O Segundo Desejo...

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        Ford trocou o pano molhado da testa de seu irmão. A febre não queria ceder, mesmo com o remédio! Mas, Ford não iria desistir, sem lutar até o fim! Continuaria enquanto fosse possível... Se Stan conseguisse resistir até o dia seguinte, as chances de sobrevivência aumentavam consideravelmente. Era uma luta contra o tempo...

        Ele socorreu Stan e Dipper foi chamar o vizinho ferreiro para ajudar a carregá-lo até seu quarto. Enquanto Ford o examinava cuidadosamente Dipper foi buscar uma bacia com água e um pano. Como não havia nenhum ferimento aparente, Ford suspeitou que Stan tivesse ingerido algo. E o azulado de seus lábios era prova disso, bem como a sua palidez e dificuldade para respirar...

        Com cuidado, Ford fez seu irmão vomitar... Se fosse veneno, conseguiria eliminar o resto. E Dipper conseguiu um pouco de leite de cabra para combater os efeitos. Com a chegada dos outros, Ford mandou que continuassem a atender os fregueses que começavam a chegar e não falassem nada para ninguém!


        "E agora, tivô Ford?" – perguntou o garoto assustado com o ocorrido. "O que vamos fazer?"

         "Fique aqui com ele e continue a refrescar sua testa! Precisamos fazer sua temperatura diminuir, de qualquer jeito..." – respondeu Ford. "Eu vou até minha casa para buscar algo para combater os efeitos colaterais, se for mesmo por causa de algum veneno!"

         "E quanto à pousada, tivô? Daqui a pouco os fregueses começarão a chegar..."

       "Mandarei que Soos cuide de tudo. Wendy o ajudará servindo às mesas e a senhora Carmela cuidará da cozinha. E pedirei que a senhora Susan também venha, para ajudar! E, é claro, manteremos segredo do que está acontecendo!" – Decidiu Ford, indo até o salão para falar com os outros.

        Ford foi até sua casa e voltou o mais rápido que podia... Felizmente, tudo corria normalmente na pousada e ele pôde se concentrar em seu irmão. Graças ao leite ingerido, os efeitos foram minimizados, em parte... E agora, só precisava manter a temperatura de seu irmão o mais estável possível, para não provocar algum dano irreversível em seu cérebro!


      Soos terminou de atender o último cliente e suspirou aliviado! Felizmente, o maior movimento havia terminado... Agora, só precisavam atender algum remanescente e ficaria tudo bem! Ele estava preocupado com seu patrão. Stan era muito importante para ele, principalmente depois que Soos fora expulso de casa por seu próprio pai. E graças ao mercador, nem ele e nem sua abuelita ficaram na sarjeta!

        Procurou Dipper e perguntou como Stan estava... E o garoto respondeu com preocupação que agora só lhes restava esperar e rezar para que o mesmo sobrevivesse até o dia seguinte! Soos foi procurar sua avó e a abraçou chorando. A boa mulher procurou acalmar seu neto dizendo que Stan era forte e sobreviveria a essa provação. Mas, ela também não tinha muitas esperanças...

        A noite chegou e a situação não mudava... Stan continuava com muita febre e respirava fracamente. Ford tinha certeza que era um envenenamento, embora não tivesse certeza do tipo. Alguns sintomas sugeriam veneno da víbora negra do deserto, mas outros, como a palidez e dificuldade de respirar, eram típicos da planta chamada beladona. Ambos os venenos eram extremamente perigosos e suas vítimas dificilmente sobreviviam.

         Quando Ford disse a Dipper sobre isso, o rapaz começou a chorar desesperado...

        "Ele vai morrer, tivô Ford?" – perguntou Dipper, com lágrimas nos olhos. "Por favor... o senhor tem que salvar ele! Eu... eu não quero perder mais ninguém! Mamãe morreu quando eu nasci... Papai nem sequer soube de minha existência! E vovó morreu também... Eu só tenho Mabel e tivô Stan! E o senhor, tivô Ford..."

O Menino e o Gênio DouradoHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin