Capítulo XXVIII - Premonição?

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Sheilla Castro Point of view.

Olhei pela janela da sala, enquanto meu marido caminhava lentamente até o carro estacionado em frente a nossa casa. Caio se aproximou rapidamente, abrindo a porta para o homem que mantinha a atenção presa ao telefone celular. Um sorriso nasceu em meus lábios em pura euforia por saber quem estava do outro lado da linha. Bem como esperado, previsível. Assim que o carro deixou os aposentos da mansão Muller, fui à procura de meus pertences, tais como chaves, celular e bolsa. Tinha um compromisso importante, na verdade, um propósito, e precisava cumpri-lo.

- Para onde vamos, senhora? – Diogo indagou assim que coloquei meus pés para fora de casa.

- Eu vou a um compromisso. Mas quero que você tire o resto do dia de folga.

- Mas, senhora Muller... – insistiu ao seguir meus passos.

Eu respirei fundo, enquanto caminhava sobre meus saltos em direção ao meu carro estacionado na garagem. Apertei no pequeno controle, destravando o veículo, para então me acomodar no interior da Ferrari.

- Eu não posso deixá-la sair sozinha, fui pago para...

Abri minha bolsa escura, retirando algumas cédulas do interior recheado, para então voltar minha atenção ao homem que estava ao lado de fora.

- Sr. Cabal, faça o que estou mandando, ok? Aqui está um agrado pra você aproveitar seu dia. – falei persuasiva e direta, enquanto colocava alguns bons dólares no bolso de sua camisa.

O homem olhou para o bolso preenchido com dinheiro, e depois voltou seus olhos para mim.

- Saiba que se me seguir, eu mando demitir você. E não duvide que eu possa fazer isso. – soltei com um sorriso cínico, antes de voltar a minha posição no carro, e subir o vidro da porta.

Liguei o automóvel, ouvindo o ronco grosso da Ferrari assim que pisei sobre o acelerador. Encarei o olhar abobalhado de Diogo, e acenei rapidamente antes de arrancar com o carro dali, deixando o segurança para trás. Mantive meus olhos no retrovisor, apenas para ter certeza que Diogo não iria me seguir, e obediente, realmente não o fez. Ganhei as avenidas nova-iorquinas com os pneus de minha Ferrari até o prédio de Gabriela. Estacionei na vaga de costume, bem ao lado do carro da mulher, e segui para o elevador. Toquei a campainha apenas duas vezes, e tão logo ouvi o barulho interior. Ergui a cabeça, e respirei fundo, pedindo coragem para encarar aqueles olhos castanho.

- O que você está fazendo aqui? – foram suas primeiras palavras ao notar minha presença.

- Você já foi mais receptiva, Gabriela. Não é assim que se trata uma visita como eu. – falei ao passar por ela, entrando em seu apartamento.

Olhei por todo cômodo de forma cautelosa e precisa, apenas para ter certeza de uma coisa. Ela estava sozinha. Girei sobre meus calcanhares, e encarei a mulher que agora me fitava com uma expressão séria. Gabriela fechou a porta, e cruzou os braços abaixo do seio, enquanto se aproximava.

- O que quer aqui?

- Quero conversar com você.

- Nós não temos nada pra conversar, Sheilla. – seu tom de voz era seco, quase cortante.

- Nós temos sim, muita coisa pra conversar.

Gabriela assentiu, e encostou-se à pilastra de concreto atrás de si, enquanto esperava pelo que eu tinha a dizer. Ela estava incrivelmente atraente, fazendo-me praguejar por ser tão fraca aos meus desejos. A delegada usava um short de algodão cinza, que deixava boa parte de suas coxas grossas bem evidentes. Na parte de cima, apenas uma camiseta preta, simples, de alças finas, e para piorar minha situação, sobre o tecido negro, eu poderia notar a leve elevação de seus mamilos. Ela estava sem sutiã. Merda!

Xeque-Mate - SheibiWhere stories live. Discover now