7.

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Pov Marília

- Podemos passar uns dias no cruzeiro - Murilo fala me olhando - Nós dois, esses dias eu tô de folga, vou ver isso.

" - Obrigada por ter feito companhia para nós dois hoje - Ela fala me olhando - Foi divertido, Léo gosta muito de você.

- Só o Léo?

- O quê?

- Nada... é porque... você não parece me odiar tanto - Sorrio fraco - Não igual antes.

- Você é uma pessoa boa Marília - Ela dá de ombros - Somos amigas, está tudo bem.

- É...

- Até qualquer dia, Maraisa.

- Tchau, Marília..."

Pelo menos somos amigas.

Não sei o que fizeram, agora além do Léo estar presente nós meus pensamentos, a sua mãe se juntou, roubando todo o foco e atenção para as outras coisas. Maraisa é uma mulher que chama atenção, admito, ela é bonita, seu corpo é espetacular, eu já observei, mas ela não deveria estar tão constantemente nós meus pensamentos, principalmente porque eu sou casada, tenho meu marido, tenho a minha vida, mas quando eu estou com eles, parece que é diferente, parece uma vida melhor.

- Marília, caralho - Murilo grita comigo e me tira desse transe - Eu estou falando com você.

- Desculpa... o que foi?

- Eu estou pensando em fazer uma viagem nós dois.

- Eu não... não estou de férias.

- O hospital é da sua família, Lila.

- Mas eu não posso sair assim - Falo me levantando da mesa - Sou profissional.

- O que custa? Tirar uma semana para nós dois?

- Eu não posso - Sorrio fraco e pego a minha bolsa - Na verdade, estou atrasada.

Murilo fica irritado e sobe para o quarto, para não brigar comigo. Nosso relacionamento já está desgastado, por ambas as partes. Mesmo querendo tirar um tempo só com ele, eu preciso ir para o hospital, é a minha escolha, até porque nosso relacionamento não me faz bem mais, mas o hospital sim. Quando estou saindo de casa, meu celular começa a tocar e eu sorrio ao ver quem é.

- Oi, Maraisa.

- É o Léo.

- Ah... oi, Léo.

- Mamãe deixou eu te ligar.

Não consigo controlar os sorrisos bobos ao ouvir a sua voz, principalmente porque ele fala absolutamente tudo errado, mas dá para entender algumas coisas.

- Você está bem?

- Não.

- O que você tem?

- Eu tô triste - Ele fala devagar - Você tem que vir me ver.

Olho para o relógio e eu estou totalmente atrasada, até que eu lembro de alguém que está me devendo vários favores. Mando mensagem falando para Luísa ficar no meu plantão e volto a falar com Léo.

- Posso falar com a sua mamãe, Léo?

- Não, ela tá brava hoje.

- Por que?

- Não sei... ela disse que a tia Mai é chata.

Seguro a minha risada e continuo ouvindo as suas reclamações, seu jeito de resmungar parece eu, quando era criança.

Se ela soubesse (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora