37.

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{Duas semanas depois...}

Pov Marília

- Mas eu não quero que você vá trabalhar - Maraisa fala deitada no meu peito - Eu não quero ficar sozinha.

- Eu tenho que ir, amor...

- Mas eu estou enjoada, Lila - Ela fala com a voz embargada - Estou com cólica, com dor de cabeça, não me deixa sozinha.

Respiro fundo e beijo a sua cabeça, passando meus braços pelos seus ombros. Faz duas semanas que fizemos a inseminação nela e a duas semanas que ela está parecendo um bebê mimado, que chora ao ficar longe da mãe. Hoje vamos fazer o teste para ver se deu certo, mas nem e necessário, ela está totalmente diferente e apegada em mim, nesses últimos dias. Qualquer motivo é motivo para chorar, qualquer pequena distância entre nós duas é justificativa para ela se aproximar e grudar em mim e faz uma semana que não vou trabalhar, porque ela não quer me soltar. Sei que grande parte dessa sua manha é medo de eu sair de perto dela e acontecer algo com o bebê, por isso não brigo, só cuido e acalmo toda vez.

- Lila... você não vai... não é? - Ela pergunta levantando a cabeça para me olhar - Não vai me deixar sozinha.

- Não, amor...

Ela sorri de lado e deita a cabeça em cima de mim novamente, me abraçando mais forte ainda.

- Você não quer ir tomar café? - Pergunto alisando seu rosto - Ou você prefere fazer o teste agora?

- Comer.

- Então vamos comer algo.

- Só se você trazer na cama.

- Você tem duas pernas, Maraisa - Brinco com ela.

Ela me olha brava e senta na minha cintura, cruzando os braços para mim. Me arrependo no exato momento que isso saí da minha boca, simplesmente porque o humor da minha mulher está péssimo, qualquer coisa é motivo dela ficar nervosa comigo.

- Sim e eu posso estar grávida do seu filho - Ela cruza os braços - É uma criança, Marília.

- Am-

- Não preciso que você busque nada - Maraisa se levanta de cima de mim - Eu busco sozinha.

Reviro meus olhos pelo drama e vou atrás dela, abraçando seu corpo por trás, acalmando a morena.

- Eu busco para você - Falo beijando seu pescoço - O você quer comer?

- Você.

- Maraisa, de comida.

- Tapioca e café com leite.

- Tá bom, amor....

Beijo a sua cabeça e ela volta para cama, enquanto eu vou para a cozinha fazer seu café da manhã. Está só nós duas na casa porque Léo foi dormir na casa da minha irmã e da minha cunhada, o que resultou na minha noiva chorando, pelo pequeno que quis ficar longe da gente, ela chorou quase a noite inteira, só espero que ela só fique sentimental dessa forma nós primeiros meses, porque eu não vou aguentar mais do que isso. Começo a fazer o café da manhã e meu celular começa a tocar e eu rapidamente reconheço o número.

- Oi, Lari.

- Não vem trabalhar não? - Ela pergunta rindo - Ou esqueceu que você é médica?

- Isso é saudades?

- Não, é desespero, não consigo sem você aqui - Minha amiga fala preocupada - Aconteceu muitas coisas, novos pacientes chegaram e Gustavo pediu demissão.

- O quê?

- É... mas ele estava muito estranho esses dias - Ela me alerta - Ele começou perguntar se vocês estavam noivas mesmo, se tinham mudado de casa, na verdade ele perguntou muito sobre aonde vocês estão morando.

Se ela soubesse (Malila)Where stories live. Discover now