A profecia de Sangue e Magia - PJO E HP (Sendo Revisado)

Cap VIII - O caos maior ainda esta por vir.

POV: Nico.

Eu ainda me lembro do meu último pesadelo, foi enquanto estava naqueles dias na enfermaria. Eu sonhei com a morte da minha mãe e da minha irmã - eu posso não ter presenciado a morte de Bianca, mas Percy me contou, com muito contra gosto - aquilo não foi nem um pouco legal, acabei acordando gritando, tremendo e chorando, Will Solance estava dormindo em uma mesinha ao lado, encima de vários papéis, ele acordou num pulo e foi ao meu socorro. O abraço de um filho de Apolo e sempre tão reconfortante e quente? Eu não sei, mas eu me senti tão bem no abraço dele. No final, acabamos dormindo deitados lado a lado. Desde então, eu não tenho um pesadelo se quer.

Mas hoje isso mudou, em meu sonho, eu estava no castelo sombrio do meu pai no mundo inferior, no grande salão principal, eu fiquei confuso, claro, mas a confusão se dissipou com as palavras do meu pai.

— Olá, meu filho — ele diz sentado em seu trono.

— Pai... o que você quer? — pergunto indo mais para perto dele.

— A questão não é o que eu quero, e sim o que eu quero falar — ele diz enquanto estala os dedos, e uma cadeira aparece em sua frente.

— E o que você quer me falar? — falo me sentando na cadeira a sua frente.

— Você está numa missão que não terminará tão cedo quanto pensa. Ele nem ao menos voltou completamente, e quando isso acontecer, vocês terão que reduzir a missão que seria do menino Potter, porém isso não será fácil. Por que isso é só o começo de algo bem, bem, maior — ele fala se levantando e indo até mim, quando ele para em minha frente. Eu percebo que ele está em sua versão humana, cabelos pretos longos e lisos, olhos pretos como o abismo do tártaro, e roupas mortais - também pretas, obviamente -, mas o mais importante é, sua expressão não condiz com o tom carinhoso que ele está falando.

— Eu não entendi pai, o que você está falando é muito confuso — digo enquanto me levanto o seguindo para uma espécime de cozinha.

— Eu não posso falar ao certo, mas é algo maior do que vocês já passaram, maior que Gaia, maior que o que está danificando o espirito de delfos, bem maior — eu não sei se ele está falando para me assustar, ou para me preocupar, acho que os dois — O caos maior só está por vir, e espero que quando chegar a hora, você saberá escolher entre o dever e o sentimento. Você saberá o que fazer na hora certa, quando estar entre a morte e a vida — ele diz a última parte e se desfaz como água em temperatura alta.

— Pai? ... — estava tudo na pura escuridão, até parecia que estava viajando nas sombras.

O cenário mudou para o Tártaro - um lugar que não gostaria de nunca mais voltar - estava em frente a um tipo de templo. E eu sabia exatamente de quem era, Nix, a deusa primordial da noite, mãe da morte e da miséria, Tânatos e Akhlys.

— Garoto sofrido, certo? Sinto o sofrimento exalado de você, mas ainda sim, tem aquele pouco de felicidade, sabe, aquela mínima parte. Mas continua sendo o predominante, o sofrimento, Akhlys iria gostar de você — ouço uma voz tenebrosa, mas ao mesmo tempo, calma, retumbar o local inteiro.

— Onde quer chegar com isso, Nix — com poucas palavras, a fiz sair de onde estava escondida, ela também - aparentemente - está em sua forma humana. Cabelos roxo bem escuro, lisos e brilhosos, como se fosse a própria noite no cabelo dela, um vestido preto até os pés, com aberturas nas cinturas, sapatos de salto vermelhos, e uma maquiagem com tons em roxo e preto.

— Onde quero chegar com isso? Ah, e muito simples garoto. A noite sempre quis predominar, eu sempre quis predominar, ficar aqui no Tártaro e chato, e entediante, eu quero subir, ser a única coisa sobre os olhos dos indefesos mortais. Sem deuses, sem Titãs, sem gigantes, sem qualquer coisa que poderia se opor a mim, apenas eu, a noite, a única coisa existente no universo que irá prevalecer no final — ela diz estufando o peito e com um sorriso convencido e orgulhoso.