★ 028: Verdade ou consequência.

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- Quem começa? - Questionou Daki se sentando no chão com os outros e formando uma roda.

- Não sei, gira a garrafa aí. - Respondeu Akaza simplista.

- Que garrafa? - Perguntou Dōma.

- Que merda, ninguém trouxe uma garrafa? - Indagou Daki.

- Óbvio que não, ninguém tava preparado pra isso. - Respondeu Nakime meio irritada pelo fato de ter vindo contra a vontade da mesma.

- Argh, tá, eu vou atrás de uma garrafa. - Falou Daki se levantando e indo em direção à porta.

Mas antes de Daki sair pela porta, ela deixou um último aviso.

- Saibam que se alguém OUSAR fugir desse quarto, eu vou desenhar rola na cara de vocês enquanto vocês dormem, e não adianta, se um fugir, todos pagam. - Disse Daki simplista com um sorriso psicótico em seu rosto, e logo sumindo daquele quarto.

- Ela é estranha. - Falou Kaigaku cruzando os braços.

- Perdeu a sanidade, moleque? Não chama minha irmã de estranha não, tá louco? Eu ein. - Disse Gyūtarō encarando Kaigaku.

- Mas ele tá certo eu ein, desenhar rola na cara dos outros? Nem graça tem. - Comentou Zohankkuten com uma sobrancelha arqueada.

- Voltei, arrombados. - Falou Daki "invadindo" o local e já se sentando entre Gyūtaro e Nakime, ela apenas colocou a garrafa no meio do círculo.

- Tá bom, quem gira? - Questionou Dōma.

- Gira tu, uai. - Respondeu Gyokko.

- Tá bom. - Falou Dōma, ele apenas girou a garrafa, caiu Akaza pro Gyūtarō.

- Gyūtarō, verdade ou consequência? - Questionou Akaza.

- Consequência, eu não tenho medo né. - Respondeu Gyūtarō com a maior tranquilidade do mundo.

- Mas devia ter, sua consequência será contar sobre seu passado. - Falou Akaza simplista.

- Pena que verdade ou consequência não tem como recusar... - Murmurou Gyūtarō.

- Bom, eu não tenho tantas lembranças né... Eu sempre fui feio e asqueroso né, minha mãe sempre me maltratava e me batia quando eu era menor, até mesmo antes de eu nascer ela já tentava me abortar né, ninguém naquele bairro pobre do distrito ligava pra mim, eu fedia, era feio e ainda era cheio de pulgas né, e eu não tinha o que comer, meu único brinquedo era uma foice que um velho esqueceu, minha vida era simplesmente horrível né, mas... Quando Ume... Espera, quem é Ume? - Indagou Gyūtarō que ficou confuso no meio de sua própria história, ele apenas parou e ficou raciocinando.

- Gyūtarō, se quiser esquecer, não precisa continuar a história, foi mal. - Pronunciou Akaza que agora estava se sentindo meio mal.

- É a minha consequência né, não precisa se preocupar. Eu não sei quem é Ume, mas eu quis dizer Daki. - Falou Gyūtarō.

- Continuando, quando Daki nasceu, minha vida simplesmente mudou né, ela sempre foi extremamente linda né, diferente de mim, ela era maravilhosa... Eu comecei a ficar mais confiante, afinal, ter uma pessoa tão bonita quanto minha irmã ao meu lado era bom né... Eu comecei a cobrar aqueles que não me pagavam corretamente, minha irmãzinha começou a trabalhar como aprendiz de Oiran né, mas depois de um tempo, mesmo com tudo dando certo, tava bom demais pra continuar assim né, então, um certo dia né, minha irmãzinha furou o olho de um Samurai com um acessório de cabelo, eu não sei o motivo dela ter feito isso, provavelmente foi a mal educação que eu dei a ela né... Ela foi amarrada e queimada viva, foi deixada para morrer né... Eu não estava lá, eu só lembro de ter chegado lá e encontrado ela que parecia mais carvão do que minha irmãzinha... Eu queria matar todos eles né, comecei a surtar, mas fui surpreendido com um golpe forte nas minhas costas, o Samurai havia me cortado né, mas eu me recuperei, e a raiva que eu estava naquele momento me fez matar tanto aquele desgraçado quanto uma velha que também estava lá né... Depois, eu saí procurando ajuda, queria salvar minha irmãzinha de toda e qualquer forma, mas apenas ignoravam a gente, como sempre... Até que eu dei de cara com o Dōma, ele perguntou se nós queríamos ser onis e eu aceitei na hora né... Bom, foi isso né. - Disse Gyūtarō que havia terminado de contar a história, Daki estava chorando, ela não se lembrava de nada, mas ouvir aquilo do seu irmão, fez ela começar a chorar muito e ela abraçou seu irmão.

Uᴍ ᴀᴍᴏʀ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴄᴏɴғᴜsᴏ. ☆KᴏᴋᴜDᴏᴜAᴋᴀ☆Where stories live. Discover now