Ceifador

589 93 42
                                    

A foice ensanguentada balançou de forma graciosa uma única vez, de uma forma aonde a aparência superior e educada do vampiro se mostrou fria e límpida.
Gotículas de sangue espirraram, enquanto três corpos caíram sobre o chão, sem sequer serem tocados.

Os tais exilados não esperaram um segundo round de mortes, correndo em grupo na direção do Lee, ninguém queria esperar para ver se mais morreriam, o que de fato aconteceria e isso jamais mudaria.
Quando mais um movimento foi feito pelo Lee, os corpos apenas caíram, como sacos vazios, suas peles voaram de seus corpos, as carcaças apenas se levantaram outra vez, se reconstruindo, pois eram monstros, eram vampiros, além de tudo, eram exilados, não morreriam apenas com isso.

Minho rosnou, estavam se aproximando, não era hora de fazer pose, precisava ir além.
Sem pestanejar, o Lee partiu em direção a multidão de vampiros, que tentava a todo custo avançar, porém não adiantaria se cada corpo que passava pelo Lee de fios castanhos, caía sobre o chão igual fruta podre.

Suas cabeças rolavam pelo chão, enquanto seu sangue miserável escorria pelo chão, sujando cada centímetro daquele hambiente, no qual antes, era empoeirado e cheirava a mofo.

O vampiro novamente atacou, sua foice decapitava fielmente cada cabeça, os cortes eram alinhados.
Crânios voavam pelos Ares a cada movimento daquela arma de sangue, Minho já estava podre, imundo com o sangue daqueles exilados.

Porém não importava quantas vezes atacasse e quantos corpos abatia, pois entravam mais, mais e mais.

Os corpos apenas não se acumulavam, pois quando uma cabeça era arrancada, seus corpos se transformavam em cinzas, evaporando pelos ares como uma fumaça fedida.

– Ele é incrível... – sussurrou o Bang, que mesmo tentando contar cada corpo abatido, perdeu a conta quando o centésimo caiu.

Felix por sua vez mostrou um sorriso, orgulhoso pelo seu irmão, pois, ele era incrível e sabia disso muito bem.

– Eu sei. – respondeu o ruivo.

Uma barreira esverdeada lentamente surgiu em torno do corpo de Felix, enquanto uma poeira holográfica começava a chuviscar, apenas dentro daquela barreira.
Christopher estava curioso, estaria o Lee se protegendo?

– É para me curar. – o ruivo respondeu, sem precisar ouvir pergunta alguma, pois era óbvia a dúvida exclamada na feição alheia.

Por outro lado, Minho ainda abatia os corpos, pareciam infinitos, porém após sua foice simplesmente desaparecer de sua mão, os exilados não apareceram mais.
Ele havia massacrado trezentos vampiros em menos de vinte minutos.

Porém aquilo estava longe de acabar.
Quando os olhos do tom carmim fitaram três vampiros entrando em seu castelo, sem medo de serem abatidos, o Lee percebeu que não se tratavam de exilados como os outros.

Um dos três levantou o capuz, mostrando o rosto jovial e os olhos violetas, sendo seguido pelos outros dois, que mostraram suas orbes douradas.

– A quanto tempo, Lee Minho... Vejo que continua sendo o Ceifador de Almas que você sempre foi. – um dos homens de olhos dourados comentou, sorrindo sarcástico em sequência.

O castanho rosnou, observando os três intrusos com suas poses imponentes.

– Vocês não deveriam ter vindo. – sussurrou Minho, em suas mãos, um filete de sangue retornou a cair, formando mais uma vez, sua enorme e fiel foice de sangue.

– Não, meu doce... Você é quem não deveria nos afrontar assim. – o de olhos violetas murmurou, sabendo que devido a bela audição, o vampiro havia o escutado muito bem. – Vai desejar nunca ter nascido.

Vampire Knight (HyunLix/ MinSung)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن