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{Três meses depois...}

Pov Maraisa

Acordo no meio da madrugada com enjoo e com dificuldade tiro os braços da minha noiva do meu corpo, me arrastando até o final da cama para não acordar a minha mulher. Com absoluta certeza, a pior parte da gravidez é os enjoos, porque não tem um dia que eu não sinta enjoo, ou dor nas costas, ou qualquer coisa do tipo, me sinto cansada o tempo inteiro.

Me sento do lado do vaso e o enjoo não é aquele que você vomita e passa, meu enjoo está sendo aquele que fica e você não consegue vomitar, só se sente mal, o tempo inteiro. As lágrimas descem dos meus olhos, mas eu não reclamo, sei que é meu filho causando isso, por isso não abro a boca para reclamar, mas não deixa de ser ruim essa sensação.

- Oi, amor... - Marília fala entrando no banheiro - Por que você não me acordou?

- Pode voltar, Lila - Falo baixinho - Eu estou bem.

Minha noiva se aproxima e senta do meu lado, bocejando e coçando os olhos pelo sono.

- Não... eu vou ficar aqui com você - Ela resmunga baixinho - É enjoo?

- É... seu filho está agitado.

Marília se aproxima mais e deita a cabeça nas minhas pernas, fazendo eu acariciar seu rosto. Ela poderia estar dormindo, mas preferiu ficar aqui comigo no chão, enquando o enjoo não passa.

- Luna me chamou de amor hoje - Minha noiva fala abraçada com as minhas pernas - Acho que você me chamar assim na frente dela confundi a sua cabecinha.

- É porque eu gosto de te chamar de amor.

- É... mas ela acha que meu nome é amor.

- Para mim é amor.

Ela revira os olhos e beija a minha coxa, fazendo eu me abaixar mais um pouco e beijar seu rosto, decorando seu rosto. As vezes imagino como meu pequeno vai ser, se vai parecer comigo, se vai ser outra miniatura dela, se vamos ter duas versões diferentes da minha esposa, já que Léo é a sua cara, fico pensando nisso. Luna não precisa ter o sangue da minha noiva, mas já tem as suas manias, ela gosta de atenção na hora que ela quer, gosta de dormir abraçada, faz bico quando está brava, grita quando quer algo, chora quando não estamos por perto, várias variações de Marília.

Fico alisando seu rosto e quando vejo, ela já pegou no sono novamente, dormindo abraçada com as minhas pernas, fazendo eu rir baixinho. Ela veio me ajudar mas dormiu nós meus braços. Grande ajuda.

- Lila... amor, vamos voltar para o quarto.

- Não...

Reviro meus olhos e faço ela levantar, puxando a minha mulher até a cama. Marília adquiriu uma mania durante a minha gravidez, todas as noites sua mão vai para a minha barriga e ela fica alisando com as pontas dos dedos, fazendo círculos, desenhos imaginários, até pegar completamente no sono. E é automático, nós deitamos na cama e a sua mão vai para a minha barriga, fazendo os mesmos movimentos de sempre, como se ela estivesse tocando no nosso filho.

- Amor... o que você está fazendo? - Pergunto rindo e seguro a sua mão.

- É carinho nele - Ela resmunga de olhos fechados e me abraça com mais força.

- É carinho?

- É...

Beijo a sua bochecha e ela deita a cabeça entre meu ombro e o meu pescoço, pegando no sono rapidamente. São esses pequenos detalhes, que eu vejo que escolhi a mulher certa para a minha vida, nessas pequenas coisas, seja acordar na madrugada para ficar comigo no banheiro pelo enjoo, acariciar a minha barriga toda a noite para nosso filho sentir, são essas pequenas coisas, que mostram que eu acertei na minha escolham. Me aconchego melhor nós seus braços e durmo novamente, com o amor da minha vida me protegendo.

Se ela soubesse (Malila)Where stories live. Discover now