The Wrong Choice | Dramione

19 | Núcleo Mágico

Draco estava em sua enorme banheira, seus olhos fechados e sua cabeça apoiada na borda.

Por mais que tentasse, ele não conseguia parar de pensar nela.

Seu rosto assustado apareceu em sua mente uma e outra vez. Ela realmente pensou que ele era capaz de machucá-la?

Só de imaginar isso causou arrepios na espinha. Ele nunca a tocaria, não importa o quão zangado estivesse.

Meia hora depois, ele esvaziou a banheira e vestiu o pijama. Ele saiu do banheiro, secando o cabelo distraidamente com uma toalha.

Draco suspirou ao ver a elfa deitada na pequena cama que ele pediu para ela conjurar. Eles estavam presos lá há dois dias, mas ele ainda não se sentia pronto para enfrentar sua mãe, ou seus amigos... ou Granger.

Ela havia traído a confiança dele e ele estava muito magoado, Draco precisava de mais tempo para seguir em frente e esquecer isso.

Ele sabia que selar seu quarto com magia élfica tinha sido uma reação muito infantil, mas era a única maneira de impedir sua mãe de forçá-lo a ir a Grimmauld Place em busca de sua companheira.

Sobre a mesa estavam os livros que ele estivera lendo na noite anterior e os dois pedaços de pergaminho que ele havia preenchido com novas ideias sobre o uso de varinhas em meio-humanos. O rascunho da nova lei que Granger queria apresentar era ambicioso demais, mas não impossível.

Talvez ela pudesse fazer isso. Ele tinha certeza de que, se alguém conseguisse, era a bruxa mais inteligente de sua era.

Draco largou a toalha no chão, balançando a cabeça. Ele pensou que Granger iria escrever para ele, que ela tentaria se desculpar... mas ele não teve notícias dela.

Ela provavelmente estava tão assustada que nunca mais queria vê-lo novamente. Para ela, ele era apenas um monstro que poderia machucá-la se ficasse fora de controle.

Draco sentiu uma grande tristeza vindo de Granger logo depois que ela partiu, e isso fez seu coração encolher. Ele odiava saber que ela estava sofrendo e que era culpa dele.

Mas, desde aquele dia, ele não sentiu mais nada. Ela estava bem.

— Mestre Malfoy não está com fome?

Draco desviou o olhar do pequeno elfo, balançando a cabeça.

— Mas o Mestre não comeu nada hoje e...

Minsy ficou em silêncio quando encontrou seu olhar gelado e cheio de ódio. Draco revirou os olhos para a expressão triste dela e se sentou na cama, bufando.

— Desculpe, Minsy. Não é sua culpa.

— Mestre terá que sair desta sala em algum momento, — a elfa comentou suavemente, juntando as mãos.

Draco olhou para o grande relógio perto da lareira. Eram quatro horas.

Muito cedo para dormir, mas ele queria que o dia acabasse o mais rápido possível.

— Eu sei, mas não hoje. Boa noite.

Ele ouviu o suspiro de Minsy, mas decidiu ignorá-la. Draco puxou as cobertas sobre si mesmo e afundou o rosto no travesseiro, soltando um gemido.

Dois dias sem ver Granger.

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O rugido das chamas o acordou.

Draco virou a cabeça para a direita e abriu um dos olhos, franzindo a testa ao ver uma figura emergindo da enorme lareira.