126

3.7K 492 294
                                    

Lorena

Eu mandei mensagem a tarde toda pra todo mundo e quem disse que alguém me respondeu? Tava no ódio já. Ninguém dava nem sinal de vida, cara.

Murilo : Olha o que eu fiz. - Ele me mostrou o desenho. - É a nossa família.

Lorena : Quem é esse ? - Apontei pro menino.

Murilo : O Wendel, né ? Ele é da família. Eu desenhei a família toda.

Lorena : É? E onde eu estou aí que eu não estou vendo? - Ele ficou calado. - Murilo, cadê?

Murilo : Eu esqueci! É muita gente. - Cruzei os braços. Fiquei de cara vendo ele me desenhando na maior bronca, como assim? Lembrou de geral, até do cachorro. Não sai da cola enquanto

Lorena : Você lembrou do Wendel mas não de mim? Que tipo de irmão é você ? - Ele deu ombros e começou a desenhar. Me fez minúscula e veio com o papo de que o "amor" dele por mim, não cabia no desenho.

Murilo : Quando ele volta, em ? - Bufei.

Lorena : Não sei, Murilo. - Suspirei. Já tava até ficando nervosa. Meu pai também tava cola dele pra conversar sei lá o que. E eu sinceramente não sabia o que fazer, porque se meu pai viajasse nele, ele não ia abaixar. Não demorou a Agatha chegar e ficar ali com a gente. Tava no mesmo desespero que eu, coitada.

Duas fofoqueiras natas juntas, sem notícia nenhuma. Fode o batalhão.

Agatha : Tô achando que deram o perdido na gente, Lorena. O Fábio não me responde em nada cara, nem aquelas judas da Luna.

Lorena : Pode ter acontecido alguma parada, não né ? - Ela negou. - Há, Luna ia entregar. Eu tenho certeza que aconteceu algo, nem ele fica tanto tempo sem me perturbar assim.

Agatha : Não sei, Lorena. Há cara, eu tô mega frustrada que a outra deve tá a todo custo tentando se aproximar dele e ele aceitando

Lorena : Porra, para de pensar isso, cara. Tá precisando é relaxar. Vamos mudar de assunto, hoje tem baile e eu quero ir. - Ela já fez cara de desanimada. - E você vai! chama teu irmão.

Agatha : Roberto? Tá doída? É capaz dele sair falando merda demais.

Lorena : Tu vai entrar naquilo sozinha? Eu não vou! - Ela bufou. Ela pegou o celular e mandou mensagem pra ele que não pensou duas vezes antes de aceitar. Eu tava doida querendo mudar a mente, sabe? Acreditar que tava tudo bem, até porque ele mesmo disse que não poderia ficar conversando comigo o tempo todo, mas como eu deixo de lado, não dá! a cabeça vai a milhão, preocupação, insegurança grita mas tento o máximo pensar em outra coisa.

Fiz a Agatha ficar aqui porque se ela fosse embora, eu sabia que não voltaria mais. Fiquei a tarde toda vendo ela procurar roupa no meu guarda-roupa enquanto eu estava com a cara fechada.

Lorena : Vai arrumar essa bagunça aí, em. Eu não gosto de nada tumultuado.

Agatha : Problema é seu! - Disse bufando. Ela escolheu a roupa e foi tomar banho, enquanto eu tentava falar com alguém e nada. Esperei ela sair do banheiro e já entrei, tomei meu banho, hidratei meu cabelo. Quando estávamos acabando de arrumar, a minha vó bateu na porta.

Ivonete : Vocês estão indo onde ? - Olhei pra Agatha que já sorriu sem graça. 

Lorena : Num aniversário, vó. Coisa de gente tranquila, juro! - Ela me olhou desconfiada. - O Roberto vai! foi ele quem chamou! - Ela assentiu e saiu do quarto. Uma babação de ovo pro lado daquele garoto que só Deus na causa.  Quando estávamos saindo, eu só avisei a minha mãe onde era e sair fora antes do meu pai aparecer.

Morro dos Homens Onde as histórias ganham vida. Descobre agora