Pesadelo

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Edgar

    Estou vivendo a droga de um pesadelo em uma fase de vida que talvez deveria ser a mais confortável para mim, me chamo Edgar Monteiro Lopes, tenho 34 anos, há essa altura da vida eu deveria está casado, com filhos e todas essas baboseira que meu pai dizia, falando nele, faz 4 dias que ele morreu, não posso dizer que sua morte foi repentina e inesperada, ele tinha mais de um mês no hospital internado por causa de uma merda de bactéria no pulmão, ele definhou e no final não parecia nada como o homem viril e cheio de saúde de pouco tempo atrás, mas foi desenganado dias antes de sua morte, ele não foi a primeira pessoa que perdi, teve minha mãe quando eu era muito novo, então minha madrinha e governanta da fazenda Amélia tomava conta de mim, tudo ia bem até que três anos depois da morte de minha mãe meu pai conheceu e se casou com minha madrasta Emanuele.

     Falando nessa demônia, ela sempre foi uma tirana, manipuladora e pelo que eu entendi hoje pela manhã na leitura do testamento ela fez meu pai datar um tempo limite para que eu me casasse e ficasse com o que é de direito, meu suas terras, para ser mais exato tenho 6 meses para isso, caso contrário ela herdará tudo, parece até uma piada, mas o advogado me garantiu que não, sei que isso foi coisa dela, pelo sorriso sínico que ela soltou durante a leitura, aquela bandida herdou dois apartamentos em Minas Gerais e mesmo assim decidiu ficar, provavelmente para me infernizar ainda mais.

    Assim que saí do advogado fui para casa do meu melhor amigo Sérgio e ficamos por horas em busca de uma solução já que ele é formado em Direito também, mas a merda era que tudo era legítimo e foi assinado ainda em suas boas faculdades mentais.

Sergio- É amigo acho bom tomar uma decisão, se não casar a fazenda e todas terras adjacentes serão de Emanuele, já que é filho único e ela sua esposa, já revisei toda a cópia do testamento- respiro fundo e tomo um longo gole de cerveja, estamos na varanda.

Edgar- Talvez Renata- penso em minha segunda namorada, não que eu tenha tido muitas, mas tive três.

Sérgio- Se eu bem me lembro ela está noiva agora- droga verdade, ela terminou comigo por que disse que eu dava mais atenção as vacas, no sentido literal, do que para ela, no fundo ela tinha razão, espero que agora ela tenha a atenção merecida.

Edgar- Fernanda?- essa foi minha primeira namorada, ela me traiu e meio que foi foda superar, mas consegui com a ajuda de meu amigo.

Sérgio- Se quiser ser corno outra vez- ele dá de ombros e levanta da cadeira - Antes que diga Luana sua última namorada, lembre-se que ela foi para o Rio de Janeiro para tentar a vida e te largou- ele tá certo, meu histórico de relacionamento é um fracasso, suspiro e não sei muito bem o que fazer.

Edgar- Quem então?- digo alto para que ele me ouça da cozinha, ele sai da cozinha com duas latas de cerveja.

Sérgio- Mulher não falta e nunca faltou Edgar, você quem faz cú doce para as mulheres daqui, sabe que é boa pinta e agora rico- ele tá certo, mas em minha defesa não estou mais na fase da conquista, muitas preocupações e agora mais essa.

Edgar- Não vou casar com uma estranha qualquer- ele volta a se sentar.

Sérgio- Então vai perder as terras se não casar em 6 meses - toda vez que lembro dessa cláusula ridícula tenho mais raiva de Emanuele, certeza de que tem seu dedo nisso.

Edgar- Mas também não vou deixar aquela louca ganhar, nem que eu case com qualquer uma que cruzar meu caminho, além do mais acho que fiz uma merda, eu disse que tinha uma noiva e que ela estava na cidade no momento, mas logo retornaria- ele acha graça, dá dois tapas em meu ombro e eu volto a beber.

Sérgio- Você oficialmente é um idiota, concordamos em algo pela primeira vez, você fez merda-

Edgar- Mas em minha defesa a peçonhenta estava com um sorriso vitorioso na fuça, a sorte dela que ele não bato em mulher- só de lembrar fico com raiva.

Sergio- eu não vejo saída para seu caso, não uma que esteja aqui em Santo Amaro- sorriu e resolvo fazer uma piada.

Edgar- A não ser que você me empreste sua noiva josy- ele me dá um soco no ombro.

Sergio- Nunca, eu sei sua fama amigo-

Edgar- Nem tenho mais fama, isso foi quando eu era novo-

Sergio- não importa, Josy não vai noivar com você nem de mentirinha- dou de ombros, já sabia disso, pego outra cerveja abro e bebo.

Edgar - Isso é uma merda, como ele concordou com algo tão baixo, sei que ela o manipulou, mas era só ele dizer não- suspiro e abaixo a cabeça.

Sergio- você sabe o quanto ela o manipulava, mas tudo vai dá certo, vou te ajudar, em 6 meses você estará casado, eu serei o padrinho e vai botá-la para fora de sua fazenda-

Edgar- Não vejo a hora disso, quer dizer, não de casar, mas dela sumir da minha vida- ele concorda e ficamos mais algum tempo ali, até eu perceber que já era bem tarde e decidir ir para casa, me despeço de Sérgio que insistiu que eu passasse a noite lá após ter bebido, mas estou mais que mal acostumado com esse péssimo hábito.

Pego meu carro e vou para a fazenda, o caminho não é nada perto, meu amigo mora na cidade vizinha por causa de sua profissão, são cerca de trinta minutos até a fazenda, só espero não cruzar com aquela naja peçonhenta essa noite, olho no relógio e já passou das 23 horas, esse horário eu já deveria está dormindo, por isso o sono agora me pegou, acelero um pouco mais o carro, quero chegar o mais rápido possível em casa, dormi e esquecer esse dia.

Meu celular vibra no banco, olho para o visor e é o demônio da Emanuele, o que essa doida quer comigo, desviei a atenção for um segundo, quando voltei a olhar para frente havia uma mulher pálida parada na estrada, merda não consegui freio a tempo e acabei atingindo ela, agora eu vou para cadeia, acabei de matar uma mulher e estou alcoolizado.

Inferno de vida!

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