Capítulo 8 - Vou ser a melhor mãe.

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Pov Lauren

- Mama, já está bom. - falei pra minha mãe que tentava acertar meu cabelo, passava os polegares em minhas sobrancelhas. - Eu não vou pedi-la em casamento.

- Deveria. - papa passou com uma caixa de madeira com legumes frescos.

- Papa, já conversamos sobre isso. - falei e o homem se aproximou.

- Eu sei, já te contei a história três vezes, que em nossa família, engravidou, casa. - ele havia mesmo contado. - Mas eu entendo que são tempos modernos e tudo mais. - o homem maneou a cabeça e saiu andando.

- Mama, eu já estou bem. - se eu não tivesse intervindo ela teria escolhido minha cueca, eu juro. Pelo menos minhas partes intimas eu consegui escolher. A calça jeans colada em minhas pernas e a blusa social foram ela, disse que não me queria com camisetas de bandas.

- Okay, vá busca-la, bambina. - ela finalmente me liberou e eu segui até o carro em frente ao restaurante. Ficamos mais tempo nele do que em casa de fato. Segui até a casa da senhorita Cabello e notei que eu me adiantei alguns minutos. Fiquei ali na frente esperando um pouco, quando faltava dez minutos pra as oito eu resolvi bater na porta. Vero atendeu de calcinha e uma camiseta dos smurfs, e uma cara amassada.

- Você estava dormindo? - perguntei e ela bufou.

- A gente combinou de sair? - perguntou com o cenho franzido.

- Não, eu vou jantar com sua mãe. - falei e Vero me encarou com uma expressão desafiadora. Camila apareceu em um vestido preto formal.

- Você. - Vero apontou pra mim e empurrou o dedo entre meus seios. - Cuide bem dela - apontou para a mãe atrás de nós. - Eu a quero em casa as onze, estamos entendidas? - ela perguntou e eu assenti. Vi Camila rir e vir em nossa direção.

- Só vamos conversar, bebê. - Camila beijou o rosto da filha e se esticou para pegar a bolsa de mão. Vero apontou para os seus olhos e pra mim, indicando que está de olho em mim. Que ótimo. Essa baixinha não tem nem tamanho.

- Senhorita Cabello. - ofereci meu braço e ela o aceitou. A levei para o carro e Camila ficou acanhada quando abri a porta pra ela. Não me entendam mal. Não é que eu esteja tentando conquista-la. Eu apenas estou sendo educada, meu pai me ensinou a ser assim, ele diz que são hábitos que não devemos deixar morrer. E bem, eu concordo com ele. Segui até o restaurante e levei Camila pra dentro. Alguns funcionários olhavam curiosos. Nos sentamos em uma mesa mais reservada e logo alguém veio até nós oferecendo a cartela de vinhos. Por ser um restaurante Italiano temos uma ótima adega. - Nada de vinho, Bob. - falei ao rapaz franzino. - Pode dizer a Mama que chegamos. - o garoto sorriu e assentiu. Ele saiu e adentrou a cozinha. Mama apareceu logo depois com uma jarra de suco e um enorme sorriso.

- Suco de laranja com pouco açúcar, querida. - ela disse a Camila que agradeceu.

- Mama, essa é Camila. Camila, essa é minha mama, Clara Jauregui. - falei e Camila se pôs de pé para abraçar a mulher mais velha. Fiquei observando. Bob voltou trazendo uma bandeja com dois copos e eu me servi com o suco.

- O que vão querer para o jantar? - mama perguntou animada, se tem algo que ela ama é cozinhar.

- Que tal a senhora escolher, senhora Jauregui? - Camila disse exalando simpatia.

- Oh, querida, só Clara, por favor. Somos todos da mesma família agora. - minha mãe disse e meu pai apareceu, cumprimentei os dois e eles ainda ficaram ali alguns minutos. Até que decidiram voltar a seus afazeres, de acordo com a mama, ela tinha que alimentar o neto.

- Eles são ótimos. - Camila disse com um sorriso animado.

- Eu sei. - falei orgulhosa.

- É ótimo saber que o bebê vai ter avós tão especiais. - ela disse e eu arregalei os olhos.

- Oh, está falando sério, senhorita Cabello? - perguntei entendo o que ela queria dizer. - Vai mesmo me deixar assumir? - perguntei feliz, eu já tinha me apegado a ideia de ser mãe, e a mama a ser avó.

- Sim, se você realmente tiver certeza, Lauren. - ela disse receosa.

- Claro que eu tenho. - afastei minha cadeira para o lado dela. - Eu quero isso, de verdade. - segurei suas mãos entre as minhas. - Estar ao seu lado e dar a esse anjinho o meu sobrenome. - falei e a mulher deixou uma lágrima cair. A olhei assustada.

- Não ligue, são esses hormônios idiotas. - ela secou a lágrima e levantou o rosto sorrindo. Os pratos chegaram e eu não fiquei surpresa em ver um belo salmão. Mama tinha me feito estudar os nutrientes do peixe para as grávidas. Jantamos e no final brindamos com nosso suco de laranja. Após o jantar e mama mostrou cada detalhe do restaurante pra senhorita Cabello, dizendo que seria onde o pequeno bambino correria, nós decidimos que era a hora dela voltar pra casa. No caminho senhorita Cabello e eu falamos do pré-natal que ela marcaria o mais rápido possível e eu logo avisei que eu iria de qualquer forma. Estacionei em frente a casa e vi que só o quarto da Vero estava iluminado. Acompanhei a senhorita Cabello até a porta. - Obrigada, pelo jantar. - ela agradeceu.

- Foi um prazer. - eu disse logo. - Obrigada por aceitar que eu seja a outra mãe do seu bebê. Prometo que vou ser a melhor mãe possível pra ele.

- Acredite, Lauren. Você já é. - Camila disse sorrindo.

- Eu posso? - perguntei receosa e estiquei a palma da minha mãe próxima a sua barriga. A latina assentiu e eu posei minha mão sobre sua barriga. - Ei bebê. - chamei enquanto me abaixava ficando de frente pra sua barriga. - Se eu fizer algo errado, você me avisa, okay? - aproximei meu rosto e encostei em seu ventre, como se esperasse uma resposta, mas apenas queria estar perto do bebê, meu bebê. Sorri com esse pensamento.

- Obrigada, Lauren. - ouvi a senhorita Cabello dizer e fiquei de pé. - De verdade. - percebi que ela ia chorar de novo e a abracei. Ela me abraçou na mesma intensidade, ainda mais apertado, circulando meu pescoço com seus braços e ficando em cima da ponta dos pés.

- Não tem o que agradecer, senhorita Cabello. - eu disse e ela me soltou.

- Agora vá pra casa, não quero que sua mãe ache que eu estou te prendendo. - ela disse batendo em meu peito de leve duas vezes. Senhorita Cabello abriu a porta e entrou dentro da casa, eu acabei rindo disso. - Tchau, Laur. - ela acenou.

- Tchau senhorita Cabello. - ela fechou a porta e eu me afastei da varanda indo em direção a meu carro.

- Ei. - ouvi e virei pra trás vendo a Vero, debruçada sobre a janela. - Dez e meia, isso ai garota. Mandou bem. Meia hora adiantada. Posso confiar em você. - ela disse e eu ri disso. - Agora vá pra casa idiota, tá tarde e eu não vou te convidar pra dormir aqui não. - ela fechou a janela e eu voltei em direção ao carro, e dessa vez fui direto pra casa.

My Favorite WomanWhere stories live. Discover now