Capítulo 31

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ALFONSO

Dormi por umas duas horas apenas, ainda estou agarrado nela do mesmo jeito que adormeci, passo o nariz no vão do seu pescoço sentindo seu cheiro e deixo um beijo macio em seu ombro. Afasto meu braço que rodeia a cintura dela com cuidado para não acorda-la. Me sento e admiro sua silhueta nua com o lençol cobrindo apenas algumas partes do seu corpo. Me levanto com mais cuidado ainda, alcanço meu celular e tiro uma foto, um dia vou preparar algo pra ela com as minhas memórias dessa viagem.
Saio pelo quarto procurando minha bermuda, a encontro jogada próximo ao banheiro. Sorrio ao lembrar a maneira como Anahí a arrancou, a apanho do chão e a visto olhando minha deusa do sexo ressonar tranquilamente.
Caminho em direção a escada e próximo ao primeiro degrau está a bendita camisola azul, recolho e levo ao nariz sentindo o perfume dela impregnado no tecido. A coloco em cima da cama e desço em silêncio as escadas, peço para a recepção que entreguem o café da manhã mais cedo, com algumas coisas em especial que sei que ela vai gostar e uma rosa.

Poucos minutos depois o serviço de quarto trás meu pedido, organizo tudo em uma bandeja, de uma maneira bonita junto com a rosa e subo as escadas para acordar minha princesa. Ela estava angustiada na madrugada por hoje ser nosso último dia aqui, mas quero mostrar que será também o primeiro de todos os outros que virão, porque eu não me vejo sem ela nem mais um dia.
Ela ainda está dormindo quando coloco a bandeja com cuidado sobre a cama, me sento e apanho a rosa, passando suavemente as pétalas macias pela extensão de sua pele nua, traço um caminho pelos ombros, costas, até chegar na base de sua coluna.

- Hmmm.. — posso ver sua pele se arrepiando lentamente — Poncho, nem brinca com isso, eu praticamente acabei de fechar os olhos.. — sua voz rouca de sono me faz sorrir. Ela se vira de frente pra mim mas permanece de olhos fechados, tateia o lençol a minha procura, e só os abre quando passo a rosa no dorso de sua mão.

- Bom dia, meu anjo.. — os azuis piscam pra mim, ainda fora de foco pela claridade e eu sei neste exato momento, que mesmo daqui a 60 anos, esses olhos azuis ainda vão me afetar da mesma forma, e disparar meu coração como fez agora. Estendo a flor pra ela, que sorri e cheira a rosa, se senta na cama puxando consigo o lençol sobre os seios e seu olhar recaí sobre a bandeja.

- Bom dia, príncipe azul.. — ela volta a me olhar e inclina a cabeça para o lado com um sorriso meigo. — ¿Mi desayuno? — confirmo com a cabeça e me aproximo, dou um beijo em sua testa e outros dois em seus lábios. — Alguém caiu da cama pra preparar tudo isso.. — Ela comenta enquanto pega um morango e morde.

- Você merece. — acompanho com o olhar a forma como os lábios deslisam sobre o morando e o "hmmm" baixinho de satisfação que ela emite, mas o fato é que eu não consigo desviar os olhos dessa boca. — Eu quero..

- Pega, lindo.. — ela aponta para a bandeja — Está incrível, tão docinho..

- Quero esse.. — indico o morango que ela está levando a boca para outra mordida, ela para o movimento e se aproxima de mim, estendendo a mão para me dar o morango, eu nego com a cabeça e ela me olha sem entender. — Quero da sua boca.. — ela me encara com um olhar provocante e volta a colocar o morango entre os lábios, se inclina na minha direção e eu mordo a fruta bem rente a boca dela, e antes que eu possa tomar qualquer atitude, ela me puxa pela nuca e me beija.

Língua, morango e Anahí. Essa é a combinação mais afrodisíaca do planeta.
Que mané ostra, porra nenhuma!

Tomamos nosso café da manhã com muitos beijos e carícias. Bom, teve muito mais beijos e carícias do que café da manhã, mas tudo bem. Ela amou e está feliz e eu mais ainda.

Nota mental: Sempre, SEMPRE levar café da manhã na cama.

- Chega de preguiça, gostoso.. — ela diz enquanto passa as unhas vagarosamente na  minha nuca, estou deitado com a cabeça sobre seus seios, cobertos pelo fino tecido do lençol.

Casa comigo, Hoje?  AyAWhere stories live. Discover now