Capítulo XXXIV - Duas Rainhas.

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Mil perdão pela demora, tive que fazer uma viagem a trabalho então ficou impossivel pra mim postar. Mas eu espero que gostem desse capítulo, até mais!!!

Boa Leitura :)

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Gabriela Guimarãe's point of view.

- Eu estou me entregando a você agora, delegada. Estou lhe dando todas as provas necessárias para me colocar atrás das grades pelo resto de minha vida. Mas antes que o faça, quero que saiba. Eu nunca quis enganá-la. Nunca quis magoá-la. – Disse em um suspiro.

- No início você foi sim um maldito escape carnal, para minha sede por me sentir superior. Mas eu me deixei levar por esses malditos olhos verdes, por suas investidas...

Meu peito subia e descia em uma respiração cada vez mais pesada. Eu sentia minha pele aquecer diante do seu olhar, de suas confissões sobre mim. Em um ato impensado, ergui uma das mãos até seu pescoço, tocando sua pele.

- Por seu toque... – ela sussurrou, seguido por um suspiro surpreso. - E me perdi. Eu me perdi em quem me tornei, por você. Me perdi no que me fez sentir. – Ela desviou nossos olhares, e recuou um passo, mas eu a segurei.

- O que sente, Sheilla? – Perguntei, ofegante.

Seus olhos que até então encarava o nada, voltaram aos meus, balançando-me o interior com vigor.

- Eu sinto que sou perdidamente apaixonada por você, agente Guimarães.

Havia uma batalha no interior da minha cabeça. Meus sentimentos enfrentaram violentamente os meus ideais. Me render diante daqueles sentimentos, seria abrir mão de um código de ética profissional pelo qual lutei por longos anos, mas ir contra o que sentia, seria me enganar, e perder o que eu realmente precisava para ser feliz. Sheilla Muller poderia ser a mulher menos indicada para se relacionar, mas foi por ela que me apaixonei. Eu precisava dela, mais do que de minha carreira como policial. Eu precisava mostrar para ela que ainda existia a possibilidade de uma vida feliz. E que eu daria isso para ela outra vez.

Fechei os olhos por alguns segundos, sentindo meu corpo inteiro estremecer.

- Faça o que tem que fazer. Eu realmente não aguento mais... – ela sussurrou fraca. – Eu preciso disso.

Eu sabia que Sheilla esperava uma reação negativa, eu sentia isso.

- Eu preciso acabar com isso. – Sua voz soou embargada outra vez.

Eu respirei fundo, e puxei seu corpo com força para junto do meu. Sheilla suspirou em surpresa, quando meus lábios foram de encontro aos seus. Foi como um toque sutil de fogo em um montante de pólvora. A latina quase gemeu em alívio, quando nossas línguas entraram em contato em uma sintonia perfeita. Eu me via perdida, sem escapatória. Eu não poderia ir contra aquilo, não contra o que sentia. Eu a amava, e me via no dever de resgata-la de uma vida desgraçada como a que tinha.

- Gabriela... – sussurrou contra meus lábios.

- Nós vamos acabar com isso juntas, Sheilla.

- Não posso... – ela se afastou, deixando-me confusa.

- Do que está falando?

A morena virou de costas, afastando-se de meus braços. Ela parecia um pouco confusa, quase perdida. Vi seus ombros se erguerem em uma respiração funda, como se buscasse forças.

- Eu não posso envolver você nisso, não mais do que está. Não do meu lado.

- Sheilla... – murmurei.

Xeque-Mate - SheibiWhere stories live. Discover now