d e z e s s e t e - parte dois

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NOTA INICIAL IMPORTANTE:

Olá, leitores. Irei fazer esta nota porque devo um comunicado oficial perante a não atualização da história por vinte dias. Bem, teve um motivo específico para o meu "sumiço". Na verdade, eu sou muito fã do cantor Ed Sheeran, e a aproximação do show dele (da qual eu fui) fez com que eu não conseguisse me dedicar da forma como sempre faço. Sendo assim, já que tudo o que eu escrevia não estava no padrão que geralmente compartilho com vocês, decidi dar uma pausa e retornar pós show, que é o que está acontecendo agora. Eu peço desculpas pelo atraso, e tentarei fazer com que isso não aconteça novamente. Ed e Harry são meus ídolos #1, então foi de verdade bem dificil administrar ambas situações. Muito obrigada pela compreensão, e agora sim aqui está um capítulo legal para vocês!

Músicas do capítulo:
1 - Make It To Me - Sam Smith. (Dar play quando ler eu nunca esqueceria disso.)
2 - Just A Little Bit Of Your Heart - Ariana Grande. (Dar play quando ler todas as noites.)

Boa leitura.

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Londres; 15 de agosto; 00:42 da manhã.

Com o pés trêmulos, entrei. Logo reparei no carpete bege e nas quatro paredes que estavam invadidas por memórias de nosso vilarejo, de nossas famílias e de nós dois com quadros à frente de uma tinta verde idêntica a aquela que um dia eu e Harry escolhemos para dar vida ao dormitório. Os brinquedos, tive que tocá-los, e sorrir a eles quando o meu tato serviu de máquina do tempo, voltando à infância e à liberdade que tínhamos ao brincar com todos eles. Até a cômoda branca ele trouxera a Londres. A cama, também branca, tinha o aroma de lá e a mesma capa de travesseiro. Virei a Styles quando peguei Philip, seu urso de pelúcia preferido e gaguejei ao dizer:

- É o seu quarto de Holmes.

- É uma boa réplica dele, senhorita. – com passos mudos, diminuiu nossa distância após fechar a porta. – Mas ainda assim, uma réplica.

- Eu dei ele a você. – lhe estiquei o ursinho marrom, e Harry o recebeu em suas mãos.

- Eu nunca esqueceria disso. – murmurou. – Não esqueceria dele embrulhado em uma embalagem de papel roxa, e de como a menininha de lindas íris azuis o entregou a mim. Ela sorria muito e dizia que tinha escolhido o presente por si só, e de que eu devia dormir com o mesmo quando eu sentisse falta dela.

- As suas recordações funcionam tão bem, – minha fala e minha boca, tão cuidadosas. Dei duas passadas ao rapaz. – tão bem que chega a ser lastimável saber que por muito tempo eu me mantive esquecida entre elas.

- Eu não te esqueci...

- Não duvido disso, no entanto, teus olhos entregam que há mais a ser dito. – falei. – O que tanto eles querem que eu saiba, Harry?

À baixa luz da fria lâmpada do teto, o desconfiante jovem homem tocou seus dedos em minha face e suspirou densamente ao entristecer seu semblante, antes iluminado, movendo os lábios de forma tão inibida que som nenhum saiu deles. Abaixou a cabeça e escorregou seu toque até os dedos de minha mão esquerda, apertando-os tão forte, tal como um pedido de ajuda em gestos que por ventura se mantinham incompreendidos verbalmente. Eu, vulnerável em não absorver seu real desígnio, contribuía para que aquele momento passasse em câmera lenta enquanto ele girava sua palma para que ela se encaixasse à minha.

- Não há nada que você precise saber, Angel. Eu estou bem.

- Então erga sua cabeça... – com só um dedo meu em seu queixo, nivelei suas pupilas às minhas. – e a mantenha assim. Com ela baixa não vemos nada mais do que os nossos próprios pés, e é pelo egoísmo em não olhar pra frente que nos destruímos. É como um naufrágio que nos leva para o fundo de um mar congelante.

Em Meio à Escuridão (BTD) || H.S. || K.S.Where stories live. Discover now