𝑴𝑨𝑹𝑽𝑬𝑳, 𝒊𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑰𝑰.

•you changed my heart² | Hobie Brown•

Tema: cute.

Pedido por: srtblackcat

—E ele simplesmente disse essas coisas na minha cara, acredita? Como se fosse um crime gravíssimo o que eu fiz, sendo que nós só dormimos!— reclamei para o garoto.

Ao invés de ajudar Pavitr, conversamos sobre o que o meu pai fez e o que ele falou e como isso foi desnecessário. E enquanto discutimos, tomamos chá (afinal, não existe chá chai) e nos empanturramos de bagels.

—Ele não precisava ter surtado assim.— Prabhakar se recostou no sofá, suspirando.

Atirei outro dardo na parede, que acertou no meio exato do alvo causando comoção do meu confidente.

—Garota, você devia conversar com seu pai. — Pavitr girou um bagel entre seus dedos.

—O que eu menos quero agora é ver ele. Já pensou se ele inventa de me "proibir" de-

Parei de falar quando uma luz surgiu nas minhas costas, projetando minha sombra na parede.

—Eai esquentadinha, como foi a bronca do papai?

Me levantei animada e corri para Hobie, o beijando sem aviso prévio. Ele segurou minha cintura e ficou sem ar quando nos separamos.

—Também senti saudade, garota.— ele sorriu e me abraçou.

—Espera, vocês... S/N, você não disse nada sobre isso!— Pavitr se levantou indignado e colocou as mãos na cintura, cerrando os olhos desconfiado para o Brown. —Quando começaram a namorar?

Arregalei os olhos e me distanciei alguns passos do punk. Não conversamos sobre isso.

—Pav, nós não decidimos algo assim ainda.— sorri sem graça.

—Na verdade eu vim decidir isso agora.— Hobie colocou sua guitarra da poltrona onde eu estava e se ajoelhou, levantando uma caixinha de veludo vermelha.

Meu corpo se tremeu por dentro. O que diabos estava acontecendo ali?

—S/N, minha linda de pavio curto, esquentadinha do meu coração, filha do cara mais chato que já conheci.— ele abriu a caixinha. —Quer namorar comigo?

Admirei a aliança prata grossa e sorri. Não consegui responder e só concordei freneticamente com a cabeça.

Hobie se levantou e segurou minha mão, colocando o anel delicadamente no meu dedo. Depois nos beijamos e ele me deu a sua palheta personalizada. Pavitr fez questão de tirar fotos e comemorou.

Outro portal se abriu, mas sem que eu ou Hobie víssemos. Estávamos nos beijando, e só desconfiamos quando nos separamos e olhamos para Pavitr, que tinha uma expressão horrível no rosto. Era como se sua alma tivesse saído do corpo.

Me virei lentamente na direção do portal e dei de cara com meu pai, Miguel O'Hara, de punhos cerrados e uma carranca no rosto.

—Você está morto, garoto. Morto!

〔◴ ◵ ◶ ◷〕

𖡩 seis meses depois.

Me espreguiçei no sofá e bocejei, torcendo para poder dormir mais um pouco. Amanhã seria o dia da formatura do ensino médio, e eu realmente precisava descansar.

Me encolhi mais no abraço de Hobie, que beijou o topo da minha cabeça em resposta. E quando meu sono estava voltando, meu pai surgiu como uma assombração.