Esse capítulo é em homenagem ao Bambi.
Ele também respondia por "Bambino".
Eu poderia dizer que ele era meu cachorro, mas ele sempre teve uma personalidade muito forte pra um vira-lata caramelo, então às vezes a gente esquecia desse detalhe.
Prefiro me referir a ele como um amigo. Aquele tipo de amigo que se convida para dormir na sua casa numa noite e não determina um dia para ir embora. O tipo de amigo que não promete nada, mas entrega tudo que tem para oferecer.
Carinho, amor, companheirismo...
O Bambi era um amigo que todos deveriam ter a experiência de conhecer.𝕬𝖑𝖋𝖊𝖆
"Ele é apenas uma criança", dizem as mães que não querem perder seus filhos para a guerra. As mães. São aquelas que mais perdem, independente se a batalha for ganha ou não. As lágrimas maternas são as mais desconfortáveis de serem derramadas.
Mas o dia amanheceu com menos lágrimas do que o anoitecer do dia anterior. Os queimados que atravessaram a barreira de Alfea foram abatidos. Os feridos se curaram. E os corpos daqueles que não resistiram finalmente puderam voltar para seus respectivos reinos.
A sequência de acontecimentos bem sucedidos trás para os alunos de Alfea uma vaga sensação de positividade. A esperança de que, no fim, talvez tudo realmente dê certo: o bem vença o mal e a harmonia injusta volte para o Reino das Fadas.
Pelo menos para a maioria.
— Cadê a Musa? — Riven para a primeira pessoa conhecida que atravessa seu caminho.
— Está na ala dos feridos. — Stella olha curiosa para o especialista. Ele aparentava exaustão e seus ombros tencionados exalavam sua preocupação. — O Sam...você não soube?
— Droga... — O garoto não espera a loira terminar de falar para se deslocar até a ala indicada.
Apesar da dor aguda nos calcanhares que atravessaram Oblivion duas vezes no dia anterior, Riven anda o mais rápido que consegue. O salão nunca esteve tão cheio. Assim como sua paciência, que praticamente não existia mais, diminuindo a cada ombro que trombava com o seu.
— Não é uma boa hora, Riven. — Terra prende o pé do especialista com uma raiz alojada entre os tijolos de pedra, impedindo que o especialista atravessasse uma maca.
— Nunca é. — Riven sacode a perna para se soltar. — Tem como tirar essa coisa nojenta de mim?
— Terra, você pode ficar com o Sam um pouquinho? — Musa sai de trás de um biombo ao ouvir a voz de Riven (apesar de suas emoções chegarem bem antes ao ouvido da fada).
— Tem certeza? — A fada da natureza une as sobrancelhas em uma expressão confusa. Suas mãos rosadas ainda estavam sujas de sangue.
— Dois minutos. — Musa confirma encostando a mão no ombro da amiga. Um erro. A confusão que se debatia na mente de Terra era escandalosamente alta. Dessa vez não era um exagero.
— Ele vai ficar bem? — Riven pergunta assim que Terra ultrapassa o biombo. Essa não era a primeira coisa que gostaria de perguntar. Por alguns segundos questionou a si mesmo se sequer se importava com a resposta. Se repreendeu com um xingamento interno.
— Vai...eu não sei se foi o Brandon ou a Ivy, mas algum deles conseguiu matar a tempo o queimado que atacou ele. — Musa responde sem muito ânimo, apesar da notícia ser boa.
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𝗧𝗵𝗲 𝗰𝗼𝗹𝗱 𝘀𝗶𝗱𝗲 𝗼𝗳 𝗺𝗮𝗴𝗶𝗰 ⇢ 𝘍𝘢𝘵𝘦: 𝘢 𝘴𝘢𝘨𝘢 𝘞𝘪𝘯𝘹
Fantasy𝗥𝗲𝗶𝗻𝗼 𝗜𝗻𝘃𝗲𝗿𝗻𝗮𝗹:. Também conhecido como o lar de seres 𝘧𝘳𝘪𝘰𝘴, 𝘴𝘰𝘧𝘪𝘴𝘵𝘪𝘤𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘳𝘦𝘤𝘭𝘶𝘴𝘰𝘴, 𝘢𝘳𝘥𝘪𝘭𝘰𝘴𝘰𝘴... São poucas as pessoas capazes de enxergar a beleza do inverno. Muitos relacionam o frio a falta de feli...