Pov Lauren
- Já pensou em nomes para o bebê? - perguntei ainda deitada no chão ao lado do sofá e de olhos fechados.
- Não, você já? - Camz perguntou e ouvi ela se mexer. Abri os olhos e a encontrei me encarando.
- Não, eu não sou boa com nomes. Já chamei um peixe de estimação de peixe apenas por não saber que nome dar a ele. - confessei e vi Camila rir.
- Vai querer chamar nosso bebê de bebê? - perguntou e eu sorri com sua pequena piada e por ela usar o pronome 'nosso' pra descrever o bebê.
- Não é uma má ideia. - brinquei.
- Não vou deixar você escolher o nome. - Camila disse e se deitou de novo. - Tá com fome? - perguntou e eu lembrei que nem tinha comido na casa da Ally.
- Sim. Quer pedir alguma coisa? - perguntei me levantando e vestindo a cueca, logo depois o sutiã.
- Na verdade eu tava pensando em fazermos algo. O que você acha? - eu já estava sentada ao lado do sofá e ela suspensa por um braço me encarando.
- Se você esperar eu tomar um banho. - falei e dei de ombros.
- Eu também vou. Tô toda suada. - ela finalmente levantou. Recolhemos nossas roupas sujas e cada uma foi pra um banheiro. Minha mochila ainda estava no carro e eu fui buscá-la depois de vestir a calça. Fui correndo tentando não ser vista. Quando voltei pra casa já não vi Camila na sala e deduzi que ela estava em seu banheiro tomando banho. E eu fui fazer o mesmo.
(...)
- O que gosta de comer? - Camila perguntou e eu enruguei a testa.
- Essa pergunta é tão relativa, Camz. Gosto de comer muitas coisas. - eu disse e ela riu.
- O básico então? Macarronada, garota italiana? - perguntou sorrindo divertidamente.
- Securamente. - falei com meu sotaque italiano carregado. Camila franziu a testa e me encarou. - Com certeza. - repeti em sua língua principal.
- Vai ensinar nosso bebê falar italiano com esse sotaque gostoso? - ela perguntou enquanto andava pela cozinha. Segurei em seu braço e a virei olhando pra mim.
- Provavelmente. Sente-se, eu cozinho. - pedi e ela aceitou de bom grado. Comecei pela água quente e logo depois macarrão.
- O que acha de Chloe? - Camila perguntou e eu virei o rosto pra saber do que exatamente ela falava. - De nomes para o bebê.
- Acha que vai ser menina? - perguntei de costa para o fogão.
- Não sei, mas é uma possibilidade, não é? - eu ri de seu comentário.
- E Emma? - Camila pegou o bloquinho na geladeira e começou a anotar. - Ou Sophia.
- Zoe, Lilly. - ela dizia enquanto escrevia.
- Talvez Matthew. - comentei pra menino.
- Ou Noah, Ethan. - ela disse e eu imaginei um bebê diferente pra cada nome que dizíamos. - Já temos uma pequena lista.
- E seus pais, Camz? Eles já sabem que está grávida? - perguntei com cautela. Não sei se ela acharia ruim falar sobre os pais.
- Ainda não. Da primeira vez não foi muito divertido. Meus pais acham que pra engravidar tem que estar casada com um homem de boas condições. - ela disse e eu verifiquei o macarrão.
- Como vamos fazer então? - perguntei e ela me encarou. Eu via em seus olhos algo diferente, como gratidão.
- Ligar? - perguntou.
- Não sei se é o certo. - falei e levei o macarrão até o escorredor.
- Também acho que não, meu pai iria achar que você não presta. Como engravida a filha dele e não o encara? Eles são bem antigos. - ela disse e uma dúvida me surgiu.
- Como vamos explicar minha condição a eles? - perguntei e ela me encarou.
- Eu ligo e explico, depois nós os visitamos. - ela disse e eu concordei.
- Mama vai querer até me dar banho se eu disser que vou conhecer seus pais. - falei enquanto fazia o molho e Camila gargalhou.
- Ela vai mesmo fazer isso? - perguntou.
- Eu não vou deixar. - falei e a latina sorriu.
- Ela vai querer lavar tudo? Eu a ajudo. - ela disse em tom brincalhão.
- Camila. - falei e dei língua pra ela. A latina se divertia com minha careta. O jantar ocorreu da mesma forma, a gente brincava e ria de pequenas coisas depois do jantar transamos na cozinha. Sim, encostadas na geladeira, e sobre a mesa. Depois eu fui dormir no quarto da Vero e Camila no seu. Tomei mais um banho antes de dormir. No final eu me peguei pensando de que forma a Vero me mataria se soubesse que depois de transar com a mãe dela três vezes eu vim dormir em seu quarto.
Pov Camila
Talvez a gravidez tenha trago algo bom além do bebê. Lauren e eu temos uma química sexual. Não que pra mim ela seja só isso, ela é a mãe do meu bebê. Mas acima de tudo é uma relação boa, construímos uma amizade mútua, uma cumplicidade, e ela ainda se mostra estar disposta a estar do meu lado a cada dia. Hoje quando ela se referiu a falar com meus pais eu agradeci a quem quer que a mandou pra minha vida. Lauren tem mais coragem do que muitos por aí. Ela não tinha relação alguma comigo, e mesmo assim assumiu tudo de bom grado. É doce e atenciosa, comigo e com o bebê. Seus pais vão ser os melhores avós que o bebê poderá ter. E pra completar, a garota ainda é uma ótima amante. Pode parecer que estou me aproveitando dela, mas eu não quero isso. Não há envolvimento real, ela não vai quebrar o meu coração e eu não vou fazer isso com o dela. É apenas um acordo. O nosso prazer acima de tudo. Levantei da minha cama e me encaminhei até o quarto da Vero. Entrei e vi a garota esparramada pela cama. Fui até lá e a balancei de lado.
- Laur. – chamei e ela despertou rapidamente me olhando confusa.
- Tá tudo bem, Camz? Aconteceu algo com o bebê? – ela perguntou e levou sua mão até o meu ventre. Acariciei seu rosto e seus olhos mostravam toda a preocupação.
- Eu só achei que devia vir lhe agradecer. – falei e seus olhos mudaram pra confusos. – Por tudo, Laur. Mesmo se eu agradecer mil vezes ainda vai parecer insuficiente. – ela se sentou na cama direito e eu notei que ela estava apenas de top e cueca.
- Não precisa agradecer. Na verdade eu que deveria agradecer, você vai me dar um bebê lindo. – Lauren disse e sorriu docemente. – Não consegue dormir? – perguntou olhando para o relógio que marcava duas da manhã. Neguei e ela torceu os lábios, mostrando pensar em uma solução, - Deita aqui. – ela apontou a cama da Vero e eu me deitei ali. A cama de casal era macia e confortável. Fiquei de costas pra ela, sutilmente senti sua mão acariciar meu cabelo. – Mama cantava uma música de ninar pra mim todas as noites. – ela disse baixinho. – Eu quero cantar para o bebê. – eu sorri. Lauren começou a cantar em italiano, eu deixei meu corpo relaxar com seu canto e com os carinhos em meu cabelo e costas. Eu não sei quando dormir, mas quando o fiz ainda estava agradecendo pela melhor amiga da minha filha.
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My Favorite Woman
FanfictionCamila, uma mulher de trinta e três anos, grávida de seu chefe. Um homem muito respeitado no meio político e que não iria assumir seu filho. Mais uma vez, a história se repete. Mais uma criança que ela vai criar sozinha. Ela só não contava com a aju...