Momentos em Família...

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       O sol estava quase se pondo quando Stan finalmente voltou para sua casa. A conversa estendeu-se por muito tempo... Felizmente, o sultão estava bem-humorado e falante! Porém, Stan estava ansioso para chegar em casa... E finalmente desfazer a sua bagagem contida nas duas arcas. E dar à sua família os presentes que havia trazido.

         Ao passar por um beco, algo lhe chamou a atenção: um homem, aparentemente bêbado, estava tentando bater em um rapaz com um chicote. E uma senhora mais idosa queria lhe impedir, segurando seu braço, inutilmente. Ele empurrou a mulher com violência e levantou o braço para atingir o rapaz encolhido num canto. Stan, ao perceber as intenções dele, decidiu intervir...

         "Por que não bate em alguém do seu tamanho?" – indagou Stan, segurando seu pulso com força. O homem ficou sem ação por alguns instantes, antes de reagir com raiva.

          "Não se envolva nisso..." – rosnou ele, meio cambaleante. "Não se meta na forma como educo o meu filho!"

          "Não vou deixar que você machuque o rapaz... mesmo que seja seu filho!" – Stan respondeu, sem se abalar com a sua cara feia e o bafo de gambá. "E nenhum bêbado tem o direito de espancar alguém com um chicote... nem mesmo seu próprio filho!"

         "Saia da minha frente... Ou você também levará uma surra!" – ele tentou erguer o braço novamente, mas Stan foi mais rápido e arrancou o chicote de sua mão.

          "Vá para casa e cuide de sua bebedeira... E amanhã, quando estiver sóbrio, peça perdão ao seu filho por sua covardia!" – Stan ordenou com severidade. "E se eu souber que agrediu seu filho novamente, eu mesmo o farei sentir o gosto de umas chibatadas! Agora, desapareça da minha frente... ou sentirá na pele a força de meu braço!"

          O homem o olhou com raiva, mas recuou ao perceber que estava derrotado. Ele se afastou cambaleando e deixou o local. Stan voltou-se para o rapaz que chorava, abraçado à mulher e perguntou se estava tudo bem.

          "Obrigado, senhor..." – respondeu ele, sorrindo apesar das lágrimas. "O senhor nos salvou... a mim e a minha abuelita!"

          "Não precisa agradecer, rapaz... Eu não sou homem de tolerar covardia. Principalmente contra os mais fracos!" – respondeu Stan.

           "O senhor foi um anjo, enviado pelos céus..." – disse a mulher, agradecida. "Eu não conseguiria segurar ele por muito mais tempo. Obrigada, senhor!"

           "Eu acho que conheço vocês..." – disse Stan, após alguns instantes. "Eu sou Stanley Pines, mais conhecido como Mercador Pines."

         "Já ouvi falar do senhor..." – disse o rapaz esfregando o rosto para limpar as lágrimas. "Eu me chamo Soos, Soos Ramirez e esta é a minha abuelita Carmela Diaz."

          "Ramirez?" – Stan repetiu o nome e depois se lembrou de onde havia ouvido. "Claro... agora sei quem são vocês! Minha irmã, Sharon falava muito de vocês! Principalmente de sua mãe, Soos... sempre a elogiava por ser uma boa costureira. A melhor costureira da redondeza!"

          "Sim... infelizmente, minha pobre filha morreu há um ano! E desde então, meu genro virou um monstro!" – revelou Carmela com tristeza. "Sem sua esposa, ele começou a beber e culpar meu pobre neto por todo o seu infortúnio... E hoje ele passou dos limites!"

          "Vocês não poderão voltar para casa com ele nesse estado!" – Stan respondeu preocupado. "Ele pode tentar agredir vocês novamente..."

O Menino e o Gênio DouradoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz