🌙 Capítulo 2

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O Pesadelo

O corpo pendurado por uma corda ao redor do pescoço, balançava sem vida, em meio a multidão silenciosa. Sua pele estava pálida como se estivesse morto a algum tempo. Seus olhos e sua boca ainda estavam abertos, de forma assustadora e parecendo pedir por ajuda. Uma ajuda que nunca chegou.

De frente para esse corpo, junto às pessoas que observavam sem nem mesmo sentir remorso, um ômega chorava, e pedia aos deuses para que o que estava em sua frente, fosse uma grande mentira. Pedia para que fosse um pesado, e que quando acordasse, teria seu alfa deitado ao seu lado, com vida e com um sorriso brilhante em seu rosto.

Mas nem mesmo os deuses poderiam lhe ajudar.

A morte estava acima até dos adorados deuses. E ela podia ser um tanto inflexível quanto às linhas da existência e do destino.

Ainda assim, o ômega clamava por uma salvação. Era seu alfa ali, pendurado em meio a todas aquelas pessoas, morto por tentar salvá-los. Como se tivesse cometido o maior dos pecados.

— Alguém ajude-o! — pediu o ômega com o rosto banhado em lágrimas, mas sua voz não passou de um murmúrio — Por favor, ajudem meu alfa! — pediu novamente, mas sua voz continuava em um tom baixo.

Era como se o ômega não conseguisse gritar e isso o agoniava.

Ele empurrou algumas pessoas, tentando chegar até o corpo pálido, mas quanto mais corria em direção ao mesmo, mais ele se afastava.

— Ele não lhes fez mal algum! — disse em agonia — Por favor! — Clamou em desespero, parando de correr quando percebeu que não conseguia se aproximar de seu alfa.

Sem entender, sentiu uma grande fraqueza quando parou, fazendo seu corpo se desfazer no chão coberto por terra, sentindo uma dor terrível em seu peito, que o fazia querer gritar.

Mas mesmo com essa dor, seu grito não saia. E ninguém ao seu redor parecia perceber sua agonia. Ninguém ao seu redor, reparava o quão quebrado e desolado, o ômega estava.

Percebendo que tudo pelo o que lutou, o que ele e o corpo sem vida que balançava a frente de todas aquelas pessoas, sonharam e lutaram, estava arruinado.

Deixando suas lágrimas rolarem e misturar-se com a terra, abaixo de si. O ômega chorava perdido em sua dor.

E como uma última tentativa de chamar a atenção de alguém, o ômega gritou — Por favor, alguém o ajude!

Mas ninguém olhou para si, nem mesmo moveu um dedo para ajudar.

(...)

Assustado, seus olhos se abrem rapidamente. Tentando se acostumar com a escuridão à sua volta, procurou algum ponto de luz, conseguindo encontrar somente a pouca iluminação da lua, que entrava pela janela acima de sua cabeça e iluminava onde estava deitado.

Com a respiração ainda rápida, o ômega tentava fazer com que as memórias voltassem novamente para o fundo de seu ser.

Não gostava de se lembrar desse pesadelo real e odiava menos ainda, como não conseguia esquecer mesmo que tivesse se passado tanto tempo.

Não que isso acontecesse com frequência. Na verdade, recentemente eles o visitavam apenas quando sentia saudades daquela época, de seu pequeno período de felicidade.

Haviam se passado três anos. Tudo em sua vida havia mudado no decorrer desse tempo, era notório quando olhava em seu rosto e percebia-se o pequeno brilho em seus olhos voltando novamente.

Pequeno Filhote • JiKook • ABO Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin