Máfias Em Guerra

Homens ruins Mulhres gananciosas

ANTERIORMENTE EM MAFIAS EM GUERRA...

- Eu não preciso dizer que aquela vadia desgraçada estava errada, preciso?  pergunto colocando minha mão em seu ombro direito.

- Não! - Diz seco se desfazendo do abraço de nosso pai e voltando para dentro da igreja, para perto do corpo sem vida de Margarete.

AGORA...

GUSTAVO:

Odeio enterros, velórios ou qualquer tipo de celebração fúnebre. São banalidades para mim.
As pessoas que amamos ficam expostas aos olhos de pena e curiosidade dos outros. E eu? Recebo olhares firmes dos homens que só querem me ver fraquejar, eles só esperam por uma oportunidade para me ver falhar, afinal um Capo não chora na frende dos outros, um capo não pode demonstrar sentimentos um capo, não pode ter fraquezas. Entao chorar por um ente querido no seu funeral não é permitido, demonstrar que ama alguém em público tbm não é permitido, nada que possa ser usado contra vc e consequentimente contra a marfia, é permitido, então o meu conselho não esta presente por compartilhar minha dor, eles estão aqui para que eu não invergonhe a Máfia. As mulheres deles por outro lado, estão aquii por um motivo bem mais irritante para mim. Falsas, verdadeiras cobras traiçoeiras que só se importam em aproveitar o momento pra jogar suas filhas criadas pra serem pior do que elas mesmas em cima de mim. Elas não se importam com minha Tia, não fazem questão de saber o que aconteceu ou se eu realmente estou bem, só me olham com aqueles olhos maléficos de quem ver uma ótima oportunidade pra fisgarem o chefe da máfia.

Isso são funerais na máfia, pessoas falsas e traiçoeiras fingindo se sensibilizarem com a dor do outro quando na verdade só está tentando fazer dele o próximo no caixão.
Me lembro de sentir a mesma fadiga quando era apenas um menino, que estava escondido atrás de uma cortina pq não suportava mais os olhares de pena, expectativas e desgosto de toda aquela gente desconhecida, um garoto assustado e medroso, que acabará de perder os pais.
Não sou mais um menino, não posso mais me esconder atrás de uma cortina, não tenho para onde fugir, a única escolha é ficar e torcer pra que acabe logo.

- Olá meu senhor, eu não consigo imaginar o tamanho do seu sofrimento, eu não queria incomodá-lo, mas minha filha queria prestar suas condolências. - mais uma mãe sangue suga e uma filha assanhada.

- Eu agradeço por sua gentileza senhoras Lonosov. - digo cortez.

- Não precisa de formalidades meu senhor, pode me chamar de Lisent. - Diz a garota oferecida me estendendo a mão

- Me perdoe por interromper, mais eu preciso falar com meu irmão um segundo. - Como sempre, Nastya vem ao meu socorro.

- Peço perdão senhoras, e agradeço novamente pela consideração, espero que nos encontramos novamente, e em melhores condições. - digo me afastando e agradecendo todas as entidades que existem por Nastya saber tudo sobre mim, todo sobre como me sinto, como se estivesse em minha mente.

- Eu sinto muito por demorar, eu foi ver como estava a nossa mãe, vc sabe, ela tinha sua tia como uma irmã, passavam horas em ligação falando sobre.

- Não tem problema, eu já passei por isso antes, foi apenas uma vez, porém me traumatizou o suficiente pra eu saber lidar com a situação agora. - digo caminhando para fora da casa onde acontecem funerais e caminhando para perto dos túmulos dos meus pais.

- Eu sinto muito, eu não os conhece, mais se eles foram pelo menos metade do que ela era, eu tenho certeza que eram ótimos pais. - Diz atrás de mim, ela não chegou muito perto de mim desde o dia em que minha tia morreu.

- Eles eram perfeitos, era pessoas maravilhosas, mais já faz tanto tempo, que as vezes não consigo lembrar do rosto deles, eu lembro a sensação de os ter por perto, lembro de como meu coração se aquecia quando minha mãe me abraçava eu quando meu pai me ensinava algo novo, mais a cada dia que passa eu lembro menos de suas feições, de como eles eram e isso me destrói, faz eu me sentir o pior filho do mundo, afinal quem sendo um filho descendente esquece o rosto dos próprios pais?

- Ei, para. - me sacode pelos ombros. - vc não é um filho ruim, vc é perfeito, vc é um homem da qual seus pais se orgulhariam assim como sua tia se orgulhava, vc os hora em tudo que faz, tudo o que vc faz é pensando no que eles fariam ou pensariam então eu não admito que vc ouse pensar que por uma mera consequência do tempo, vc seja um filho ruim pq vc não é. Eles se foram a muito tempo, vc era um garoto, um garoto que cresceu e virou um grande home, um homem maravilhoso, não se martíriose por isso, vc pode não se lembrar do rosto deles, mais seu coração nunca vai esquecer o quanto eles te amaram e o quanto vc os amou de volta. - a sensação de sua pequena mão em meu peito, me confortando me faz querer abraçá-la, beijá-la e escondê-la do mundo pra que o próximo funeral que eu tenha que ir não seja o dela, porém eu não posso, eu prometi.

Seguro suas mãos nas minhas e colo nossas testas. Inspiro seu cheiro que tanto amo, por Deus, como eu sinto falta desse cheiro.

Me afasto.

- eu quero ficar um minuto sozinho, quando eu voltar, irei pra casa. - tento me manter afastado.

- vc não vai se despedir?

- eu não conseguiria, eu... eu não posso.

- está tudo bem, eu digo que vc teve que atender uma ligação importante.

- Obrigado. - ouço seus Passos se afastando.

Não é bom, mais ficar sozinho parece ser meu destino.

-----------------------------------------------------------------

Olá amores, espero que gostem, foi curtinho porém com amor e dedicação.

Não esqueçam de votar e comentar.

Beijos de luz e até o próximo.
🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰