28 | Impulsos

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Draco saiu da lareira de Grimmauld Place às sete da manhã, sacudindo as mangas de sua jaqueta com um olhar sério no rosto.

Quando ergueu os olhos, viu que não havia ninguém na sala.

Ele bufou e caminhou até um dos sofás, sentando-se no canto e tamborilando os dedos em seu braço com impaciência.

Quinze minutos depois, Potter entrou na sala. Ele parou ao vê-lo, surpreso, mas continuou andando até o cabide onde estava seu casaco.

— Você está um pouco adiantado.

Draco deu-lhe um olhar de soslaio.

— Eu gosto de chegar na hora.

— Eu acho que você está nervoso porque você não a vê há três dias, — Potter comentou provocativamente, dando-lhe um sorriso.

Draco zombou dele de volta.

— Você pensa demais em mim, Potter. Devo me preocupar?

Ele riu, revirando os olhos e balançando a cabeça.

— Diga o que quiser, mas você sabe que estou certo.

E ele estava, mas isso era algo que Draco nunca iria admitir.

Ele se levantou, movendo-se para ficar ao lado dele.

— Eu vou esperar por você do outro lado, — Potter murmurou, jogando o pó de flú nas brasas.

Uma vez que as chamas verdes o engoliram, Draco pegou um punhado de pó e engoliu antes de jogá-lo.

Granger não estava mais tão triste quanto no dia anterior, mas ele ainda sentia um aperto no estômago que ele não gostou nada.

Ele suspirou e deu um passo à frente.

— Ministério da Magia.

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Ele seguiu Potter enquanto caminhavam pelo Átrio, entrando na área do elevador.

Eles entraram em um que estava vazio e Draco o viu puxar um relógio de bolso dourado do bolso direito.

— A chave de portal de Hermione ativa em vinte minutos. Podemos esperar por ela na sala de viagens internacionais quando terminarmos com isso.

Draco assentiu, seu olhar fixo no pequeno relógio.

— Posso te fazer uma pergunta, Potter?

— Claro —, disse ele, virando a cabeça para olhá-lo com interesse.

— Quem... — Draco limpou a garganta, evitando seu olhar. — Quem lhe deu esse relógio no seu aniversário de dezessete anos?

Sem pais e sem padrinho, ele não conseguia imaginar quem havia lhe dado o presente que todos os bruxos recebiam quando atingiam a maioridade no mundo bruxo.

O sorriso de Potter vacilou. Seus olhos verdes pareciam brilhar com alguma emoção contida quando ele levantou a mão novamente, mostrando-lhe o relógio de perto.

— Molly Weasley. Era do irmão dela, — ele disse calmamente, traçando a circunferência dourada com o polegar.

As mãos eram duas estrelas, também douradas.

Draco sorriu.

— É elegante.

— Obrigado, — Potter respondeu, sorrindo novamente. — E quem te deu o seu?

Draco passou a língua pelos dentes, olhando para as grades douradas do elevador.

Seu relógio de bolso estava enfiado em uma das gavetas de seu quarto e ele nunca pretendia usá-lo novamente.

The Wrong Choice | DramioneWhere stories live. Discover now