32.

21 4 3
                                    

Paro na porta do chalé, assustada.

_Esse não foi o lugar que escolhemos! Acho que tem alguma coisa errada... - falo baixinho com PH, enquanto dois rapazes carregam nossa mala e as do bebê para dentro do lugar.

_Eu pedi para trocar, queria te fazer uma surpresa. - meu marido o lugar e lindo, luxuoso.

_Pedro... - meus olhos começam a ficar turvos, abraço meu marido desajeitada porque estou com o bebê no colo. - obrigada.

_ Não tem que agradecer boneca. - ele se joga na cama divertido. - esses serão nossos dias.

...

Luiza dorme no pequeno bercinho que colocaram em nosso quarto. Pedro está deitado na hidro tentando dissolver e eu leio um livro deitada na cama. Mesmo a três dias nesse lugar, mesmo com o clima entre nós, nada aconteceu. Não trocamos nem alguns beijos.

Respiro fundo tomando coragem de entrar na água junto com ele. Tiro minha roupa, e me enrolo no roupão, só quando estou entrando na água é que tiro o tecido macio que cobre o meu corpo. Pedro abre os olhos, eu sinto que seu desejo por mim não mudou.

_Quer companhia? - pergunto ficando sem graça com a forma que ele me olha.

_Sempre. - é ele que vem até mim, ele que me toca e me beija.

Depois do nascimento da Luiza é nossa primeira vez juntos, é estranho dói um pouco, apesar disso o clima e o lugar fazem o momento não perder o encanto. Terminamos a noite abraçados na cama.

_Meu pai disse que eu acordava todas as vezes que ele pensava em colocar a mão na minha mãe. - Henrique ri. - A Lulu é legal comigo, não acorda.

_É difícil ela acordar durante a madrugada. Se estiver sequinha e de barriguinha cheia ela dorme a noite toda. - respondo.

_Teria ficado comigo se a Lulu não tivesse acontecido? - penso na pergunta dele e na falta que ele fez.

_ Provavelmente. - eu respondo.

_Eu com certeza, senti sua falta, sempre sinto sua falta. As vezes quero tocar em você, mas tenho medo que da rejeição.

Me viro, para ficar de frente para meu meu marido.

_Não precisa ficar com medo, não vou rejeitar você, nem pedir que se afaste, eu sinto falta do que que tínhamos no começo, de quando era sua namorada. - confesso baixinho.

_Quer namorar comigo? - Henrique pergunta me fazendo sorrir.

Percebo que é isso que eu quero, que ser a namorada é a coisa mais confusa e mais legal que me aconteceu. Eu fiquei muito magoada com ele por insinuar que o bebê não era dele, mas, ele tem feito um esforço grande para se redimir.

_Aceito. Com certeza eu aceito. - Henrique me beija e acabamos entrelaçando nossos corpos, nos entregando um ao outro e nos permitindo ser um do outro.

...

São seis da manhã quando a Luiza chora, eu levanto, troco ela e dou mama, estou cansada, dormi muito tarde e apesar disso me sinto muito melhor do que já estive durante todo esse tempo.

Depois que a Lulu mama, faço ela arrotar, ela está dormindo quando solto um arroto alto. Acabo rindo do barulho que essa criança faz.

_Vou me deitar ao lado do papai, qualquer coisa só você me chamar. - falo para o meu bebê antes de coloca-la no bercinho onde, provavelmente, ela vai dormir até umas dez horas.

_Pois é, também acho que a mamãe está dormindo muito, mas você não acha que ela está dormindo assim porque está cansada? Ela está muito cansada, princesa. - abro meus olhos e vejo meu marido sentado numa poutrona olhando pela enorme janela a vista que lugar nos oferece. Um sorriso se abre em meu rosto e me sinto uma boba. - Olha se você pensa que não estou sentindo essa força que você está fazendo... Vou esperar você terminar e te limpar, se você prometer não fazer barulho.

É difícil resistir, fico na cama fingindo dormir enquanto PH anda de um lado para o outro conversando com a nossa filha, ele troca ela ela, reclama do cheiro da fralda suja, fala algumas coisas e ri das próprias brincadeiras.

O problema é que a pequena começa a ficar impaciente, a fome já devia apertar e eu não sou tão ruim, antes que ela comece a chorar eu sento na cama e peço o bebê ao pai.

_Você estava fingindo dormir? - meu marido pergunta e eu fico calada fingindo não ouvir. - Ceci! - olho na direção dele. - Você estava fingindo!

Pedro cai na gargalhada, e assusta nossa menina, que logo desisti de olhar o pai idiota que tem e volta para o que realmente importa, seu alimento.

_Não acredito que fez isso! Sua mãe estava enrolando nós dois filha! - acabo rindo e como uma boba também. - amo você. - Pedro solta.

_Eu também. - respondo a ele ficando séria. - Amo o quanto você faz tudo ficar mais leve, amo que você seja um bom pai.

O clima fica estranho e não podemos resolver o problema do clima porque tem um pacotinho entre nós e eu sou a responsável por ela.

...

_Quer comer mais algum coisa? - meu marido pergunta depois que eu termino de comer o pão de queijo com caffe mocha.

Sorrio. Olhando para ele com um bebê no colo, revezamos para que cada um coma tranquilo seu café da manhã "chique", palavras do PH.

_Você até que fica bonitinho segurando um bebê. - digo a ele.

_Você me acha bonito só quando seguro um bebê? - Pedro devolve cheio de graça ele também tem um enorme sorriso.

Ele tinha razão, precisávamos desse tempo juntos, foram os melhores dias que passamos juntos em toda nossa vida. Entramos nesse lugar um meio casal e estamos saindo muito mais unidos do que jamais estivemos.

_Acho que você é muito bonito de qualquer jeito, mas com nosso bebê colo você fica ainda mais bonito. Porque esse bebê é o mais lindo de todo mundo.

_Eu prefiro quando você está ela... - espero que ele termine com alguma piada, ou dizendo que fica cansado. - Porque me lembra que sou pai, que tenho uma esposa linda e que eu amo muito, me lembra que tenho muitos motivos para ser feliz.

_Eu também te amo.

Foi sem querer, que me apaixonei por vocêWhere stories live. Discover now