Capítulo 36

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A reação de Miguel foi bem melhor do que eu esperava, não imaginei que ele ia reagir daquele jeito em saber que seria pai mais uma vez, mas eu não podia ter ficado mais feliz. Ele conseguiu o perdão bem rapidinho depois de se ajoelhar daquele jeito.

Todos nos deram os parabéns, uma confusão de abraços, sorrisos, xingamentos, a bagunça de sempre só que com muito mais gente. Um por um todos foram saindo, levando a comemoração para dentro do bar, Brutos foi o último a ficar.

— Acho bom você tratar de andar na linha com ela de agora em diante, não vai querer que ela quebre sua cara inteira novamente.

— Com toda a certeza e especialmente agora com as mudanças de humor que estão por vim. — Miguel falou sorrindo e envolvendo minha cintura com as mãos.

— Depois da forma como enfrentou seus pais hoje, eu espero que as coisas deem certo entre vocês! — Brutos disse dando um tapinha no ombro de Miguel, antes de sair de vez.

Com toda certeza ia dar certo, eu tinha uma sensação boa sobre isso.

Senti as carícias de Miguel sobre minha barriga ainda plana, não tinha nenhuma indicação de que havia um bebê ali e eu não saberia por um longo tempo, se não fossem pelos enjoos intermináveis.

— Agora é a hora que eu te pergunto como você está com tudo isso? — ele se aproximou, me abraçando por trás e aconchegando o rosto na curva do meu pescoço. — Especialmente com a gravidez, sei que não estava em seus planos um filho agora.

— Na verdade ainda não tive muito tempo pra processar tudo, eu tinha acabado de descobrir quando Brutos me ligou falando que precisávamos conversar. Então não tive muito tempo pra nada.

Não tinha processado nada ainda, apenas que aquele bebê era uma coisa boa e que eu não abriria mão dele, podia até não estar nos meus planos antes, mas agora sim.

— Ele é um intrometido do cassete, mas não posso reclamar, pois sem ele você não estaria aqui agora. — os lábios dele colaram em minha pele e todo meu corpo se arrepiou. — Tenho que agradecer a ele por isso.

— Tem mesmo, ou eu iria te contar sobre a gravidez e então te torturar, fazer você se rastejar por perdão. — murmurei fechando os olhos e aproveitando o roçar da barba dele em mim.

— Eu estou super disposto a me rastejar para ter seu perdão. — ele plantou um beijo no lóbulo da minha orelha, me arrancando um arquejo. — Faço o que você quiser minha Rainha.

Ok, eu já tinha perdoado ele, mas podíamos jogar com aquilo já que ele queria. Não sei se foram as duas semanas longe ou eram os hormônios já dando as caras e me deixando sensível a cada toque dele. Dois meses de gravidez deixavam os hormônios bagunçados assim?

Empurrei meu quadril contra ele sentindo a ereção criando vida, mostrando que eu não era a única afetada ali.

— Não podemos fazer isso! — exclamei me afastando dele, sabendo que ainda tínhamos coisas a acertar. — Quero ver o Will, não estou me aguentando de saudade dele. Como é que ele está? E tem também a sua mãe, também quero muito ver ela e devemos dar a notícia juntos.

— Então vamos pra casa, o quanto antes contarmos a todos mais rápido vou poder matar essa saudade de você! — ele exclamou com um sorriso, mas me puxou pela cintura agarrando meu corpo e unindo nossas bocas.

Dessa vez o beijo foi pra valer, sua língua invadiu minha boca sem pedir passagem e elas duelaram buscando por mais contato. As mãos de Miguel desceram por minhas costas, traçando o contorno da minha espinha até alcançar minha bunda. Então ele agarrou minha carne me erguendo como se eu não pesasse nada.

A mão dele deslizou por dentro do vestido e Miguel não perdeu tempo em alcançar minha calcinha. A ideia de deixarmos aquilo pra depois tinha ido por água a baixo, eu estava em combustão.

— Ok, podemos ir depois. — sussurrei sem fôlego. — Me leva daqui antes que alguém nos veja.

Miguel fez exatamente o que eu pedi e nos tirou dali, ele entrou no prédio ao fundo, que era um aglomerado de quartos, o alojamento que ele tinha me falado. Então ele entrou no quarto dele e bateu a porta com o pé, antes de me colocar sobre a cômoda e me ajudar a arrancar o vestido que eu estava usando.

Ele puxou minha calcinha com rapidez e enfiou os dedos entre minhas pernas, sentindo minha excitação e espalhando por todo lugar.

— Tão molhada e quente! — Miguel rosnou descendo a boca por meu pescoço, mas eu tratei de enfiar a mão dentro das calças dele e puxar seu pau para fora.

— Sem gracinhas. Quero você dentro de mim de uma vez! — falei já esfregando a cabeça em minha entrada.

Miguel não esperou que eu pedisse outra vez e puxou a calça para baixo o suficiente para libertar sua ereção por completo, então segurou minhas coxas, me abrindo ainda mais antes de deslizar para dentro de mim.

Nossos gemidos saíram juntos, enquanto ele começava a bombear sem me dar nenhum segundo para respirar. Meus olhos rolaram nas orbitas a cada bombada, me agarrei as costas dele apertando seus ombros com força enquanto meu prazer aumentava me consumindo.

— Oh merda... isso vai ser mais rápido do que planejei! — ele rosnou levando as mãos ao meu clitóris, nem imaginando que eu já estava perto de gozar.

Miguel ritmou as investidas com os dedos sobre meu clitóris, massageando, até me levar a loucura. Meus gemidos se tornaram cada vez mais altos até que eu só conseguisse manter a boca aberta, sem que nenhum som saísse de lá.

Então eu explodi, apertando minhas pernas em volta dele quando não consegui mais aguentar e no mesmo instante senti ele se derramar dentro de mim.

— Senti saudades... — murmurei com a voz entrecortada e ele colou nossas testas, nossas respirações descompassadas se misturando.

— Vamos, vou te levar pra casa!

Chegamos na casa dele e Dona Magda não escondeu a felicidade em me ver, ela foi logo me abraçando e me puxando para dentro. Os braços apertados em volta do meu corpo enquanto ela repetia o quanto eu fiz falta.

— A senhora não tem ideia de com eu senti saudades de vocês! — afirmei me afastando para poder olhar melhor pra ela.

Miguel estava dormindo, como era o esperado pela hora, por isso eu desisti de acordá-lo. Mas ele tinha outros planos, foi só ouvir a nossa voz para que o pequeno acordasse.

— Vovó, eu ouvi a voz... mamãe! — ele gritou quando os olhinhos sonolentos focaram em mim e correu para os meus braços.

Agarrei o pequeno no colo, enfiando o nariz na cabeleira loira, sentindo o cheirinho dele e que eu tinha sentido tanta falta.

— Oi meu amor, senti saudade de você!

— Papai falou que eu não podia ver você mais. — ele murmurou me apertando com toda a força em seus bracinhos.

— É, mas foi só um por um tempinho, agora nós vamos ficar juntinhos pra sempre!

Ele começou a pular e gritar, comemorando que não íamos mais nos separar, meu coração transbordou naquele momento e eu não consegui conter as lágrimas. Nunca pensei que amaria tanto aquele pequenino, mas sentia mesmo como se ele fosse uma parte de mim agora.

— Ei garotão, pega leve nesses pulos ai. — Miguel falou parando a comemoração do filho. — Maria agora está carregando seu irmãozinho ou irmãzinha aqui dentro.

O menino me olhou confuso, enquanto a avó abraçava o filho em comemoração, toda aquela empolgação só me deixava ainda mais emotiva, a felicidade deles era contagiante.

— O que acha de ganhar um irmão ou uma irmã?

— Eu gosto. Vou ser irmão mais velho! — ele falou erguendo os braços em comemoração, sem pular dessa vez.

— É pelo visto a família vai crescer! — dona Magda exclamou se juntando a nós em um abraço caloroso.

É a família estava crescendo e eu torcia para que meu pai parasse de implicâncias e se juntasse ao resto que estava feliz com nosso relacionamento, pois não ia a lugar nenhum, eu amava aquele motoqueiro tatuado e nada nem ninguém ia nos separar.

Amor de Motoqueiro - Concluído Where stories live. Discover now