Castlevania - Entre Vampiros

Capítulo Dois - Uma profecia

A Belmont se aproximou com Fúria, parando perto de um dos grupos.

- Identifique-se! - Um dos guardas gritou.

- Camila Belmont. - Falou descendo do cavalo.

Os guardas se enfileiraram e abriram a entrada para ela. Ao entrar, o cheiro de podre era mais forte ainda. Tampou o nariz com a mão e sua garganta fechou como se fosse vomitar, seus olhos encheram de lágrimas, abriu a bolsa e puxou dela um dos pequenos panos, amarrou ele sobre a boca e o nariz. O cheiro ainda era desagradável, mas não tão forte como antes.

Algumas portas das casas por onde ela passava estavam marcadas com sangue em formato de cruz, provavelmente de algum cordeiro que a igreja tenha oferecido aos céus. Uma ajuda de Deus salvador, era isso que todos imploravam.

Amanhecia o dia, todos choravam. Vinha a escuridão da noite e ainda continuavam a chorar. Um tormento que marcava todos, desde os mais jovens aos mais velhos, todos teriam pesadelos até que fossem parar em seus túmulos e todos estavam prontos para o pior, esperando com medo a próxima horda de demônios chegar destruindo e matando mais alguns deles que estavam no caminho.

Camila chegou na grande igreja de Castlevania, entrou e encontrou o Bispo que estava ajoelhado de frente para uma cruz de carvalho escuro, provavelmente implorando por misericórdia.

Um idoso de pele branca, cabelos grisalhos e vestindo uma batina totalmente em cor roxa com roquete. Suspirou, ainda tentavam implorar por algo? Salvação?

- Acha que ele descerá dos céus e ajudará vocês? - Ela resmungou sentando-se em um dos bancos próximo ao púlpito.

- Descer, não sei. Mas enviar ajuda, Ele já enviou pelo visto. - O Bispo levantou e estendeu a mão para ela, Camila apertou e sorriu desgostosa.

- Acha que sou uma enviada de seu Deus? - O Bispo suspirou e se sentou ao lado dela. Deixando-a sem resposta. - O que fizeram para que a ira de Drácula caísse sobre suas cabeças?

- Matamos uma bruxa.

- Uma bruxa? - Ela riu. - Bruxas ou Bruxos não existem. São antigos, morreram todos pelas mãos dos Gaibon, servos de Drácula.

- Como pode ter tanta certeza?

Camila olhou para ele com raiva.

- Minha família viveu por séculos. Séculos matando Drácula e seus bichinhos de estimação. Acha que há algo que não sabemos?

- Acho. - O Bispo falou a olhando seriamente. - Existe uma profecia antiga, guardada de anos...

- Profecia? - Zombou.

- Nela diz: "O mal há de renascer, com ele o inferno abrirá sobre a terra, comerão homens e mulheres, nem mesmo seus filhos terão para onde ir, esconder-se não fará com que a morte não os encontrem." - O Bispo respirou fundo.

- Bom, isso é óbvio. Drácula é um ser demoníaco, mesmo que matemos ele hoje, ele voltará. Pode demorar anos, meses, dias, horas, até mesmo segundos. Acho que seu Deus pensa que ele é um mal necessário.

- A profecia não acaba aí criança. - O homem levantou do banco, fazendo com que Camila levantasse junto, acompanhando ele por entre os corredores da igreja, entraram numa sala, o cheiro de mofo ali dentro era mais forte que o cheiro de morte do lado de fora.

Os olhos escuros da mulher vasculharam ao redor, uma biblioteca antiga.

- O que isso significa? - Ela perguntou sem entender.

- Está é a biblioteca sagrada da igreja, poucos são os que sabem dela, por isso, minha jovem, peço que mantenha isto em segredo. - Camila concordou com a cabeça. - Aqui está... - Ele puxou um livro em capa de couro e com escritas douradas.

- Este é o livro? - Perguntou duvidosa. Parecia os livros que tinham na biblioteca Belmont, todos em capas de couro e escritas douradas.

- Sim, é este. Estava junto aos da sagrada escritura. - Ele apontou para a bíblia em cima de uma das mesas daquele grande lugar.

- Certo, agora diga qual a continuação da profecia.

- Aqui diz... - Ele abriu o livro e o folheou, parando em uma das últimas páginas. - "Após a morte vir, o choro de sangue caíra, mas como salvação, enviados para parar o pai, seus eternos filhos, filhos de sangue, carne e presas. Aliados perfeitos para destronar o demônio e quebrar sua coroa de ciclos. Por fim, o inferno jamais abrirá novamente". - O Bispo a olhou, os olhos caramelos ganharam um tom escuro e gélido. Já a Belmont respirava fundo tentando digerir o que aquele homem disse.

- Filhos? - Sua voz saiu fraca. - Descendentes de Drácula... - Puxou uma das cadeiras da mesa e sentou-se nela. Cansada da viagem e de toda aquela baboseira profética.

- Pelo visto, os filhos serão os seres que fecharão a boca do inferno. Drácula deixará de existir, estaremos salvos... - O Bispo entregou-lhe o livro. - Leve este com você e nos ajude a libertar não só Castlevania, mas todo o mundo do mal.

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Quem tá ansioso para o próximo capítulo?

Então pessoal, ajuda a autora aqui! Divulga a fanfic para aquele amiguinho que gosta de vampiros, gosta da nossa bebê Camila, dá aquela força, um apoio maroto! Estou me esforçando ao máximo para todos os dias trazer o melhor para vocês.

Jamais esqueçam da estrela e dos comentários, isso tudo deixa a autora aqui mais feliz!

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