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Fernando

Luna : Eu tô com uma vontade de comer um pão com pernil.

Fernando: Com esse tanto de comida aqui? - Falei incrédulo.

Luna : Fala com o seu filho, ele quem tá me fazendo sentir vontade disso tudo. Daqui a pouco tô atolando a boca no carvão. - Neguei rindo.

Fernando ; Não vai na ideia da tua mãe não, pô. Ela não bate bem das ideias. - Falei beijando a sua barriga. Assim que levantei o olhar já vi Mt nos olhar, sustentei até ele desviar. Ele não conversava com nenhum de nós dois e eu não tava nem aí, quem batia cabeça mesmo era a Luna por ser filha.

Eu sinceramente nem ligo, pô. O meu papel eu tô fazendo, ninguém pode nem falar nada. Eu tô correndo atrás do meu e é isso que interessa.

Fui até a cozinha e já abrir a geladeira procurando a carne de porco e graças a Deus tava ali. A primeira reação que eu tive foi ir na minha vó e já fazer o meu drama, cara.

Fernando : Tu vai deixar o meu filho nascer com a cara de porco?

Rute : Vocês só me arrumam problema, eu não posso ficar em paz nessa casa. - Se levantou xingando e foi até a cozinha. Dei um sorriso pra minha mãe que só revirou os olhos.

Helena : Tu tem é muita sorte que ela te mima.

Fernando : Há não vem, sei que vocês todas fariam. - Disse vendo Emilly e Larissa já erguerem a sobrancelha. - Mas a comida da minha vó é única, sem base vocês.

Larissa : Eu vou me lembrar disso, viu? - Mandei beijo. Vendo os meninos correndo pela casa.

Voltei pra minha mulher e ajeitei no sofá deitando no seu colo, quando fechei os olhos eu sentir os tapas de leve na cara.

Luna : Vai dormir não, no sítio tu tava bem acordado. - Bufei. - Eu disse que não ia brigar mas tu também não vai dormir cedo não, vai ficar comigo até eu aguentar.

Fernando : Tu vai comer e dormir, tua vida é essa. - Ela fechou a cara. - Qual foi, menti? - Puxei o seu cabelo fazendo ela me beijar.

Ágatha : Eu acho é pouco, na hora que tava lá enchendo o rabo na cachaça tava animadíssimo.

Fernando : Vai cuidar do teu macho, nojenta. - Ela mostrou dedo.

Foi quando a minha vó já veio com dois pães todo recheado de carne e o cheiro já subiu me fazendo até animar. Ela desviou e entregou na mão de Luna que já abriu um sorriso imenso. Fiquei incrédulo vendo ela comer aquilo, até quando eu tentei pegar um pedaço ela não deixou, pô. Ela xingou horrores.

LN : Ou, bora ali. - Me chamou e eu peguei um pedaço de pão e enfiei na boca. Saímos pra varanda e ele já foi pro canto. - Arrumei uma casa pra tu. Tu lembra da casa do Tuti? - Assenti. - Agora é tua. - Ele me estendeu a chave.

Fernando : E quanto que eu vou pegar de diferença ?

LN : Presente pra tua família. - Olhei pra ele não acreditando. - Qual foi, pô? Tu tá certo comigo, não tem o porquê de agir na má fé.

Fernando : Sério? Porra. Tu é foda, tio. - Disse abraçando ele. - Valeu mesmo, tu pode bota fé que tu nunca mais vai ter dor de cabeça comigo. Tu não sabe o quanto eu tô feliz por isso. - Ele me abraçou e beijou a minha cabeça. 

Já fui em direção a Luna e balancei a chave vendo ela me olhar sem entender, quando ela entendeu já abriu um sorriso com a boca toda suja de pão.

Fernando : Tá ligada, né ? Nossa casinha, pô. É nossa! - Ela não sabia se continuava comendo, se sorria ou vinha me abraçar.

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