05 | Outra chance

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Draco suspirou. Ele se sentiu muito bem, o colchão era muito confortável. Estendendo a mão, desfrutou da maciez dos lençóis.

'Espere... lençóis de seda?'

Seus olhos se abriram lentamente. A primeira coisa que viu foi sua mesa de cabeceira, onde havia um copo de água, mas nenhuma varinha. Olhando para cima, ele notou o dossel branco de sua cama.

Ele piscou confuso, olhando ao redor, e de repente percebeu.

Não tinha sido um sonho. Ele realmente estava fora de Azkaban, e agora estava em seu quarto.

E Hermione Granger o havia tocado.

Draco levou a mão ao rosto, lembrando-se de quando ela o acariciou ali durante o julgamento. Fazia semanas desde que ele se sentiu tão bem e foi tudo graças a Granger chegando perto dele.

Ele bufou, esfregando o rosto com as mãos e sentando-se na cama.

— O Mestre finalmente acordou!

Draco não teve tempo de responder, o elfo desapareceu com um estalo. Revirando os olhos, ele se levantou e foi para o banheiro, abrindo a torneira de água quente.

Assim que a enorme banheira de mármore ficou cheia, ele entrou na água morna. O cheiro de lavanda sempre o relaxava, então ele fechou os olhos.

Ele estava tão cansado.

Assim que ele estava prestes a adormecer novamente, uma batida na porta o acordou.

— Draco?

— Indo —, ele respondeu, ainda lavando o cabelo.

Ele saiu do banheiro enrolado em seu roupão verde escuro. Sua mãe estava sentada na beirada de sua cama, que já estava arrumada.

Narcissa esperou até que ele se sentasse ao lado dela, olhando em seus olhos.

— Você ainda está com raiva?

Ele cerrou os dentes, apertando os olhos e evitando o olhar triste de sua mãe.

— Você e Potter me traíram, vocês dois. Eu nunca vou confiar em vocês novamente.

Narcissa bufou, levantando-se para encará-lo. Ela segurou seu queixo com uma mão, forçando-o a olhá-la nos olhos.

— Ouça-me. Se você pensou que sua mãe ia deixar você morrer, você estava tão errado. Harry só me ajudou e eu sou muito grata. Você está vivo e livre, e isso é tudo o que importa para mim.

Draco riu sem entusiasmo.

—Vivo? Por quanto tempo, mãe? Você sabe o que vai acontecer se ela não me aceitar, e você sabe que vai ser muito mais doloroso do que morrer em Azkaban.

— Dê a ela tempo. Ela ajudou você e está disposta a continuar fazendo isso.

— Porque agora ela me vê como uma criatura, eu sou apenas mais um projeto para Granger. Liberte os elfos domésticos e os Malfoy Veela! — ele rugiu, levantando-se e encarando sua mãe com olhos furiosos.

Ela se encolheu e Draco piscou várias vezes. Ele caminhou lentamente até ela e a puxou para um abraço.

— Desculpe, eu não queria assustá-la. Eu nunca vou perder o controle com você, mãe —, ele sussurrou, descansando a testa no ombro dela.

Narcissa passou os braços ao redor dele, sorrindo.

— Você não pode ficar com tanta raiva ou você vai se transformar. Você precisa ter cuidado agora —, ela respondeu suavemente.

Draco assentiu e eles se separaram, mas Narcissa segurou uma de suas mãos.

— Acho que chegou a hora de você ler o livro que Giorgio Malfoy escreveu —, disse ela, deixando seu quarto com ele e andando pelo corredor da ala leste.

The Wrong Choice | DramioneWhere stories live. Discover now