedro não dormir em casa, para que podermos fazer o que quisermos. Espero que me perdoe... Fui comprar alguns utencilhos para hoje...

Kelsey."

Coloquei junto ao bilhete, 3 garrafas de champagne que comprei. Do jeito que conheço Alex, ele vai querer coloca-la na geladeira. E lá vai achar uma surpresinha.

Me vesti devidamente e me escondi, esperando a fera chegar.

Alex P.O.V.

Cheguei em casa muito cansado. A faculdade de administração estava me matando. Coloquei minha blusa de frio no sofá e caminhei até a sala. Algo me chamou a atenção.

Garrafas de champagne e um bilhete se encontravam na beira da mesa de centro. Peguei o papel e li.

Meus olhos brilharam com aquela carta da Kells. Era como se ela finalmente se desse conta de seus atos. Coloquei a mão no vidro da garrafa e percebi que estava quente, então resolvi coloca-las na geladeira.

Andei vagarosamente até lá, poupando energia para a noite.

Abri a geladeira e me surpreendi. Kelsey estava lá dentro.

Levei um susto, o que me fez cair para trás; devido a isso soltei as garrafas fazendo com que elas espatifassem no chão.

KELSEY P.O.V.

Ouvi a porta de entrada abrindo, e garrafas batendo umas nas outras, mostrando que alguém havia as pegado. Passos vieram até a geladeira, então me preparei.

Ergui meus braços na altura do ombro, para que pudesse tocar em Alex quando ele abrisse o a porta do eletrodoméstico. E assim que esse ato foi feito, soltei um grito e coloquei minhas mãos na barriga da fera.

Devido ao susto que eu causei, Alex cai no chão, e quebra as garrafas de Champagne.

Começo a rir desesperadamente, sentindo uma pontada de dor na barria devido aos risos. Tento respirar quando a crise passa.

O moreno continuava deitado no chão, parecendo não acreditar no que havia acontecido. E, por incrível que pareça, começou a gargalhar.

Eu o olhava confusa. Não era para ele está rindo. Finalmente, ele para e diz:

- Eu sou um idiota. Não sei o que deu na minha cabeça, para achar que você tinha crescido.

Um sorriso nasce no meu rosto.

- Pois é, nem eu.

Desço na geladeira e caminho calmamente até o sofá.

- Você está concordando que você é uma criança? - pergunta.

Dou de ombros.

- Entenda como quiser.

A porta abre de repente, e Pedro aparece, todo descabelado e sujo. Suas mãos estavam soltas, mas seus pés estavam presos com cordas. Um assento de cadeira estava colado em seu traseiro, e apenas um dos pés do móvel que continuava pregado. Em sua boca, havia uma fita adesiva, impedindo-o de falar.

Alex corre até o amigo e tenta socorre-lo. Ele o desamarra e puxa o assento da cadeira, descolando-a de sua bunda. E, por último, liberta sua boca.

- Kelsey, eu vou te matar! - grita ele.

Eu disparo a rir. Pedro tenta correr até mim, para me bater, mas a fera o segura.

- A Kelsey fez isso? - pergunta.

Reviro os olhos. Já não está obvio?!

- É, cara. Ela pediu para mim não vir para casa hoje, então eu desconfiei que ela faria alguma besteira com você. Porém, quando eu estacionei o carro, ela jogou algo na minha cara - acho que era pó de mico - e me amarrou em uma cadeira. Eu tentava sair, mas ela me trancou em uma garagem e ligou um som no máximo.

Alex me fuzila com o olhar. Eu bufo.

- E como você fugiu? - pergunto, franzindo a testa. Ele me encara como se quisesse me matar. - Desculpe, eu só queria saber para que, dá próxima vez, eu corrija esse erro.

Dou de ombros e sorrio, orgulhosa de mim mesma.

Mais uma vez, Pedro tenta vir até mim. Quando percebo que Alex não o segurou, corro até meu quarto e me tranco.

Deito na cama e sinto minha pálpebra pesar. Eu durmo ali, com o doce som da minha porta sendo espancada.

Acordo com uma leve batida na minha porta. Levanto vagarosamente e, sem me lembrar que os meninos queriam me matar, abro a porta.

No mesmo minuto, Alex pula na frente da porta e estoura um saco de papel reciclado perto da minha cara, fazendo com que eu levasse um pequeno susto - sério, eu nem sai do lugar.

Levantei minhas sobrancelhas. Ele tentou dar o troco, ou é impressão minha?!

- Você tentou me assustar? - perguntei, sem acreditar.

Ele abria a boca para falar, mas nenhum som saia dali.

- Você quer guerra? Que a guerra comece então. - sorrio para ele, que estremece.

- Ah, e Alex. - chamo. - Não se esqueça que sou a rainha das pegadinhas. Faço isso desde os meus 8 anos. - meu sorriso se alarga, orgulhosa. - Boa sorte.

Você vai precisar.
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Que comecem as pegadinhas hahaha

Praticamente, os próximos capítulos vão ser todos de pegadinhas.

Aproveitem.

XOXO

-FaithMeg

Poison GirlWhere stories live. Discover now