CHAPTER SEVENTEEN: the voices screaming in my mind

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⚠️: HOMOFOBIA/VIOLÊNCIA SEXUAL

Vou sinalizar quando terá um episódio do assedio e homofobia. O mesmo sinal estará presente no início e no fim.
Não precisa ler se isso causar mal a você. Cuide de sua saúde mental e evite gatilhos! All the love.

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ℋ.
Três meses após o pedido de namoro.

𝓐cordei quando escutei o lençol esfregando contra o colchão. Eu nem mesmo precisei abrir os olhos para saber o que estava acontecendo.

Antes de qualquer pensamento, instintivamente eu coloquei meus braços ao redor de Louis. E quando forcei meus olhos para abrir, as palavras escorregaram pela minha boca.

- Louis... Ei... - Não parei de chamá-lo até que tive certeza que ele estava acordado. - Eu estou aqui...

Ele abriu suas orbes azuis e olhou para meus olhos. O corpo dele estava suado e suas bochechas rubras e molhadas pelas lágrimas, o corpo trêmulo. Os pesadelos o atingiam de maneira muito menos frequente agora, mas aconteciam pelo menos uma vez na semana.

Beijo seu rosto, sentindo-o se agarrar ao meu corpo.

- Calma... - Acaricio suas costas, sussurrando as palavras lentamente. - Fica comigo, sim? Eu estou com você.

Arrasto meu nariz pela pele de seu rosto, sentindo as gotículas de suor que molham sua pele. Minha camisa é a única peça que cobre sua silhueta e quando eu puxo-o para mim, posso sentir o tecido úmido grudar em seu corpo.

- Eu te amo. - Sussurro contra seus lábios. - Eu te amo muito.

Ele não está em condições de responder e eu realmente não preciso de sua resposta. Apenas distribuo beijos por sua pele salgada, sentindo os temores se acalmarem um pouco.

Quando senti que ele estava devidamente mais calmo, tomei ele em meus braços no estilo noiva, levando-o para o banheiro, despindo ele e a mim mesmo e entrando debaixo da água fria. Sinto ele ter espasmos enquanto se encolhe ainda mais, o rosto contra meu peito.

Ficamos debaixo da água por tempo o suficiente para sentirmos frio. Louis se agarrou em mim como se sua vida dependesse disso, e isso quebrou meu coração. Eu odiava tê-lo assustado assim.

Conversei com minha Afrodite por todo o período em que estava cuidando dele, mesmo que não obtivesse respostas. Meu coração em pedacinhos por tê-lo tão pequeno, com forças o suficiente apenas para ficar em silêncio. E mesmo que eu dissesse as coisas mais doces que ele me fizesse sentir, ainda não tem como mudar o fato de que ele está assustado como a presa mais vulnerável de toda a cadeia alimentar.

Quando finalmente coloco ele sobre os lençóis limpos, apenas com outra camisa minha sobre sua pele, não posso deixar de sorrir. Ele parece tão lindo com seus cabelos molhados e pele rubra, que é como se tudo dentro de mim se aquecesse.

Inclino-me sobre seu corpo, segurando seu rosto lentamente, beijando seus lábios com toda a ternura. Ele me corresponde lentamente, sua respiração calma enquanto seus dedos correm por meus braços.

Depois que nos separamos, apenas um fio de saliva liga nossos lábios.

- Eu também te amo. - Ele diz, e eu sorrio.

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O som já estava muito alto. Quero dizer, em seu nível quase ensurdecedor. Meus olhos pesam e eu forço o sorriso.

Os braços estão movendo-se quase no automático, fazendo as acrobacias que compõem a minha performance. O rosto do casal em minha frente está alegre e observam meus movimentos com um sorriso grande no rosto.

Flowing Through •l.s• / AUWhere stories live. Discover now