39 | Chamas

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As últimas duas semanas antes de Hermione apresentar sua lei pró-meio-humanos e criaturas mágicas ao Wizengamot passaram muito rapidamente.

Tanto ela quanto Draco foram encontrar seus pais no aeroporto de Londres para acompanhá-los até sua casa nova e melhorada.

Sua mãe Jean gritou ao ver o anel em seu dedo e Peter encarou Draco seriamente, fazendo-o dar um passo para trás. Por fim, estendeu-lhe a mão, apertando-a e dando-lhe as boas-vindas à família.

Ambos haviam decidido que o casamento seria na primavera, em um lugar muito importante para ambos. Especialmente para Draco.

Apenas seus amigos mais próximos sabiam que essa era uma formalidade completamente desnecessária. Suas almas e corpos já estavam unidos em um vínculo mágico inquebrável.

Após a viagem à Itália, Hermione voltou do Ministério após seu primeiro dia de trabalho com uma cópia do formulário 1026-D já assinada por ela. E no dia seguinte ela entregou em seu departamento com a assinatura de Draco, registrando os dois como companheiros.

Veelas sem companheira tinham a reputação de serem perigosos e difíceis de controlar. E isso, incluindo o incidente do Beco Diagonal, forçou Draco a ficar longe de áreas públicas, esperando até que a poeira baixasse.

Ele reduzia a cinzas qualquer cópia do Profeta que cruzasse seu caminho. Era raro o dia em que Rita Skeeter não publicava algo sobre como meio-humanos como ele eram perigosos.

Em sua opinião, lobisomens e Veelas deveriam estar sob o estrito controle do Ministério.

Hermione ficava furiosa toda vez que ouvia o nome da mulher. A primeira coisa que planejava fazer quando a nova lei fosse aprovada era exigir sua renúncia.

Ela não iria parar até que conseguisse. Desistir não era uma opção.

Ela queria que Draco fosse totalmente livre, assim como ela. Para fazer desaparecer algumas das injustiças do mundo mágico.

Hermione havia revisado tudo até a exaustão, e ele estava lendo e relendo o rascunho enquanto ela trabalhava.

Estava perfeito. O Wizengamot não teria escolha a não ser aceitá-la.

Hermione suspirou e deixou seu escritório, olhando de soslaio para o calendário pendurado na parede oposta.

Dois dias. Restavam apenas dois dias.

O elevador parou no Atrium e ela caminhou até uma das lareiras com o casaco na mão. Chamas verdes cercaram seu corpo, deixando-a logo depois nas brasas da lareira do Largo Grimmauld.

Harry e Draco estavam esperando por ela na cozinha com o jantar pronto.

— Olá, rapazes — ela cumprimentou, sentando-se em uma das cadeiras de madeira e bufando alto.

Harry sorriu levemente e Draco arqueou uma sobrancelha, pegando uma cerveja amanteigada da geladeira e colocando em um copo. Ele caminhou até ela e colocou-o sobre a mesa.

Ela deu a ele um sorriso agradecido, aquecendo a bebida com um movimento de sua varinha.

Os três compartilharam a refeição enquanto repassavam o plano pela décima vez. Harry, Ron e Narcissa estariam nos bancos do tribunal, prontos para dar seu testemunho se necessário.

Porém, se tudo corresse como Hermione planejou, não precisaria chegar a esse ponto.

Meia hora depois ela e Draco se despediram de Harry, subindo as escadas para o segundo andar e entrando no quarto dela.

Ele passou os braços ao redor dela assim que fechou a porta, virando-a e prendendo seus lábios entre os dele.

Hermione fechou os olhos, deixando os beijos dele apagarem todas as preocupações de sua mente por um momento. Ela ofegou quando ele aprofundou o beijo, dando um passo para trás.

The Wrong Choice | DramioneWhere stories live. Discover now