★ 033: Eu nunca.

3.3K 146 1.2K
                                    

- Tudo bem, então. - Falou Akaza.

- O que podemos fazer agora? - Questionou Kokushibō.

- Vamos jogar um jogo! - Exclamou Akaza.

- Ok, não tem nada pra fazer né. - Disse Kokushibo.

- Você topa também, Dōma? - Indagou Akaza, Dōma apenas gesticulou com a cabeça, era um "sim".

- Tá bom, vocês querem pedra, papel ou tesoura? - Perguntou Akaza.

Dōma começou à fazer uma mímica estranha, Akaza ficou completamente confuso.

- Ele tá falando que você rouba nesse jogo. - Comentou Kokushibō.

- EII! EU NUNCA FIZ ISSO! - Exclamou Akaza olhando pra Dōma com um olhar zangado, era verdade, mas ele nunca admitiria aquilo.

Tanto Dōma quanto Akaza começaram a rosnar um pro outro, pareciam até cachorros, Kokushibō riu genuinamente daquela idiotice.

- Koku-dono, mas como você soube o que eu queria dizer? - Indagou Dōma pronunciando suas primeiras palavras, mesmo com sua voz extremamente rouca, talvez ele tivesse cansado de fazer mímica, ele parou de rosnar para Akaza e começou a encarar Kokushibō com um olhar curioso, Akaza também queria saber a resposta daquela pergunta, então, ele também começou a encarar Kokushibō com um olhar curioso.

- Como eu posso explicar isso... Bom, até os meus 7 anos de idade, todo mundo achava que meu irmão gêmeo era mudo, ele não sabia libras ou algo do tipo, então, ele ficava fazendo gestos, no começo, eu não entendia, mas eu consegui compreender com o tempo. - Explicou Kokushibō da maneira mais simples que ele conseguiu.

- Achava? Então, ele não era mudo? - Indagou Dōma com uma carinha confusa e com um olhar curioso.

- Não, a primeira palavra dele foi com 7 anos de idade, eu me lembro até hoje... Ele... Disse que queria ser igual à mim... Mas... Hoje, eu que quero ser igual à ele... - Desabafou Kokushibō que agora parecia estar com um ar meio pesado.

- Desculpe por tocar nesse assunto tão pessoal, Kokushibō-dono. - Falou Dōma se sentindo culpado.

- Ah... Kokushibō-sama, não fica... assim... - Comentou Akaza se aproximando de Kokushibō e abraçando o braço dele, Dōma também foi abraçar Kokushibō, o ruivo conseguiu ouvir Dōma pedindo desculpas repetidas vezes.

- Tá tudo bem, isso é passado, minhas flores... - Pronunciou Kokushibō com um sorrisinho mínimo em seu rosto.

- Flores? - Indagou Akaza confuso.

- Eu os chamei assim? Desculpa. - Respondeu Kokushibō.

- Não, tá tudo bem, é fofo. - Comentou Akaza em um sussurro audível enquanto se aconchegava no forte braço de Kokushibō.

- Concordo com o Akaza-dono! - Exclamou Dōma sorrindo com a voz ainda rouca.

- Dōma, você não consegue regenerar suas cordas vocais pra sua voz não ficar tão rouca? - Indagou Akaza.

- Eu tô tentando fazer isso, mas acho que minha regeneração tá lenta. - Respondeu Dōma.

- Por que sua regeneração estaria lenta? - Questionou Akaza.

Uᴍ ᴀᴍᴏʀ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴄᴏɴғᴜsᴏ. ☆KᴏᴋᴜDᴏᴜAᴋᴀ☆Where stories live. Discover now