A Volta do Mercador...

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           O dia nasceu e aos poucos, a cidade começou a acordar... Logo os sons familiares como o cacarejar das galinhas e os berros das cabras misturou-se ao blaterar dos camelos e os zurros dos jumentos. As pessoas começaram as suas obrigações diárias e cotidianas. Sharon levantou-se e foi ao mercado para comprar pão e leite de cabra, antes que as crianças acordassem.

         Ela estava voltando quando ouviu o aviso que uma caravana se aproximava. Ela ficou feliz ao ouvir a notícia: seu irmão estava de volta! Mais uma viagem bem-sucedida... E ele trazia muitas mercadorias que seriam repassadas aos comerciantes locais, como de costume. E, é claro, Stan teria que passar no palácio para prestar seus respeitos ao Sultão, antes de voltar para junto de sua família.

      Sharon decidiu comprar mais algumas coisas para receber seu irmão com uma boa comida e também um chá de hortelã, para refrescar! Ele chegaria em casa perto do meio dia e estaria faminto! A não ser que o Sultão o convidasse para almoçar no palácio... Se bem que ele iria querer um bom banho, primeiro. Então, ela também comprou um pouco de óleo de banho com perfume de verbena. Stan gostava desse aroma para o banho.

        Quando retornou, as crianças já estavam acordadas, de roupas trocadas e cabelos penteados. Então, ela serviu, para cada uma delas, uma caneca de leite com mel e um pedaço de pão com doce de tâmaras. Os irmãos comeram com vontade e agradeceram pela comida, como haviam sido ensinados desde sempre. E ficaram muito animados quando ouviram sobre a chegada de uma caravana.



         "Gravity Falls logo adiante, senhor..." – a voz de um dos membros da caravana chegou aos ouvidos do chefe. "Mais uma hora e estaremos adentrando aos portões."

         "Obrigado, Hussein... Dê a ordem aos outros: sem pausas até chegarmos!" – respondeu Stan. "E continuem em alerta... Não queremos ser atacados quando estamos tão perto!"

          "Sim, senhor!" – respondeu Hussein, tocando o seu camelo para o final da caravana e transmitindo as ordens. Cada homem puxou sua cimitarra e a colocou à vista. Isso intimidaria e até afastaria qualquer mal intencionado.

          Stan suspirou, aliviado... Mais uma viagem completada! E novamente nenhuma notícia de seu irmão Ford para acalmar o coração de sua irmã. E ela sempre perguntava por isso... Stan conversara com muitos e não obtivera nenhuma informação concreta. Os boatos eram variados... 

           Mas todos diziam que a tribo que os atacara há quase vinte anos desaparecera no deserto. Uns diziam que uma epidemia de peste os dizimara. E outros afirmavam que foram massacrados por outra tribo rival mais poderosa.

           E ainda havia boatos que eles partiram para as profundezas do deserto, uma área conhecida por haver muitas armadilhas, como areias movediças e animais peçonhentos! Era chamada de Terra Maldita e não era exagero! Bem adequado para um povo, cujo líder era conhecido como o Cachorro Louco de Deserto... E esse homem era o mais feroz e hostil de todos os outros líderes. Tanto que ele se recusava a fazer contato com as demais tribos, há muitos anos!

          Mas, no momento, Stan estava mais preocupado em chegar em casa e rever sua irmã e seus sobrinhos-netos. Os filhos de sua adorada sobrinha Stella eram o seu orgulho e a sua alegria. Ele nunca casara e nem tivera filhos, mas compensara dando o seu amor à filha de sua irmã, quando esta ficara sem pai ainda menina e depois ao rapaz que era o pai das crianças. 

           O falecido marido de Stella era órfão e trabalhara inicialmente na colheita de tâmaras, como todos os outros. Mas, Stan percebera que o garoto tinha habilidade para lidar com os camelos e o contratou para lhe ajudar com os animais.

O Menino e o Gênio DouradoHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin