Capítulo 7

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Ela falou com toda a confiança que eu adorava, me ignorando cinicamente e mantendo os olhos no bar, com certeza já tinha avaliado a mercadoria e gostado do que viu, do contrário não teria feito sua jogada.

- O que te faz pensar que eu preciso de companhia? - diante de minha fala a mulher se virou para mim, batendo os cílios longos com um sorriso preguiçoso crescendo em seus lábios.

- Um homem com essa aparência de macho alfa, bebendo sozinho em plena segunda, só pode estar procurando uma companhia. - ela era boa, muito boa. O elogio de macho alfa não me passou despercebido e eu me perguntei até onde ela estaria disposta a ir essa noite. - Agora pode pedir para o seu amigo me servir uma dose daquele uísque caro ali. - disse exalando determinação.

Uma unha vermelha deslizou sobre os lábios finos antes de apontar para garrafa exposta na parede ao fundo. Bruno se aproximou esquadrinhando a mulher de cima a baixo, se detendo tempo de mais em seu decote, o vestido preto justo deixava bem evidente tudo o que ela queria valorizar em seu corpo e eu adorei o que vi.

- Entrega a garrafa pra... - fiz uma pausa esperando que ela me dissesse seu nome.

- Stephanie. - a mulher piscou quando me ergui da cadeira rapidamente ciente de minha aproximação.

- Tenho o lugar perfeito para aproveitarmos essa belezinha. - provoquei descendo a cabeça até sua altura, deixei que minha barba roçasse seu pescoço e sussurrei no pé do ouvido. - O que me diz?

A mulher suspirou antes de erguer o rosto me olhando por entre os cílios. Ela era linda, o rosto coberto de sardas, o nariz empinado, as maças do rosto saltada e que pareciam levemente rosadas, e eu sabia que aquele batom chamativo era apenas o que ela usava de maquiagem.

- Minhas amigas estão aqui... - aquilo não foi uma oferta de ménage, vi isso em seu semblante duvidoso e rapidamente descartei a ideia.

Mas um alerta soou no fundo do meu cérebro.

- Você tem idade para estar aqui? - questionei antes que fizesse algo que me levasse direto para a cadeia.

- Eu tenho vinte e quatro idiota, é só um acordo entre amigas por segurança.

Sorri com a fala dela, parte pelo insulto e outra por sua inteligência em se manter por perto das amigas, estavam certas!

- Eu tenho o lugar perfeito para me redimir por ser idiota. - apontei para os fundos onde ficavam os alojamentos.

Novamente, eu tinha saído do clube, mas meu quarto estava lá intacto e eu o usava sempre que precisava, digamos assim.

- Você faz parte do grupo? - ela perguntou de repente curiosa de mais, seus olhos brilharam com a ideia de ir pra cama com um integrante do bando.

Rapidamente ela se aproximou da mesa com suas amigas risonhas e apontou para onde eu estava no bar. As garotas jogaram olhares lascivos e acenos engraçadinhos enquanto conversavam.

- Você não decepciona nunca! - ouvi Bruno atrás murmurar atrás de mim e sabia que ele estava olhando na mesma direção que eu.

- Cuida das garotas pra mim. - do jeito que estavam altas não demorariam a arrumar confusão ou até mesmo acabar caindo na conversa de um babaca, metido a pegador de garotas alcoolizadas de mais para saber o que estão fazendo.

A ruiva se aproximou novamente, rebolando os quadris enquanto andava e minha mão coçou para acertar um tapa no traseiro empinado.

- Podemos ir. - disse simplesmente com um sorriso safado e o olhar descendo por meu corpo.

Segurei a garrafa que Bruno tinha deixado no balcão e estendi para ela, que segurou agradecidamente pelo gargalo, pronta para me acompanhar.

Então fiz meu caminho por entre as mesas até o fundo do bar, saindo pelo pátio onde algumas pessoas fumavam, outros se agarravam aproveitando a pouca luz do lugar. Estendi minha mão para a garota que segurou firmemente com a mão livre e adentramos o alojamento no fim do caminho.

Amor de Motoqueiro - Concluído Where stories live. Discover now