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Acordo e sinto a bile na minha boca. Estou a 4 dias sem tomar banho, 2 dias sem escovar os dentes e 3 dias sem me alimentar direito. Estou faminta, com sono e muita dor nas costas e nas pernas, fora que meu ciclo menstrual acabou dois dias atrás então preciso urgente de um banho.

  Eles colocaram um colchão no chão da cela que está imunda para eu conseguir dormir, sinto falta da minha cama e pela primeira vez não me refiro a cama do convento, mas sim a do castelo, do ar puro de Bozzena, de sentir o frio na minha pele, Urd é tão calor... E com a doença de Rubens e seus homens deixa o ambiente ainda mais assustador.

  Briella não virá atrás de mim. Não mesmo. O único filho que ela tinha era André, eu não sou nada para ela, se eu fosse ela não teria me colocado num convento e tirado a minha memória, Rubens disse que se a cura não vir irá me matar, e estou ansiosa por isso, melhor do que ficar presa por dias meses ou anos nesse lugar sendo torturada com fome e medo.

  — Faminta? - Rubens entra na sala com um pedaço de pão na mão e me levanto do chão rapidamente.

  — É só o que tem? - Peguei o pão - Estou com muita sede.

  — A água não está potável nesse lugar, Rique está doente porque tomou, era pra você estar também, mas como veio de Bozzena... Creio que deve ter a imunidade muito alta. - Falou enquanto devoro o pão que tem gosto de queijo estragado e por isso sinto toda a comida subir pelo meu estômago e despejo encima do meu colchão, sinto uma dor enorme no peito por causa do vômito e ouço Rubens resmungar atrás de mim.

  — Que ótimo... Onde vai dormir agora?! - Se aproximou da cela.

  — Estou fraca, preciso comer algo de verdade, e tomar um banho. - Falei limpando minha boca com o vestido preto ainda dá festa de Raquel.

  — Vou pensar, mas por enquanto... A resposta é não.

  — Rubens, temos visitas. - Wendel entra na sala e atrás dele vem alguém, minha visão está um pouco turva, mas quando o vejo quase vaio para trás.

  — Príncipe Adrian. - Rubens diz entre risinhos

  Me afasto da cela enquanto Adrian me encara e aperta a mão de Rubens.

Então... Ele está vivo.

  — Rubens. - Adrian diz em comprimento - A manteve segura?

  — Em perfeito estado - Direcionou a mim - Achei que ia amarelar depois... De termos te fuzilado.

  — Perfeito estado? - Adrian se aproximou da cela e desvio os olhos dele, quando volto a olhar ele tapa o nariz com sua blusa deixando sua barriga aparecer - Não é o que parece.

  — Não confio em você. - Rubens diz - Avisei o seu pai, só a entregaremos se me der a cura! Onde está?!

  Adrian se vira para Rubens.

  — Está comigo, mas apenas um frasco - Levantou o dedo indicador - Se quiserem a cura terá que pegar no castelo com meu pai e nossos homens.

  — E como posso saber se está falando a verdade? - Perguntou desconfiado.

  — É a palavra do rei. - Falou - Agora me dê a garota.

— Seu pai deve ter lhe dito que se não tiver cura nenhuma iremos fazer um escândalo - Ameaçou - Um dos meus homens infectados não está entre nós, se eu for no castelo e não voltar em dois dias, ele irá jogar o vídeo que está sendo filmado de você aqui dentro e a princesa em apuros nesse exato momento, está ciente disso?

  Fixo meus olhos nos dele.

  — Estou. Agora me dê a garota não quero ficar mais aqui, vocês fedem.

A Freira e o Príncipe - +18Onde histórias criam vida. Descubra agora