Capítulo 21

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Lilly Forbes

Alerta gatilho⚠️

    Enquanto me levantava, ela parecia pensar bastante no que havia dito, e ainda mais confusa que eu.

- Vovó! Me fala, como assim cartas, eu não vi nenhuma carta, do que a senhora está falando? - Pergunto e ela me olha.

- Você não soube a causa da depressão de seu pai?

- Bom, eu imaginei que fosse a morte do tio Frankie, não? - Respondo e ela me olha nos olhos, parecendo pensar se deve ou não me contar e em seguida confirma com a cabeça.

- Você sabe como o seu tio Frankie morreu? - Ela pergunta e eu balanço a cabeça começando a me irritar um pouco com o seu suspense.

- Não, eu não sei, eu tinha nove anos, então, meio que ninguém me contava nada. - Digo e antes que fale mais algo ela se senta no sofá me puxando para sentar com ela.

- Olha, eu não sei se deveria falar sobre isso com você, eu pensei que sempre soubesse de tudo, mas parece que sua mãe lhe poupou muitas verdades. Mas vou lhe contar tudo. - Ela diz e eu balanço a cabeça, a mesma balança a cabeça e olha para um retrato onde tem eu pequena no quintal com papai, os dois sorrindo de orelha a orelha.

- Por favor. - Digo e ela me olha.

- Querida... Seu pai não era lá aquelas pessoas que tinham muitos amigos, na verdade ele não tinha ninguém, ele era muito tímido, eu e seu falecido avô moramos em San petersburgo e colocamos ele no jardim de infância aos três anos, ele sempre estava sozinho quando ia pegá-lo na escola, aos seus quatro anos de idade, ele fez um amiguinho, eu e seu avô ficamos animados, nosso menino estava começando a se enturmar, e era o que mais queríamos, mas..

- Esse amigo era o tio Frankie? - Digo e ela balança a cabeça.

- Sim, era o tio Frankie, ele era alguns meses mais novo, era uma criança incrível, porém seus pais não eram perfeito, ele tinha problemas com os pais, parece que o Sr. Barne traia a esposa e quando brigavam descontaram a raiva nele.

- Percebi quando alguns meses depois eles se mudaram para ao lado da nossa casa, os Barnes, eram gentis com todos, mas em casa era uma gritaria que a rua inteira conseguia ouvir, e acabam descontando no garoto, com palavrões e pancadas, soube que ele apanhava porque certa vez ele brincando em casa com Andrew, consegui ver algumas marcas pelo corpo, e como ele era pequeno, quando eu perguntava ele me contava.

- Isso é horrível! Eles brigavam sempre? - Ela balançou a cabeça, vejo ela olhar para nossas mãos e logo pros meus olhos.

- Todas as noites brigavam, sem falta, eram brigas horríveis. por isso passei a chamar Frankie com frequência para que dormisse aqui, com o passar dos anos, senti como se tivesse dois filhos, amava os dois, eu cuidava dos dois e com o tempo ele passou a me considerar sua mãe, mas de uma coisa todos nós sabíamos, eu não podia substituí-la.

- A mãe dele fez algo?

- Não, ela só vivia trabalhando, e brigando com o marido, por mais que ela amasse o filho, ela não sabia ser mãe, ela era bem jovem e difícilmente ligava se ele comia, e dormia nos horários que uma criança deveria, se estava tomando banho, eu criei o Frankie desde seus quatro anos, e ela gostava, desde que não me encomodasse ela estava feliz.

- Eu amei aquele menino como se fosse meu, como amei Andrew, nenhum dos dois tinha direito a mais que um, foram criados como irmãos, eram inseparáveis, eles costumavam dizer que se um dos dois morresse o outro também ia, eles falavam sempre quando estavam ferrados "Se não der certo te vejo em casa." O Andrew sempre dizia que iria até o inferno para cuidar de seu irmão mais novo. Meus filhos, eu amo tanto os meus meninos. - Ela diz e seus olhos lacrimejam e ela tenta piscar rapidamente.

A Dama De VermelhoWhere stories live. Discover now