•thanks for listening to me | Shang Chi

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Tema: cute

Ser a filha da Natasha não é fácil. Eu estou sempre desconfiada com tudo e todos, por conta dos traumas que sofri. Ao chegar no prédio em que moro, sempre coloco minha lentes de calor e raio x, porque assim eu fico sabendo se tem alguém no meu apartamento antes de entrar.

Ao chegar no meu andar, vejo duas pessoas dentro do meu apartamento e pego minha arma colocando nela um silenciador. Abro a porta lentamente e entro.

-Ela odeia que entrem na casa dela.- espera ai, eu conheço essa voz.

-Será que era pra gente invadir mesmo?- uma voz masculina perguntou.

-Eu não invado...

-...eu sou muito talentosa pra isso.- completei a fase da Yelena, minha tia.

-S/N! Como eu senti a sua falta!- Yelena veio me abraçar.

-Quem é o bonitão ali?- perguntei, me referindo ao homem que estava sem graça atrás dela. O mesmo ficou nitidamente envergonhado com o meu comentário, e me disse o seu nome.

-Eu me chamo Shang Chi. Pode me chamar só de Shang, se quiser.- ele deu um sorriso simpático.

-Eu sempre gosto de ter ver, mas por que você tá aqui? Se tá usando o traje, não é coisa boa.- questionei Yelena.

-O Clint me pediu pra te levar pro Complexo dos Vingadores.

-Tá. Vou colocar o meu uniforme e nós vamos.- fui até meu quarto.

-Ela é mesmo a filha da Natasha Romanoff?- Shang perguntou a Yelena.

-Sim. A Nat salvou ela da Sala Vermelha e a introduziu na Shield. Lá, ela treinou com o Clint a sua pontaria e virou uma arqueira muito boa, além de ter aprendido as técnicas de luta de padrão. Ela e a Nat eram tão inseparáveis, que ela a adotou. Depois disso, as duas se transformaram oficialmente em mãe e filha. Quando nós destruímos a Sala Vermelha, a Nat foi embora e ela ficou comigo, me ajudando a libertar outra Viúvas. Ela sofreu muito quando a Nat se foi, e a forma dela de lidar com o luto foi se isolando de todos. Ela não era assim, ela sorria, brincava, fazia piadas. Eu sinto falta daquela S/N.- Shang prestava atenção em cada palavra de Yelena, focado na história da S/N.

-Tô pronta. Vamos antes que eu me arrependa.- fui até a porta com uma mochila e uma mala de mão. -A gente vai de avião ou Quinjet?

-Quinjet. No último andar do prédio.- Yelena saiu do apartamento e subiu as escadas.

-Tia, tem elevador.- apontei para o elevador.

-Eu tô precisando treinar um pouquinho, vão os dois de elevador.- eu e Shang entramos nele e eu coloquei uma mala no chão.

-Quer ajuda pra carregar essa mala?

-Valeu.- entreguei ela pra ele.

-Então... você conviveu com os Vingadores?

-Sim.

-Você parece a Rosa de Brooklyn 99.- ele resmungou.

-Isso é um elogio pra mim.- dei um sorriso de lado olhando para ele, que me sorriu gentilmente.

Nós entramos no Quinjet e fomos para o Complexo. Chegando lá, encontrei Bruce, Clint, Kate e a Katy, a amiga do Shang.

-Vocês pensaram em mais alguém?- perguntei ao Bruce.

-Pensamos no Homem Aranha, ele vem pra cá hoje.- ele estava olhando em um tablet.

-Oi tio Clint!- fui até ele e que me deu um abraço. A Kate me olhou com dúvida.

-S/N! Como você tá diferente! Tá mais alta, e com uniforme novo né?

-Sim, refiz ele com esse vermelho escarlate escuro.- mostrei os detalhes do uniforme.

-Essa é a Kate. Uma arqueira muito boa, a propósito. Acho que vão se dar bem.- ele a empurrou até mim e saiu dali.

-Oi. Eu sou a Kate Bishop.- ela estendeu a mão para mim.

-S/N Romanoff.- apertei a sua mão.

-Uou, você é filha da Viúva Negra. Isso é muito legal. É tipo a pessoa mais durona que já conheci.

-Por que acha que eu sou durona?- arqueei uma sobrancelha.

-Você parece a Rosa de Brooklin 99.- ela deu de ombros.

-Ok, então. Clint me disse que você e muito boa em arquearia. Quer competir depois?- sorri de canto.

-Claro! Eu adoraria!

Ela deu um sorriso grande e nos despedimos. Fui até o jardim do Complexo e me sentei no degrau. Quando vi, estava chorando sozinha, algo que minha mãe odiava, mas fazia.

-O que aconteceu?- escuto Shang vindo até mim.

-Nada.- sequei as lágrimas.

-Mentir não muda o que você sente.- ele se senta ao meu lado.

-Eu vou confiar em você, porque a Yelena confia em você.- ele assentiu com a cabeça. -Tá sendo muito difícil viver sem a minha mãe. Eu sempre quis ser a Viúva Negra, mas não dessa forma. Ela era tudo pra mim, ela que me tirou daquele inferno da Sala Vermelha, salvou a minha vida. Eu não sei se tô pronta pra seguir em frente.- comecei a chorar silenciosamente de novo. Ele me abraçou, e eu permiti. Estava muito emotiva. E como eu odeio isso.

-Eu sei que a gente se conhece a poucas horas, mas eu posso te dar um conselho sobre isso.- ele olhou nos meus olhos e começou: -Seguir em frente não significa que vai esquecê-la. Significa que você quer honrar a memória dela. Mesmo seguindo em frente, você ainda vai chorar quando ver algo que relembra ela as vezes, e não tem problema. Você só precisa saber como honrar o seu sobrenome depois da morte dela. E pra todos os casos, eu vou estar aqui.- ele realmente entende sobre isso.

-Obrigada por me ajudar.

-Viu só, isso foi um avanço na nossa amizade. Você me agradeceu!- ele abriu um grande sorriso enquanto brincava comigo. Eu o abracei, e quando nos separamos, ficamos perto, muito perto. Eu coloquei as minhas mãos no rosto dele, que colocou as suas mãos na minha cintura, e assim nos beijamos. Sem mais ninguém, em um lugar perfeito. Sem pressão. Sem Vingadores ou salvar o mundo. Só nós. Devo admitir que nos beijamos várias vezes enquanto estávamos lá de fora, até que a minha tia chegou.

-Já estão se pegando? Ótimo, perdi a aposta com o Clint.- ela revirou os olhos. -Agora desgruda da minha sobrinha e os dois pra reunião.- nós ficamos rindo. -Agora!- saímos andando apressados. -Shang, você volta aqui.- ele voltou e eu segui.

-Se você magoar a minha sobrinha, vai se dar muito, muito mal. Ela parece durona por fora, mas é muito sensível. Se sequer pensar em magoá-la, vai ter que lidar com dois Vingadores e uma Viúva Negra atrás de você. Eu me preocuparia mais com a última.- ela falava em um tom ameaçador e cerrando os olhos para ele, que concordou e saiu dali assustado.

Continua...

𝑴𝑨𝑹𝑽𝑬𝑳, 𝒊𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔 𝑰𝑰.Onde histórias criam vida. Descubra agora