CHAPTER ELEVEN: just how fast the night changes (part 2)

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𝓛.𝓸.𝓾.𝓲.𝓼.

𝓜edo não define corretamente o que eu senti quando ouvi a voz de um homem desconhecido ao atender a ligação de Haz. A preocupação não define corretamente o que eu senti quando esse mesmo homem me disse que ele estava indo para minha casa. E ansiedade não define corretamente o que eu estou sentindo enquanto espero Haz chegar para saber o que aconteceu.

Minha mente paranóica obviamente já criou diversas possibilidades. Ele pode ter sido demitido, pode ter sido desmoralizado. Pode ter passado mal. Pode ter tido uma crise de ansiedade. Tudo é possível e isso me assusta.

Ando de um lado para o outro na sala, apenas esperando a hora certa. Parece que o tempo se arrasta com uma velocidade estranhamente lenta agora, e eu simplesmente não posso suportar com a ansiedade, conferindo meu celular de dois em dois minutos.

Então, escuto batidas na porta.

Meu coração quase salta pela boca, batendo de maneira tão rápida que até mesmo dói. Minhas mãos suam, e quando eu abro a porta e vejo Haz sozinho com os olhos no chão, eu não consigo saber o que pensar.

Seu rosto está inchado e molhado, e ele usa a camisa do uniforme do Dirty Dozen, uma igual a que ele estava usando quando nos conhecemos. Seus cabelos estão desengrenhados, e quando desço meus olhos por seu corpo, sua mão direita chama minha atenção.

Céus.

Tem um tecido envolta de seus dedos, e ele tem sangue. Muito sangue. Suas mãos estão tremendo e ele está fungando, sem olhar para meu rosto.

Haz esteve em uma briga.

E ele bateu em alguém.

Puxo-o para mim, fechando a porta em suas costas. Ele não diz nada, e quando sentamos em meu sofá, ele apenas volta a chorar.

Seu rosto contra meu peito está encharcado, suas mãos tremendo e seu corpo encolhido no máximo que ele pode. Puxo sua mão direita para meu colo, tirando o tecido e vendo a pele rasgada com muito sangue. Meu estômago embrulha e se a preocupação que eu sentia já era grande, agora aumentou em 100%.

- O que houve, Sun?

Seus soluços ecoavam pelo meu apartamento e eu consigo sentir sua dor. Passeio com as minhas mãos pelos seus cachos, enquanto aguardo pacientemente para que ele comece a falar.

- E-eu... Eu perdi a cabeça, Louis. Aquilo não era eu. Não era. Eu juro.

- Sim, querido. Eu sei. - Acariciei suas bochechas, com minha outra mão segurando a sua machucada. - Me diga o que houve.

- Eu estava atendendo. - Ele diz, sua voz chorosa. - Simon já me abordou hoje dizendo que eu precisava cobrir meus dias de trabalho ao domingo, e eu simplesmente não aguento mais trabalhar naquele lugar. Estava cheio, irritado, sentindo s-sua falta, e então...

Ele eleva o rosto, e meus olhos encontram os seus quebrados.

- ... Stanley esteve lá. Ele pediu um Dirty Secret e disse coisas que eu não vou repetir. Sobre você. Insinuações ridículas sobre um possível envolvimento sexual entre eu e ele.

Seguro seu rosto no meu, o meu coração batendo a mil por hora.

Stanley esteve no Dirty Dozen. Falou merdas sobre mim para Haz.

Haz arrebentou a cara dele.

Meu Deus.

- Eu juro que apenas me dei conta do que fiz quando tudo já estava feito. - Haz não olha para mim, como se tivesse vergonha do que fez. - Eu apenas perdi o controle. A raiva me tomou. Eu juro que aquele não sou eu.

Flowing Through •l.s• / AUOnde histórias criam vida. Descubra agora