Vontades

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Helen

    Edgar desceu para pegar nosso jantar e eu estou apertada para ir ao banheiro, droga eu tinha que ter dito isso a ele antes dele sair desse quarto, fico uns 15 minutos na dúvida se devo ir só ou se espero ele para me levar até o banheiro. O seu quarto é grande, sua cama deve ser o dobro do tamanho da minha de casal, ele deve ser muito espaçoso, tem uma poltrona grande ao lado da cama marrom, na frente da cama um raquer com uma grande Tv e um banheiro á esquerda do raquer a poucos metros da cama, eu realmente preciso muito ir ao banheiro. Não aguento mais esperar, com dificuldade e um pouco de dor eu consegui me levantar da cama e mancar até o banheiro, chego até a privada me sento, ao sentar minha perna doeu muito, fiz xixi, depois que me limpo e me visto, sinto uma dor insuportável, droga! eu fui estupida, me apoio na parede e dou um gemido baixo, droga eu só faço merda.

Edgar- Helen?- respiro fundo e a dor na minha perna está pior.

Helen- no banheiro- falo baixinho quase gemendo, não demora e ele aparece na porta.

Edgar- posso entrar?- ele pergunta e com dificuldade abro a porta e volto a me apoiar na parede com dor, ele entra e me ver. - droga! por que saiu da cama?- respiro fundo.

Helen- eu precisava muito vim ao banheiro- dou um gemido

Edgar- Já foi?- faço que sim com a cabeça, ele me pega no colo e com cuidado - vem vou te colocar na cama, não faz mais isso, me espera da próxima vez- encosto a cabeça em seu pescoço com dor e sinto seu cheiro, é muito bom, ele me coloca sobre a cama com cuidado - eu vou te dar outro remédio, sei que deve está doendo, mas preciso que coma um pouco antes, não pode tomar outro remédio de estômago vazio- eu só queria o remédio para dor passar.

   Ele se senta na cama com um prato de comida e me dá na boca, eu poderia comer sozinha, mas estou sentindo tanta dor que é difícil até me mexer, consigo comer umas poucas colheradas ele percebe que não consigo mais e me dá o remédio, estou apertado os lençóis com dor, estamos em silêncio, são esses pequenos cuidados que ele tem comigo que me faz confiar um pouco mais nele, mas ainda com um pé atrás.

Edgar- Quer deitar um pouco? quando a dor passar você come o que sobrou, Vou tomar um banho, acabei me melando com o suco, depois vou sentar na poltrona e comer um pouco-

Helen- Não, quero ficar aqui assim quieta até a dor passa- ele concorda, vai para o banheiro, minutos depois ele sai apenas de moletom e eu quase caio para trás, se não tivesse sentada, ele é enorme, sua camisa escondeu muitos músculos, eu acho que molhei minha calcinha e isso é muito ruim, ele vai até o closet pega uma camisa branca e veste para meu alívio, depois ele senta na poltrona com o prato e seu suco e começa a comer e assistir TV, eu reencontro minha cabeça na cabeceira da cama, fecho os olhos e tudo que me vem a mente é ele saindo do banheiro sem camisa, isso não tá dando certo, decido focar em minha dor e espero que ela passe logo, cerca de 10 minutos depois sinto que a dor começa a diminuir, abro os olhos e olho para o lado e Edgar está me olhando preocupado, respiro mais aliviada conforme a dor vai passando.

Edgar- Tudo bem aí?-  sorriu.

Helen- Sim, a dor já passou muito-

Edgar- Ótimo, agora que terminei vou te ajudar a comer- ele trás seu prato já vazio e coloca na bandeja, pegou meu prato e iria me dar comida na boca novamente.

Helen- Eu consigo me alimentar, quebrei a perna não os braços- ele olha para mim, acho que fui um pouco ríspido -Desculpa!-

Edgar- Eu sei, mas quero cuidar de você- Ele não me ajuda falando essas coisas, se em um dia está intensidade imagine 2 meses - Eu te atropelei- Merda! entendi é culpa, eu sou muito burra.

Helen- Eu como só!- insistir e acho que ele não estava feliz, me entregou o prato, se levantou.

Edgar- Esqueci! você não precisa de ninguém- ele sai e vai para o banheiro, merda ele só queria me ajudar, mas não posso me apegar, ele está se sentindo culpado, seus cuidados não tem outra intenção, tenho que me afastar, começo a comer já sem vontade, tomo um pouco de suco e sinto o sono chegar, Edgar sai do banheiro senta na poltrona e não diz mais nada, termino de comer e lhe aviso, eu quero muito escovar meus dentes, sendo sincera não sei quanto tempo faço isso, para isso preciso dele. Logo Edgar entra no quarto, começa a mexer no closet, pega mais travesseiro e coberta, decido logo pedi sua ajuda.

Helen- Não sei se você tem uma escova de dentes, mas se tiver pode me emprestar?- ele se vira para mim.

Edgar- Sim tenho- Ele é seco, coloca a almofada na poltrona e o lançou, ele provavelmente vai dormir lá, isso é injusto.

Helen- Você me ajuda ir até o banheiro?- ele vai até o armário, pega a escova de dentes, me entrega, não diz nada, me pega no colo com cuidado, me leva até o banheiro na frente da pia.

Edgar- pega a pasta e coloca na escova, não vou te colocar no chão para não forçar a perna- concordo e faço o que me pediu, escovo os dentes um pouco demorado, ele me inclina para lavar a boca, pego a toalha e me enxugo, depois ele silêncio ele me deita na cama - Vou desligar a luz e dormi, o dia foi exaustivo-

Helen- tudo bem! também tenho sono- bocejo, pego o travesseiro e coloco embaixo da perna com o gesso, acho uma boa posição para dormir e como eu imaginava Edgar vai para poltrona, merda o quarto era seu, ele deveria dormir em sua cama, com esse tamanho todo certeza que ele não vai dormir bem, ele está se ajeitando na poltrona, apaga a luz do abaju e o quarto está totalmente escuro agora - Edgar!- eu o chamo baixo.

Edgar- Precisa de algo?- respiro fundo.

Helen- desculpa acho que fui rude com você, você só queria cuidada de mim, não precisa se sentir culpado- escuto ele suspirar.

Edgar- Está tudo bem!- ele só diz isso.

Helen- Sua cama é enorme não me importo se dormir aqui, é mais confortável que sua poltrona, eu confio em você-

Edgar- Eu não quero tocar em você ou te machucar durante o sono- hum ele não quer tocar em mim, sei que pedi isso a ele, mas dizer isso doeu, então eu só fechei os olhos e dormi minutos depois.

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