Sempre Acabo Sozinho

3K 169 115
                                    

ANTERIORMENTE EM MAFIAS EM GUERRA...

- Gustavo Benett Yevandowski você acei... - o padre interrompe sua fala enquanto todos já corriam aos berros para fora da igreja ao som do Tic Tac infernal da bomba.

- Papai!!! - acorda do transe desesperado com grito de Valentina.

- Saiam todos! - grita Gustavo evacuando o local.

Entrego Valentina para minha mãe e a vejo correr para fora da igreja no meio de todo aquele pandemônio, e enquanto ajuda a evacuar o lugar um grito faz cada célula do meu corpo congelar.

- Seethh!!! - o grito de desespero da minha diaba é a última coisa que eu escuto antes do teto da igreja desabafo sobre as pessoas que não conseguiram sair a tempo.

AGORA...

Seth:

- Seth!... Seth!... - escuto meu nome ser chamado, mas está longe, e o zumbido irritante no meu ouvido não me ajuda a localizar de onde está vindo a voz.
Continuo mancando sem rumo pelos escombros, porém a poeira não me deixa ver direito onde estou indo.

- Athenaaaaa! Grito desesperado. E no mesmo instante um grito agoniado ecoa me deixando alerta.

- Athena? - corro em direção ao grito.

- Seth! Por favor, por favor tira, tira de cima dela, por favor me ajuda, ela vai morrer.

Athena agarra meus ombros desesperada, está com a roupa rasgada e toda suja de terra pela explosão, mas fora isso não consegui detectar nada além de uns arranhões superficiais nela, mas ao olhar para a direção que ela apontava pude ver a razão do desespero e paralisei.

Debaixo de uma enorme e pesada coluna estava Margarete, a tia de Gustavo, esmagada, enquanto gritava de dor e pedia desesperadamente por ajuda.

- Calma, Calma - tento fazê-la se acalmar pois esse desespero não faz bem para os bebês. -  vamos tirá-la dali Mas precisamos de ajuda.

- Tia... Tiaaaaa. - Gustavo grita a procura da mulher que considerava uma mãe.

- aqui. Ela está aqui - grito de volta chamando sua atenção.

- Ahh. Meu Deus, não, não, eu vou tirar vc daí Tia Não se preocupe eu vou salvar vc. - murmura ajuelhando-se perto do rosto dela, tentando tranquiliza- lá.

- Minhas pernas Gistavo, eu não consigo sentir - grita em agonia.

- vamos, temos que tirar isso de cima dela. - digo rápido pra não dar tempo dele se desesperar também.

- oh meu Deus Margarete. - minha sogra chega gritando, sendo acompanhada pelo resto do pessoal e alguns soldados de Gustavo. Ela não tinham tanta intimidade com Margarete como minha família tinha, até pq se conhecem a pouco tempo e nós Yevandovisk's a consideravamos da família pois ela era tudo o que restou pra Gustavo de sua família biológica, cuidou dele como se fosse dela após a morte da irmã, não casou, não teve filhos, nada que pudesse interferir na atenção que ela dava para ele, e somos muito gratos a ela por isso, pois mesmo sendo um Yevandovisk também, Gustavo não quis nada que levasse o nosso sobrenome, não por não querer ser da família,  mas por querer reconstruir e seguir o legado do seu pai biológico e Margarete o apoiou e o deu todo o suporte que foi preciso para ele assumir seu lugar de direito. Ela é uma mulher incrível e doce, muito fácil de ter como amiga, vê sempre o bem nas pessoas pois seu coração é enorme e extremamente bondoso, não foi surpresa que em apenas uma semana a família da minha diaba estivesse encantada com a doçura de mulher que ela é.

- OK, vamos manter a calma, precisamos tirar essa coluna de cima dela. - Diz Zeus se posicionando perto da coluna junto com o resto do pessoal

- Força! - grita meu sogro, colocando todas as suas forças.

Nada.

- De novo, no três. - Essa é a vez de Gustavo incentivar.
Todos colocamos todas as forças que tínhamos, e quando a grande coluna caiu para o lado, vimos o verdadeiro estrago.

O sangue escorria por toda parte, como a Correnteza de um rio no vestido inteiramente rasgado, nos deixando ter uma visão da barriga para baixo que foi toda esmagada pela coluna. Todos estavam totalmente tristes e abismados com a certeza da realidade, uma realidade onde Margarete não sobreviveria.

- e- eu não consigo res-respirar. - sussurra em um fim de voz.
Rapidamente Gustavo e minha mãe se ajoelham a seu lado tentando conforta-la.

- e-eu vou mo-morrer não é? - Diz sufocando com o próprio sangue.

- eu sinto muito querida, eu realmente sinto - chora minha mãe.

- Não, não, vc não pode não pode morrer. - grita Gustavo segurando o rosto dela. - vc não pode me deixar não pode.

- es-esta tu-tudo bem meu filho es-esta tudo bem. - Diz entre tosse. - eu amo muito vc. - ninguém segurava mais as lágrimas; uma pessoa tão alegre e importante na vida de todos estava morrendo de uma forma horrível, não tinha porque não chorar. - mas vc tem que me deixar ir. E não, não chora, eu não quero que essa seja minha última imaguem sua.

- por favor, mamãe, não me deixa por favor - tenta Gustavo - eu não tenho mais nada, eu ja perde muito, eu... eu perdi tudo não me deixa sozinho.

- Querido... cof cof, vc não esta sozinho.. vc tem uma família... cof cof que te ama.

- não, não fala, vc não pode se esforçar. - Diz Gustavo, mais é interrompido.

- Gustavo, querido, ela está se despedindo. - Diz Nastya o abraçando de lado para conforta-lo.

- não... não ela não vai MORRER. - Grita desesperado.

- Q-querido.. - começa Margarete. - não.. se preocupe comigo, eu vou... vou encontrar seus pais.. vou dizer a eles o quanto vc cres-cresceu, e o quanto eles se orgulhariam do hom-homem que vc se tornou.

- não, não, mãe, mãezinha, olha pra mim, não fecha os olhos, não fecha os olhos.

- eu te amo filho. - e os olhos se fecham.

- NÃO. MÃE, OLHA PRA MIM, ABRI OS OLHOS.

- Gustavo olha pra mim, querido olha pra mim, ela se foi, querido. - tenta Nastya.

- eu estou sozinho outra vez. - Diz desolado. - eu sempre acabo sozinho. - diz se afastando de todos e correndo pra fora da igreja, eu tento correr atrás dele mais Nastya vai mais rápido.

-----------------------------------------------------------------------------

Oi amores como podem ver, eu mudei a personagem mais não deixou de ser triste, o que aconteceu foi que eu percebe que essa mudança cairia bem para o desenvolvimento do relacionamentos da Nastya e do Gustavo, e principalmente pq sempre que eu lembrava que eu escreve aquela atrocidade com a Afrodite que é nossa maluquinha preferida eu morria de chorar, então eu mudei, e como eu disse, pra mim continua sendo triste pq o Gustavo está passando pela pior fase da vida dele e perder mais alguém tão importante vai deixar ele mais mau ainda.

Então é isso flores, um beijo de luz e até o próximo capítulo.
😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘😘

Máfias Em Guerra Where stories live. Discover now