— Bom dia, dorminhoca! — Papai falou quando entrei na cozinha.
— Bom dia, paizinho. — Abracei ele.
— Melissa teve um paciente de emergência, mas ela volta logo. Fiz seu café.
— Quase 30 anos e ainda sendo mimada pelo pai.
— Vou fazer isso sempre que eu puder — Ele riu me dando um beijo da bochecha.
Sentei na mesa onde já estava servido meu café da manhã favorito, cereal, panquecas com geleia de morango e suco. Sorri lembrando que aquele era meu café todos os dias quando eu morava aqui.
Meus pais sempre foram meus maiores apoiadores, meus melhores amigos. Nunca tive o menor motivo pra reclamar da vida que tivemos juntos. Meu pai sempre me manteve segura, conversava comigo sobre tudo, principalmente depois que a Katherine foi embora. Ele tomou as rédeas da casa, nunca deixou-me de lado, nunca se mostrou vulnerável. Mesmo sabendo que ele sofreu também com toda aquela situação. Ele era o pai que todos da escola queriam ter, o engraçadinho, as festas podiam ser em casa, eu sempre podia dormir na casa da Sofi, ou qualquer outra amiga.
Quando ele e Melissa se conheceram, ela entendeu tudo que havíamos passado, e entrou de mansinho em nossas vidas. Com calma, ela conquistou nós dois.
— Você parece está feliz com toda essa nova fase. Nova casa, o trabalho parece está indo bem, novo namorado. Mesmo, sabe, com aquele drama da sua mãe aparecer. — Ele se sentou ao meu lado e bebeu seu café.
— Vamos esquecer esse drama.
Mas completando, eu me sinto bem, realizada com tudo que estou conquistando. — Segurei na minha mão e sorri.— Estou orgulhoso de você. — Ele disse com um largo sorriso.
— Eu te amo. — Sorri emocionada.
— Eu também te amo querida. — Ele me beijou na testa enquanto eu comia as panquecas, que estavam ainda melhores do que antigamente.
— Me fale sobre o rapaz, Matthew.
— Ele é ótimo, já conheci seus pais. Eles são da Inglaterra, mas vivem aqui a bastante tempo. Matt, é arquiteto, como você sabe. Estou feliz com ele.
— Então estou feliz por você. Você sabe que eu torço pela sua felicidade antes de tudo, então qualquer problema você pode conversar comigo. Você sabe não é?
— Não se preocupa. — Sorri continuando a comer.
— Bom dia tio Peter. Bom dia Li!
— Bom dia amigão. Panquecas? — Papai perguntou pra Noah que se sentou ao meu lado e confirmou com a cabeça sobre sua pergunta.
— Dormiu bem? — Perguntei fazendo carinho em seus cachos. Eu ano aquele cabelo.
— Sim, Li. — Papai serviu Noah que comeu devagar.— As panquecas do papai não são as melhores? — Perguntei roubando um pedaço do prato dele, que com o garfo me fez derrubar.
— Bem melhor do que as da mamãe. Mas não deixa ela saber disso. — Ele riu e continuou comendo.
Tomamos café, e logo os dois meninos foram pro jardim da frente da casa enquanto eu limpava a cozinha. Ouvi meu celular tocar e na tela mostrava o número de Matt.
"— Bom dia linda. Como você está?
— Bom dia amor. Tudo bem e você?
— Estou bem. Terminamos o projeto mais cedo, pensei em ir até aí, então voltamos pra Manhattan juntos e você não precisa pegar o trem ou seu pai precise dirigir. O que acha?
— Acho ótimo, amor.
— Chego aí antes do almoço. Depois você me manda a localização certinho. Tudo bem? Preciso ir, até mais tarde linda."
YOU ARE READING
Entre o distintivo e o coração.
Romance"Ou você arrisca, ou se conforma." Eles são melhores amigos desde a infância. Ela, uma policial determinada que carrega traumas do passado. Ele, um empresário dedicado e apaixonado por ela. Como ambos irão com seus sentimentos ocultos? 🫀 Slow Burn...