Capítulo 17: Ficando.

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Você sabe que me quer, querida
Você sabe que te quero também
Eles me chamam de Super-Homem
Estou aqui para te resgatar
Quero te salvar, garota
(Superman - Eminem)

KENZIE REED

- Já chega... Eu tenho que voltar lá para frente - murmuro com a voz manhosa, enquanto Mike beija e mordisca meu pescoço, fazendo minhas pernas amolecerem.

- Mas vazio aqui - ele diz, segurando minha cintura, ainda me prensando contra a parede.

Desde a nossa "trégua", nós ficamos umas 3 vezes, mas é claro que foi só uns beijinhos sem sentimentos, assim como combinado.

- É, mas alguém pode chegar, vamos - digo, tentando não ceder a vontade imensa que eu estava de dar para ele ali mesmo. Ele apenas revira os olhos e sai logo atrás de mim do pequeno quartinho de limpeza da lanchonete que trabalho.

Aposto que ele não faz ideia do quanto também é difícil para mim, ter que pedir para ele parar.

Nossa trégua era apenas trocar uns beijos de vez em quando, mas com certeza isso não está sendo suficiente.

Toda vez que nos beijamos o tesão me consome, me fazendo perder toda a minha razão, e desejar Michael Hensley ainda mais.

- Quer ir ao cinema comigo amanhã? - ele pergunta, se sentando em uma das cadeiras do balcão da lanchonete.

- Mike, vai para casa. Se minha chefe me ver de conversinha fiada com alguém que nem sequer é cliente, posso me meter em problemas - falo ficando do outro lado do balcão, próximo ao caixa.

- Hum... Então, quero uma latinha de coca-cola - ele pede, pegando dinheiro de sua carteira, o encaro séria. - Que foi? Você disse que não podia ficar de conversinha fiada com alguém que nem sequer é cliente, portanto agora eu sou um - ele sorri.

E eu reviro os olhos segurando o riso, entregando para ele sua coca.


- Você quer ir ou não?

- É melhor não - falo e ele me olha com desânimo.

- Por que não? A gente se divertiu semana passada.

Ele tinha razão, fomos ao cinema semana passada, também saímos juntos para a sorveteria de novo e ele até me levou a uma das minhas consultas com a minha psiquiatra.

Eu não queria me aproximar tanto dele, mas era quase impossível.

Ele é tão gentil e divertido, além de me escutar melhor do que ninguém, eu não era de falar muito, mas com ele era diferente, porque ele prestava atenção em qualquer mínima palavra que saia da minha boca, e eu adorava isso.

Ao contrário de mim ele não tinha mudado muito na adolescência, ele continuava sendo o mesmo garoto doce de quando criança, o que faz parte de mim realmente ter a certeza que nunca deveria ter me afastado dele.

Meu lado racional dizia que não devíamos continuar com isso, mas meu lado emocional adorava estar com o garoto, sentir o toque dele, sentir seus lábios grudados nos meus e... Meu Deus... Foco!

- Não quero que pensem que somos um casal.

- Ninguém vai pensar isso e se pensarem, não importa porque não é verdade - bebe um longo gole de sua coca em seguida de sua fala.

DESIGUAIS [Concluído]Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang