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Pov Maraisa

Abro uma garrafa de conhaque e sento na frente da piscina, colocando meus pés dentro, sentindo a água quente envolver até os meus joelhos. O jantar foi péssimo, minha discussão com Marília foi uma merda, tudo está horrível, por causa de um segredo que eu queria que ninguém soubesse.

Já imaginava que a sua reação não seria uma das melhores, mas foi tão ruim, que ela sequer conseguiu falar algo, só me olhou como se eu fosse um ser de outro mundo, nem me abraçar ela conseguiu. Esperava algum tipo de consolo e recebi um balde de água fria no rosto, como se eu fosse um grande nada.

Viro mais uma golada do álcool e balanço meus pés na água. Já chorei tanto por isso na adolescência, que agora nem faz sentindo chorar por isso. Escuto a porta sendo aberta e vejo Marília se aproximando, ela coloca Léo, que já está dormindo no sofá e se aproxima de mim. Ela senta do meu lado e me olha preocupada.

- Não preciso que você me olhe assim, Marília - Falo devagar - Não é como se eu fosse soro positivo.

- Por que você não me disse isso antes?

- Por que eu deveria contar? - Pergunto nervosa - Isso é da minha vida.

- Porque somos um casal - Marília responde no mesmo tom - Você achou que eu iria ficar brava com você?

Odeio falar sobre esse assunto, odeio tocar nesse assunto e odeio quando me forçam a falar sobre esse assunto. Eu apenas nego com a cabeça e me levanto, deixando a garrafa de conhaque no chão e vou até meu filho, pegando ele no colo e deixando Marília para trás. Coloco Léo na sua caminha e vou para o meu quarto, tirando as minhas roupas para dormir.

- Isso não te torna diferente para mim - Marília entra no quarto chorando - Podemos procurar um tratament-

- Não existe tratamento, Marília - Falo ainda de costas - Eu já procurei.

- Eu sou feliz só de ter você e o Léo - Ela continua - Eu não me importo, Maraisa, eu abro mão de ter mais um filho para ter você.

- Para de fazer isso... - Peço já com a voz embargada.

- Maior do que meu sonho de ser mãe de novo... é meu sonho de ser a sua esposa.

Ela se aproxima devagar e me abraça por trás, apertando meu corpo no seu, beijando a minha nuca. O choro preso todos esses anos saí e ela me vira nós seus braços, fazendo eu deitar minha cabeça no seu ombro. É bom, é reconfortante, ter alguém que te ama e que te acolhe, independente de qualquer coisa.

- E... a gente pode ter um gatinho - Ela tenta me acalmar.

- Eu sou alérgica, Lila...

- Coelho?

- Pode ser um cachorro, amor...

Levanto meu rosto e ela limpa as minhas lágrimas, deixando um selinho longo na minha boca logo em seguida.

- Eu queria um gatinho - Ela sorri de lado - Meus pais não deixavam eu ter.

- Podemos pensar nisso, tá bom?

Marília segura meu rosto e acaricia a minha pele, beijando todo meu rosto logo em seguida.

- Eu te amo independente de qualquer coisa - Ela sussura olhando nós meus olhos - Qualquer coisa.

- Eu também te amo...

Ela se aproxima mais de mim e junta nossos lábios, passando sua língua para dentro da minha boca, descendo suas mãos para a minha cintura. Puxo ela para a cama e me deito, fazendo Marília se deitar também e ficar no meio das minhas pernas e eu tiro a sua camiseta. Ela tira meu vestido e me deixa totalmente nua para os seus olhos, fazendo sua atenção travar nós meus seios, que ela tira o sutiã e desce a sua boca, dando atenção para cada um deles.

Se ela soubesse (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora