𝗥𝗲𝗶𝗻𝗼 𝗜𝗻𝘃𝗲𝗿𝗻𝗮𝗹:. Também conhecido como o lar de seres 𝘧𝘳𝘪𝘰𝘴, 𝘴𝘰𝘧𝘪𝘴𝘵𝘪𝘤𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘳𝘦𝘤𝘭𝘶𝘴𝘰𝘴, 𝘢𝘳𝘥𝘪𝘭𝘰𝘴𝘰𝘴...
São poucas as pessoas capazes de enxergar a beleza do inverno. Muitos relacionam o frio a falta de feli...
— E por que você está com essa cara de velório? — O especialista não consegue se conter a tempo. Ele tenta melhorar sua pergunta, sem muito êxito. — Digo...ok, acho que algumas pessoas morreram hoje. Péssimo? Horrível! Mas o seu namoradinho está vivo, né?
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Uma onda de raiva e ciúmes passa por Riven, enquanto o mesmo tenta ao máximo não falar algo inapropriado como o de costume. Ele falhou nessa missão, mas ao seu ver, poderia ter sido bem pior. Principalmente levando em conta todas as exclamações e reticências que se acumulavam na ponta de sua língua.
— Seu jeito de pensar me assusta um pouco... — Musa suspira com um certo alívio, depois de alguns segundos refletindo. — Mas fico feliz que você ainda seja você.
— Um idiota? Quem mais eu seria?
— Você poderia ser igual a todas as outras pessoas. — Os olhos da fada se iluminam. — Eles sentem pena de mim.
— Então para sua sorte, existem infinitas emoções que eu poderia sentir a seu respeito antes de pena. — Riven responde automaticamente, sem medir as palavras. Imediatamente ele se arrepende.
— Acredito em você. — Os olhos púrpura de Musa tentam encontrar alguma clareza na mente conturbada do especialista, mas eram muitas emoções se confrontando ao mesmo tempo. — Um verdadeiro caos.
— Sua cara está um caos. — Ele devolve a insinuação.
— Nós lutamos com alucinações e queimados o dia e a noite inteira, está mesmo insultando minha aparência? — A fada da mente franze a testa para ele.
— Eu poderia...mas quis dizer que sua cara está transmitindo* caos. — Riven encosta a ponta de seu dedo indicador na testa da fada. — Tem alguma coisa te incomodando e eu não acho que dessa vez seja a minha beleza.
Musa bate na mão de Riven, a afastando de seu rosto, enquanto revira os olhos teatralmente. O fato dele estar certo a irritava. E mais do que isso: o fato dele interpreta-la tão bem, a deixava vulnerável.
— O Sam foi atacado. — A garota murmura o óbvio, receosa. Ela pretendia se justificar, mas as palavras evaporaram de seu vocabulário.
— Eu percebi.
— Mas eu não. — Musa usa a afirmação de Riven como gancho para explicar seu ponto. Sua voz estava carregada de angústia. Um nó em sua garganta quase impedia sua voz de sair. — Não percebi na hora em que aconteceu pelo menos. Ele podia ter morrido e eu nem estaria lá.
Os olhos do especialista se estreitam. Sua expressão é indecifrável.
— De uma coisa eu tenho certeza. — Enfim, depois de encara-la por um longo período, Riven quebra o silêncio constrangedor.
— Que eu sou uma péssima namorada?
— 1º que essa foi a coisa mais burra que eu já ouvi você falar, e 2º que se você estivesse com o Sam quando ele foi atacado, ai sim ele teria morrido. Batido as botas. Ido dessa para uma pior. — Riven cita várias maneiras de se referir a morte, enrolando um pouco para concluir seu ponto. — Ao invés disso você ajudou o Brandon, que de algum jeito maluco, que inclusive eu ainda não entendo, salvou todo mundo incluindo seu namoradinho.
