🌙 Capítulo 10

519 63 35
                                    

ÔMEGA

A ômega de cabelos castanhos, presos em um coque baixo, deixando duas pequenas franjas dos dois lados de seu rosto. Carregava sua pequena filhote desperta em seus braços, pelos corredores largos e bem iluminados. Escutando apenas o baixo farfalhar de seu vestido com pequenas manguinhas, da cor vermelha, com uma saia aberta, que chegava um pouco abaixo de seus joelhos. Com os pés cobertos por uma pequena sapatilha simples da cor branca.

Sua filhote estava mais à vontade, vestida com um pijama azul clarinho, coberto por desenhos de dinossauros. E com os pequenos pés cobertos por uma meia amarela com listras pretas.

Ela levava a pequena filhote para seu quarto, para finalmente dormir. Enquanto ouvia ela cantarolar com animação, alguma música antiga e calma. Se embolando em algumas partes, já que não conhecia muito bem toda a letra, o que fazia a mais velha soltar uma baixa risada.

— Minha pequena lua tem uma voz tão doce. — A ômega mais velha disse em tom amoroso, ainda sorrindo para a pequena criança em seus braços.

— Obrigada mamãe! — Com um sorriso alegre, a menina agradeceu, deitando sua cabeça no ombro direito da mulher e se aproximando mais da glândula aromática da mesma. Sentindo o leve aroma de maçã e mel. — Mamãe, quero ouvir uma história antes de dormir — A pequena menina pediu com a voz baixa. Quando sua mãe passou pela porta de seu quarto.

O cômodo, cheio de estantes de madeira nas paredes e pelúcias, estava meio escuro. Sendo iluminado apenas pelo abajur em formato de abelha, que estava sobre a mesa de cabeceira. Com o ninho da filhote logo ao lado do móvel. Organizado com lençóis de cor rosa-bebê e azul-bebê, e um travesseiro com fronha verde-água.

Se abaixando, até que estivesse de joelhos sobre o chão e ao lado do ninho. A mulher pos a criança um pouco sonolenta em meio as cobertas e depois a cobriu com um dos lençóis.

— Qual história você quer ouvir? — A mulher perguntou arrumando os fios castanhos da menina. E ouvindo um baixo ronronar sair da pequena ômega.

— Da Senhora do Inverno. — Pediu, com os pequenos olhos de cor avelã brilhante.

A mulher sorriu e assentiu. Achava fofa a forma como sua filhote tinha um certo apego por essa história em particular.

— Tudo bem então... — A ômega soltou um suspiro, vendo como a filhote parecia animada para escutar a história que ela já conhecia. — Nossa história se passou bem ao Sul. — A mulher iniciou, com a voz em tom baixo e calmo. — Mais especificamente, na Alcateia do Sul. — Sussurrou, dando uma pausa dramática. — Alguns anos atrás, quando a Alcateia do Sul foi considerada a mais próspera e calma alcateia das terras de Herber. Algo aconteceu, — Com uma voz grave, a ômega continuou — como se tivessem jogado uma maldição sobre a terra, ela começou a mudar. Tornando a água e a terra  terríveis. — Pausou —  Até hoje, ninguém sabe o que realmente aconteceu. Só sabem que as plantações estavam morrendo e a água havia se tornado muito lamacenta para o consumo. — Alisando os cabelos da filhote, ela continuou: — Sem alimento e água própria, a alcateia foi a cada dia que passava entrando em miséria.

Interrompendo a mãe, a filhote perguntou curiosa — Muitas pessoas ficaram mal nessa época, mamãe?

Soltando um suspiro triste, a ômega afirmou: — Infelizmente, minha lua.

— Mas, a Senhora do Inverno resolveu tudo, não é? — Perguntou afobada.

Sorrindo por causa do jeitinho preocupado da filhote, ela disse: — Eu vou chegar lá, meu amor. — riu — Vamos com calma. — Inspirando o ar e se deitando ao lado da filhote. A ômega continuou: — Voltando para onde eu havia parado, né senhorita... — A ômega deu umas cutucadas no pequeno nariz da filhote, fazendo a mesma soltar risadinhas. — Com falta de água e plantio da própria alcateia. O povo foi obrigado a viajar alguns dias até conseguir água boa e para comprar tudo com fornecedores de outras alcateias. Mas sem dinheiro para comprar comida, as coisas foram piorando, a cada dia que passava.

Pequeno Filhote • JiKook • ABO (HIATO)Where stories live. Discover now